sábado, 8 de dezembro de 2012

MELHOR E PIOR - Semana 28


Amargo? Doce, doce feito caramelo!

POR GABRIELA SCHIEWE

Dia 03 de dezembro, 20 horas e 15 minutos, na cidade de Joinville, mais precisamente na quadra de esportes da Univille, começa a decisão da final do Estadual de Futsal.

Em quadra os eternos rivais Krona x Jaraguá começam o último duelo do ano de 2012, com toques de bola precisos, marcação efetiva, transições em quadra, defesa contra ataque, ataque contra defesa, tudo se envolve, se mistura, os ânimos vão se ascendendo orquestradamente a elevação da qualidade do jogo em quadra e, como num golpe de inopino, a meta do arqueiro Tiago é alvejada no seu alvo e Jaraguá faz o primeiro gol.

No entanto o bravo time da Krona, se esmerando em técnica e aplicando a tática exaustivamente praticada com o mestre Ferretti, assume o controle da partida, vira o jogo ao seu favor e toma conta do placar.

Eis que, num piscar de olhos, as luzes se apagaram, em outra dimensão, não estava mais numa partida de futsal, entrei na máquina do tempo e me vi nas arenas de Roma. em que a bárbarie se alastrava, homemns lutando em meio a leões, se degladiando até a morte do seu oponente mas, que nesta inefasta viagem, todos se fizeram perdedores.

Fui me encontrando na luminosidade meio turva e retornei a quadra de jogo e novamente podia acompanhar aquele jogo que tanto expressava o que há de melhor neste esporte, findando, de maneira incrível, com gol "debochado" de Leco, deixando claro quem reinava nesse picadeiro; Krona 6 x 4 Jaraguá.

Três dias após, continua a segunda etapa da decisão. Krona tem a DESvantagem do empate (é assim que vejo essa questão para o tricolor joinvilense, o empate nem sempre vem para beneficiar), recomeça a batalha e, desta vez é lá, Arena Jaraguá, local assombroso que despera os mais pérfidos sentimentos e desperta medos.

O jogo corre e la está a inexorável premissa de que Joinville é vice, vai peder de novo e nem é mais aquele super time dos idos passado recente, o fantasma toma conta dos jogadores, comissão já se faz desolada, agora era só esperar o pior, até porque Joinville já está acostumada a esse gostinho amargo, logo iria passar...

Opa, pera aí meu amigo, aqui não, acostumar com gostinho amargo só se for na casa do capeta (sendo que aquela Arena é parecidinha), Pixote chegou esse ano e sequer conhece esse tal gostinho, então tratou de mostrar que a história é outra cara pálida.

Termina o tempo normal Jaraguá 3 x 2 Krona. O empate, pois é aquele mesmo que é uma tal de vantagem, reverteu para a equipe da casa e? isso mesmo, deu treta, azedou o angu, desandou a maionese, a equipe joinvilense foi arrasadora e deixou que aqueles ávidos espectadores prontos que estavam para achincalhar, mais uma vez com a Krona, com o rabinho entre as pernas e enfiaram goela abaixo aquele famoso "vocês vão ter que me engolir"!

Apito final, Jaraguá 2 x 4 Krona na prorrogação e Joinville se consagra Tricampeão e vencedor dessa batalha que teve apenas só mais um capítulo escrito, mas dessa vez foi doce, doce como caramelo.

A Krona é V.I.C.E. - Vencedora Indiscutível do Campeonato Estadual!

Amargo é querer fazer valer atitudes que fogem do que se aplica dentro das 4 linhas. O futsal competente, técnico, jogado com a faca nos dentes, coração vibrante é feito aqui em Joinville e a Krona ergueu mais uma vez uma taça de campeão no ano de 2012.

