sábado, 4 de maio de 2013

Um técnico com métodos de treino muito duros

POR ET BARTHES
Mesmo que você não entenda inglês, vai ver as razões para o técnico Mike Rice ser demitido. O homem é uma fera... tem muita pancadaria para cima dos atletas durante os treinos. 



sexta-feira, 3 de maio de 2013

O direito de coçar o saco


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Gente, todas as semanas deveriam ser como esta, com um feriado na quarta-feira. É que além do descanso a gente acaba por ter duas sextas-feiras. É tempo para o relax, para o dolce far niente e para manter o cérebro a vadiar. Mas cabeça vazia é a oficina do diabo. E foi São Jerônimo quem avisou, por outras palavras:
-     - Trabalha em algo, para que o diabo te encontre sempre ocupado.

Em resumo, o santo mandou um tremendo "vai trabalhar, vagabundo". Mas tem uma coisa chata nessa história. Se você acredita que o trabalho realmente dignifica o homem, então a expressão  “arbeit macht frei” (o trabalho liberta) deve soar como música para os seus ouvidos. O problema é que, por uma triste ironia, esta frase estava escrita no portão do campo de concentração de Auschwitz. É uma metáfora a ter em conta nos dias de hoje.

UMA INVENÇÃO DO DEMO - Não tenho dúvidas, caro leitor, de que o trabalho foi uma invenção do demo, o coisa-ruim. Afinal, todo mundo sabe que no paraíso ninguém trabalhava (é por essa razão que o lugar se chamava paraíso). Só depois de Adão e Eva terem sido apanhados no rala-e-rola é que surgiu aquela coisa de "comerás o pão com o suor do teu rosto". Quer dizer, o trabalho foi um castigo imposto ao homem e à mulher por eles terem caído na gandaia.

Aliás, as palavras trabalho (português), trabajo (espanhol) e travail (francês), por exemplo, vêm todas do latim tripallium, que era um instrumento de tortura na Idade Média. Está tudo dito: é uma punição. E o castigo é passarmos 8, 9, 10 ou até mais horas enfiados em ambientes sacais, na companhia de pessoas que não aturamos, a fazer coisas que não gostamos e a ganhar salários que nunca chegam para o que precisamos.

MENOS EM JOINVILLE - Todos sabemos que o trabalho é aquela coisa chata que acontece no meio da diversão. É assim em todos os lugares. Menos em Joinville, claro. Porque quem mora na cidade acaba por se sentir dentro de um livro do Max Weber. O espírito do capitalismo e a “ética” do chão de fábrica são coisas sagradas para os joinvilenses. É o culto do trabalho.

Bem... a esta hora imagino que haja leitores a torcer o nariz e a me chamar de vagabundo (certo, mas sou um vagabundo que trabalha muito). E não deixa de ser divertido que as pessoas nunca questionem a validade do trabalho, que em outros momentos da história já foi visto como uma maldição, uma vergonha. É só lembrar que os nobres, antes da queda do feudalismo, tinham pavor a pegar no duro.

Há umas curiosidades divertidas. O leitor e a leitora sabem, por exemplo, de onde surgiu aquele hábito dos ricos, que esticavam o dedo mindinho sempre que seguravam uma xícara? A coisa vem dos tempos feudais e era um forma que os nobres tinham para mostrar que eram diferentes dos trabalhadores. Por terem as mãos grossas e calejadas do trabalho, os coitados não conseguiam esticar o tal dedinho. Viu? Cabo de enxada também é cultura.

UM DEFUNTO NA SOCIEDADE - Para que o leitor não fique aí a imprecar contra a minha pessoa, não sou eu a questionar o trabalho. E apresento aqui um excerto de um texto de Paul Lafargue, genro de Karl Marx (por sinal, o velho barbudo errou, porque achava que a emancipação do homem viria justo pelo trabalho):

-       Uma estranha loucura se apossou das classes operárias das nações onde reina a civilização capitalista. Esta loucura arrasta consigo misérias individuais e sociais que há dois séculos torturam a triste humanidade. Esta loucura é o amor ao trabalho, a paixão moribunda do trabalho.

Aliás, Lafargue relembra que o trabalho foi um castigo de Deus, com aquela coisa do “suor do teu rosto”. Não concorda? Pois fique a saber que há opiniões piores. E atuais. O Grupo Krisis, por exemplo, diz que o trabalho é um defunto que domina a sociedade.

-       A produção de riqueza desvincula-se cada vez mais, na sequência da revolução microeletrônica, do uso de força de trabalho humano - numa escala que há poucas décadas só poderia ser imaginada como ficção científica. Ninguém poderá afirmar seriamente que este processo pode ser travado ou, até mesmo, invertido. A venda da mercadoria “força de trabalho” será no século XXI tão promissora quanto a venda de carruagens de correio no século XX.

