sábado, 19 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Fugindo da raia, deputado Darci?
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Darci de Matos anunciou que não vai ser candidato a prefeito nas próximas eleições. Ah... que surpresa! Ninguém poderia imaginar um desfecho tão inesperado. O deputado divulgou um comunicado e, lá pelas tantas, diz que vai apoiar Clarikennedy Nunes. Que remédio, né? Mas foi impressão minha ou o leitor e a leitora também notaram que é um apoio meio envergonhado?É fácil entender a decisão de Darci de Matos. Há pessoas que nascem sem a fibra dos líderes. E vivem a eterna síndrome de Zorro e Tonto. O chato é que acabam sempre encarnando o Tonto e não se importam de viver à sombra dos projetos de outros mais ávidos pela liderança. Ops! No caso da velha política joinvilense “liderança” é um termo inadequado: não há líderes, há chefetes. Os líderes guiam, apontam caminhos, vislumbram soluções. Os chefetes apenas dominam, exercem o poder.
Darci de Matos entrou no papel Darci de Matos. E tratou de ser o que sempre foi: um ator secundário no palco da política joinvilense. O deputado é como os “escadas” dos programas de humor: levanta a bola para o ator mais importante chutar. Se fosse nos “Trapalhões”, por exemplo, ele seria uma espécie de Dedé, que não tem qualquer marca distintiva. Nunca seria um Didi, um Zacarias ou um Mussum, que tinham bordões próprios.
Se para algumas pessoas ser coadjuvante pode ser uma fatalidade, para outras é pura vocação. Há os que gostam do risco das montanhas russas, cheias de altos e baixos. E há os que preferem a platitude do lugarzinho ao sol, onde não há desafios... só consensos. Mas os consensos, todos sabemos, são negociações nas quais os mais frágeis se submetem aos interesses dos mais fortes.
Darci não parece estar talhado para liderar, correr riscos ou tormar decisões disruptoras. A vida é assim. Há pessoas que não têm genica suficiente para tomar as rédeas das situações e preferem se submeter ao beneplácito de outros. É o perfil de alguém que nunca será líder. Porque líder é alguém que as pessoas desejam seguir. Mas nem Darci de Matos demonstra vontade de seguir Darci de Matos. A desistência de ontem é a prova.
A nota divulgada na imprensa tem statements curiosos. Ser formos ler com mais acuidade, logo na primeira frase fica evidente um grandioso nada: “É do conhecimento de todos meu compromisso com Joinville”. Não, deputado, não é evidente. Aliás, se tivesse um compromisso com Joinville temos a certeza de que iria pegar o touro pelos chifres, partir para a luta e tentar impor as suas ideias, por mais escassas que possam ser.
O seu entendimento de “compromisso com Joinville” é apoiar Clarikennedy por formalidade e acatar Tebaldi por submissão? Não, isso não é compromisso com Joinville. É compromisso com uma democracia pouco qualificada. O que os joinvilenses podem esperar de um político que se secundariza à frente de improficuidades políticas como Tebaldi e Clarikennedy?
Pearaê. Tebaldi não é aquele cara que saiu da Prefeitura com a fama de incompetente e deixando o rastro do caos atrás de si? Ei, leitores, há quem não esqueça os fatos, por mais que alguns tentem apagar essas memórias. Um compromisso com Joinville, deputado Darci de Matos, é impedir que a cidade descaia para um passado azíago e de muitas dúvidas sobre o decoro das pessoas (aliás, a justiça tem trabalhado bastante).
Não, deputado Darci de Matos, a cidade também não precisa arriscar o seu futuro com um ególatra do calibre de Clarikennedy Nunes. Afinal, é um político que criou a religião de si mesmo e venera a própria personalidade. E esse homem crente - que parece possuído por um delírio de poder - pode representar um perigo para a sanidade política da cidade. Vou relembrar algo que todos já devemos ter ouvido algum dia: um homem mentiroso mente para os outros, um homem perigoso mente para si mesmo. Vai dar mole para o perigo, deputado Darci de Matos?
Outra coisa curiosa. Darci de Matos diz ainda que “nunca escondi meu desejo de estar à frente da Prefeitura de Joinville e poder contribuir ainda mais”. É patético. Quem quer vai à luta. Mas Darci não vai, claro. Talvez para sorte de Joinville. Porque as cidades não querem ser governadas por políticos fujões.
Sabe, deputado Darci de Matos, existe uma coisa chamada história. É onde ficam registrados os fatos, especialmente os feitos mais audazes. Mas quero crer que se a história de Joinville registrar o seu nome certamente será en passant (no xadrez é também um movimento para capturar o peão). Porque, caro deputado, todos estamos cientes que dos fracos não reza a história.
Foto: Fábio Queiroz - ALESC
A moça não gostava de nordestinos...
POR ET BARTHES
Mayara Petruso disse que para melhorar as coisas era só afogar um nordestino. Deu com os burros n'água...Não voto em Kennedy porque mistura política e religião
POR GUSTAVO CASTRO
Eu não voto em Kennedy Nunes. Ele surgiu como um fenômeno de interatividade no Twitter. Enquanto outros políticos usavam a ferramenta para que os assessores a atualizassem, o político-pastor-jornalista respondia aos seus seguidores, mostrava o seu “trabalho”, os locais que visitava. Enfim, mostrava sua agenda.
Com isso conseguiu muitos votos nas eleições para deputado estadual em 2010, inclusive o meu, que fui iludido pelo discurso falacioso de Kennedy. Por sorte, a lição foi aprendida e o meu erro não será mais repetido.
O pré-candidato a prefeito disse há pouco tempo que se sentia como o JEC: líder. Mas parece não perceber que a eventual liderança em algumas pesquisas diz mais sobre a quantidade de eleições que disputa - e o conhecimento gerado por elas - do que eleitores de fato. Se for candidato, a decepção nas urnas será grande.
Kennedy usa o salário pago por nós, eleitores, para fazer proselitismo religioso num país onde o Estado é laico. Além de ir a diversos cultos quando recebia dinheiro das diárias da ALESC. E, para finalizar, o uso religioso de um cargo público: instituiu o Dia do Nascituro, claramente fazendo proselitismo com seus fiéis e claramente se posicionando contra o aborto.
Não votem em políticos que claramente tem projetos de poder, como é o caso do Clarikennedy. E, por favor, não votem no pastor da sua igreja, nem em qualquer candidato com vínculo religioso. Vocês ajudarão a melhorar a democracia. E no caso de Kennedy, com todo respeito aos evangélicos, mas esse em questão parece ser daqueles que f**** de dia e vão ao culto à noite.
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