Pra cima deles Krona!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Isso é marketing... um strip tease

POR ET BARTHES
Não dá para saber o que a moça está vendendo, mas deve ter gente cheia de vontade de comprar. Luna Bella entrou no metrô em Montery, no México, e disse para as pessoas não se assustarem que ela faria um strip tease promocional. E fez...


A veia estalinista da Veja


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Se tivesse descoberto as delícias do Photoshop naqueles tempos, o ditador soviético Joseph Stalin certamente iria criar uma revista semanal à qual daria o nome de “Veja”. Porque os métodos de ambos – o carniceiro e a revista – na adulteração de fotos parecem ser muito semelhantes, apesar de separados pelas diferenças técnicas.

Joseph Stalin, que por décadas governou a União Soviética com mão de ferro, não dispunha de recursos como o Photoshop e o máximo que conseguia fazer era expurgar os seus desafetos das fotografias. E muitas vezes também os expurgou da vida real. Hoje em dia não tem estudante de jornalismo que nunca tenha ouvido falar nos famosos os casos de adulterações de fotos para falsear a história.



Uma das vítimas mais famosas desse apagamento foi Leon Trotsky, que se tornou dissidente e foi extirpado em muitas fotos, em especial quando aparecia ao lado de Lenin. Aliás, este foi um dos casos em que o ditador não se contentou em simplesmente tirar o seu desafeto da fotografia. O caso só acabou em 1940, com uma picareta na cabeça de Trotsky, quando ele vivia exilado no México.

Mas o certo é que o ditador soviético fez escola. E a brasileira “Veja”, que não curte nadinha qualquer coisa que cheira a comunista, parece abrigar discípulos dessa técnica de aldrabar fotos. É o caso da montagem publicada por Ricardo Setti, onde as imagens foram alteradas para fazer o ex-presidente Lula aparecer abraçado a Rosemary Noronha, a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo. E com a presença incômoda da própria mulher.

Todos sabemos que alguns órgãos da grande imprensa brasileira ainda hoje andam obcecados com essa caça ao homem. Mas esse clima de vale tudo para ferrar o ex-presidente já está a encher o saco. Pelo que tenho lido, o jornalista pediu desculpas publicamente. Mas parece uma reação curta e tímida quando todos sabemos estar à frente de um ato que pode ser visto como crime.




Presentes de Natal diferentes

POR GUILHERME GASSENFERTH

O Natal transformou-se na festa do consumo irracional. Vamos às compras, escolhendo produtos que vêm de países que nem sabíamos que existiam, cheios de embalagens e parafernálias que jogamos fora, com itens adicionais que nem sabemos direito para que servem.

Não quero dizer que isto é errado. Eu também dou meus presentes no Natal (família e amigos, não me desmintam agora) e sou consumista e materialista, embora num difícil processo de buscar desapegar-me. Então, sem demagogia, a ideia que sugiro é agir diferente!

Escolha produtos fabricados ou criados por aqui. Ao comprar um produto local, ajudamos a girar mais nossa economia e evitamos que vários poluentes sejam lançados na atmosfera! Menos transporte, mais sustentabilidade.

Dou também a ideia de comprarem produtos socialmente responsáveis e sustentáveis. Pesquisem para ver se os fabricantes fazem ações e projetos de responsabilidade social. Premiem as boas marcas que estão preocupadas com estas questões comprando seus produtos.

Busquem produtos artesanais. Além da beleza e do amor contido num trabalho feito à mão, existe uma simbologia bonita de apoio a um trabalho que em geral é social. Em Joinville há diversos grupos de artesanato cujos participantes dependem da venda de sua arte para a subsistência. Procure a feirinha da AJART! Inove e dê presentes diferentes.

Contudo, vou além das compras. É bom lembrar a todos, neste afã consumista que vivemos nesta época, que as melhores coisas da vida são de graça. Beijos, palavras de incentivo, sorrisos, banho de chuva ou de mar, surpresas boas, o nascer do Sol, família, as estrelas, noite de Lua cheia, a beleza das flores, a solidariedade, abraços apertados, amor, amigos... e por aí vai. Rico é quem tem e sabe apreciar e agradecer por todas estas dádivas gratuitas.