Imagino que muita gente nunca tenha pensado nisso. Mas o trabalho, como o entendemos hoje, logo vai ser apenas uma memória. Quem viver...

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Escola pública não é lugar de oração



POR FERNANDA M. POMPERMAIER



O estado brasileiro é laico. Ponto.


A educação pública brasileira é laica. Ponto.

Laico = secular, por oposição a eclesiástico.
Secular = Relativo ou pertencente ao Estado, em contraposição ao que se refere ou pertence à Igreja. - dicionário Michaelis.

Na prática, isso significa:
1. Neutralidade = os professores não podem influenciar nenhum aluno no sentido da sua religião, em hipótese alguma.

2. Reza = Absolutamente inadmissível realizar orações de qualquer que seja o clero dentro da instituição educacional (mesmo sob o argumento de que é a religião da maioria, até porque não existe propósito em saber a religião da maioria, o que leva ao próximo ítem).

3. É uma afronta à liberdade pessoal e religiosa questionar no momento da inscrição, qual a religião do aluno. Esse é um assunto pessoal que não importa a mais ninguém, assim como a orientação sexual.

4.  A presença de símbolos religiosos, como crucifixos ou imagens, também é um desrespeito à diversidade religiosa, pois induz os alunos a pensar que apenas aquela religião é aceita. Exclui as outras denominações.

5. A instituição educacional é, por excelência, o espaço da ciência e do aprendizado, não pode dar margem à perpetuação de dogmas religiosos.

6. O objetivo da escola é incluir TODOS, não importando o credo. Todas as crianças devem se sentir bem vindas e acolhidas, por isso o ambiente deve ser neutro, de respeito e não de julgamentos.

7. A igreja, o templo, a mesquita, o terreiro, o centro,... são os espaços para as expressões religiosas (nem a escola, nem o facebook, nem o campo de futebol).

8. No início do texto eu escrevi educação pública.

Mas eu não preciso dizer nada disso aos colegas de profissão: professores, diretoras, secretário da educação,...porque são conceitos muito básicos aprendidos na faculdade e respeitados em muitos centros de educação infantil que conheci em Joinville.

Escrevi mesmo foi pra quem não é da área e talvez esteja se equivocando e misturando religião e estado, um erro que prejudica a todos.

Aliás, feliz dia do trabalhador, Sr. Udo!

Fonte: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues
Foto-http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1409899
PS.: o Projeto de Lei 5.598/2009 estabelece, em seu artigo 11, que o ensino religioso, de matrícula facultativa é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de proselitismo.

Grifo meu. Ensino religioso não é catequese.

E se o JEC ganhar do Santos...

POR GABRIELA SCHIEWE

"Sonhar não custa nada..."

Tudo bem, o Santos é um dos melhores times do Brasil na atualidade, apesar de que o futebol brasileiro está se nivelando por baixo. Mas vai que o JEC ganha do Santos. E aí?

Aí, cara pálida, tudo o que se tem visto, ou melhor, que não se tem visto até o momento, cai por terra.

O Joinville, só pra variar um pouquinho, está contratando. Nenhuma novidade, já que faz isso o ano todo e até agora não fez porcaria nenhuma, fez um Campeonato Catarinense bisonho e agora diz a diretoria que está montando o time para a Série B. A saga continua.

A verdade é que o JEC vem decepcionando sim - e muito - e mesmo os seus torcedores fiéis vão ter que concordar comigo, ou não?

Tudo bem. Se não quiser confessar em público que concorda com uma mulher no que diz respeito a futebol, eu entendo, fica tranquilo.

No entanto, é inegável o baixo aproveitamento do nosso Tricolor e se fizer valer o seu atual desempenho e tudo o que vem fazendo nesta temporada, não podemos esperar nada desses jogos contra o Santos. Se é que serão jogos e não apenas 1 jogo!

Sim, se o Santos ganhar no jogo daqui por uma diferença de mais de 2 gols, bye bye Copa do Brasil, nos restará a Série B.

Na primeira rodada da Copa do Brasil, o JEC passou ali ali, no sufoco contra um timeco qualquer, quem sabe contra o Peixe ele vire um leão e tira o coelho da cartola?

Gente, estou aqui divagando, falando umas besteiras e algumas verdades, mas no futebol tudo pode acontecer que o diga o Inter (perdeu para o tal de Mazembe), atré porque o Santos não está lá essas coisas e o empenho do Tricolor, com certeza, será bem maior do que contra seus outros adversários, mas é bem difícil esta missão.

Agora se o JEC ganhar do Santos, toda a lambança apresentada até então será imediatamente esquecida, pois agora...é assim mesmo, no futebol, na política, na vida, um ato heróico, se faz esquecer toda sujeira anteriormente existente.