Agora que relembraram que não precisam pagar pela felicidade, posso também sugerir a vocês que pensem em novos mimos natalinos. Ao encontrar alguém querido, faça-o saber o quanto ele ou ela é importante para você. Faça uma surpresinha para entregar a quem lhe aguarda em casa. Prepare um jantar especial – a única sofisticação necessária é o carinho. Convide alguém para um passeio ou uma caminhada. Peça perdão a quem magoou. Inspire quem precisa de incentivo. Faça um trabalho voluntário. Chame um amigo que há tempos não encontrava para tomar alguma coisa. Brinque com os filhos. Pratique um ato de solidariedade com um desconhecido. Viaje e conheça um lugar novo com alguém que ama. Espalhe sementes de gentileza ao redor de si e em breve viverá num bom jardim.

Boas festas e façamos um grande 2013!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Cão Tarado


Cão Tarado


Cão Tarado


Quase... só que não

ET BARTHES
Sabe aqueles vídeos de flashmobs que a gente cansa de ver na internet? De repente aparece um monte de gente e começa todo mundo a dançar numa estação de ônibus. Ou aqueles que prometem drama e, quando você aperta no botão, o drama acontece. Ou aquela marca de televisão que enche tudo com bolas coloridas. A TomTom também fez um viral. Só que não...


O perigo que os vereadores derrotados representam

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Mesmo com quatro anos de mandato, fartas verbas de gabinete, exposição na mídia, assessores rodando pela cidade e contato direto com a população, alguns vereadores de Joinville foram incapazes de se reelegerem por culpa de um péssimo mandato. Só não se reelege quem não quer ou quem é muito ruim neste sistema eleitoral brasileiro que permite mais de um mandato consecutivo em todas as esferas do legislativo. Em Joinville, uma parcela significativa dos vereadores (11 dos 19) não se reelegeram ou não se candidataram novamente. Um número expressivo de legisladores, e com ele, uma expressiva preocupação: quais as atitudes destes representantes em seus últimos dias no mandato?

É sabido que em época de fim de ano algumas leis esdrúxulas são aprovadas sem a devida discussão com a sociedade, bem como atos que são guardados para o fim do ano para não gerar grandes manifestações (está certo que é um ato do Executivo, mas quantas vezes a passagem de ônibus foi aumentada no Natal?). É mais preocupante ainda quando é o final de uma das piores legislaturas da história desta cidade. Pode ser que nada seja aprovado ou proposto, porém, os interesses dos financiadores das campanhas derrotadas podem aparecer na reta final. Alguns vereadores derrotados estão desesperados pra aprovar a LOT a todo custo, pra citar apenas um exemplo.

Vale lembrar que, mesmo sendo proposto neste ano, o projeto de um vereador derrotado continua tramitando na próxima legislatura. O fato de perder o mandato não anula o projeto, por isso devemos ficar atentos para o que está acontecendo ali na Hermann Lepper. Tudo indica que teremos um "Estado de exceção", onde a exceção vale somente para alguns. Desta maneira estamos indo ao encontro do que disse o sociólogo Francisco de Oliveira em 1982:

[precisamos de] uma análise de como se dá o recorte entre Estado e sociedade civil, de como se dá a oposição de interesses entre o Estado e a coalizão das forças dominantes do capital monopolista e o resto do conjunto da população, que inclui o operariado e classes trabalhadoras e também frações da baixa classe média. 
Quem financiou os vereadores derrotados deu um cheque em branco e iria cobrar ao longo dos próximos quatro anos. Aos derrotados, resta a cobrança pelo pagamento (em forma de projetos e votações totalmente parciais) nestas últimas semanas, pois depois disso somente de 2017 em diante, ou na porta do gabinete vizinho...