quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rafinha Bastos ri de si mesmo

POR ET BARTHES

O cara é controverso. A piada sobre a Vanessa Camargo foi de mau gosto (mau gosto é crime?) e parece que teve um preço na carreira dele. Mas as pessoas que sabem rir de si mesmas merecem sempre uma chance. E este filme, lançado ontem, mostra o Rafinha Bastos zoando consigo próprio, num texto cheio de referências ao episódio. Neste momento, já vai perto das 200 mil visualizações no Youtube.

Viajar é preciso

POR JORDI CASTAN

Sou dos que defendem que viajar é preciso. Nada me parece mais importante que o prefeito viaje, acompanhado de um grupo significativo de seus assessores mais próximos. O destino da viagem deve guardar uma estreita relação com o objetivo pretendido. Viajar para Barcelona, para conhecer o modelo de aluguel de bicicletas, pode parecer, num primeiro momento, uma perda de tempo e de recursos.

Se é verdade que o aluguel de bicicletas na cidade espanhola é um atrativo adicional para os mais de 5 milhões de turistas que visitam anualmente a cidade, também é verdade há uma rede de ciclovias que permitem ir de um extremo a outro com segurança. As ciclovias de Barcelona tem características interessantes. Por exemplo, estão interligadas e ligam uma coisa a outra. Ainda a sua implantação coloca pedestres e ciclistas no mesmo nível. Não é como em Joinville, onde os ciclistas arriscam as suas vidas lado a lado com os carros.

As bicicletas de aluguel são um produto dirigido ao turista ou ao usuário eventual. Os ciclistas habituais, em Barcelona, têm as suas próprias bicicletas. Isto pode explicar porque na vizinha Blumenau, onde, como em Joinville, todos tem uma bicicleta em casa, o negócio não prosperou. Importante entender que uma cidade que recebe aproximadamente 2,6 turistas por habitante todos os anos, representa um mercado interessante. Seria o equivalente a Joinville receber a cada ano mais de 1.250.000 turistas, algo inimaginável com a nossa política de fomento ao turismo e a nossa infraestrura para receber os que aqui se aventurem.

Implantar o serviço de aluguel de bicicletas não resolverá os problemas de mobilidade. E reúne todas as características para se tornar uma iniciativa que dificilmente será rentável. O que não deve preocupar... se todo o investimento e risco forem assumidos por um empreendedor privado que tenha propensão a rasgar dinheiro. Caso haja o envolvimento de recursos públicos - e na viagem citada há - seria bom abrir o olho.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Você não fica bonito com uma bolada na cara

POR ET BARTHES

Quem já levou uma bolada no futebol sabe o quanto dói. E que vê este filme dos The Slow Mo Guys, uns caras que nasceram na internet e têm milhares de seguidores no mundo digital, percebe a razão. Eles simulam uma bolada na cara e mostram, em câmara superlenta, a deformação que acontece no corpo. Aqui a bola é jogada com a mão, mas está cheia de água, para reproduzir uma situação real. Ok... não sei se o pessoal do The Slow Mo tem essa expressão lá na gringolândia, mas ver os efeitos de uma bolada nas costas seria um teste interessante.

O mico, o polvo e o neo-caciquismo

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Um dia destes estava ouvir o jogo do JEC e, do nada, o comentarista interrompeu o locutor para dizer que tinha recebido um torpedo do ex-prefeito Marco Tebaldi. E, claro, deu uma tremenda puxada de saco no atual secretário da Educação. Fiquei a pensar que podia ter sido um deslize, um episódio isolado. Mas não. Num outro jogo, pouco tempo depois, fato semelhante se repetiu. Pô... é o tipo de coisa que faz Joinville parecer o fiofó do mundo.

Aliás, é uma daquelas situações que remete para a expressão “vergonha alheia”. Essas demonstrações públicas de afeto e sabujice do radialista já nem são um mico. São um tremendo King Kong. Mas é um exemplo que permite mostrar a marca na história da política de Joinville nas últimas décadas: o fenômeno do neo-caciquismo, que se articula na forma de compadrio, fisiologismo e amiguismo.

Esses neo-caciques (algumas vezes homens pequenos com grandes cargos) tratam a cidade como um feudo. E são como uma espécie de polvo, que estende os seus tentáculos por todo o tecido social. A sua influência pode ser detectada em todos os lugares: na comunicação social, nas estruturas públicas, nas igrejas, nas redes sociais, nos sindicatos, nos movimentos sociais ou em qualquer lugar onde seja possível cooptar vontades.

O que se tem, então? Jogos de interesses. Alianças pornográficas. E um balcão onde se compram e vendem dignidades. É o que os neo-caciques costumam chamar “política”. Mas é o que o mundo civilizado chama “atraso”. E não se iludam, leitor e leitora, porque não é apenas retórica. Não é preciso ser um phD para afirmar que isso traz consequências nefastas para a vida da cidade, não apenas no plano da democracia, mas também ao nível sócio-econômico.

Faz algum tempo, li um comentário sobre um estudo acadêmico realizado nos EUA (“Do Politically connected firms undermine their own competitiveness?”), que afirmava o seguinte sobre as consequências econômicas do compadrio: "fomenta a ineficiência, desincentiva a inovação, torna mais míope o planejamento, corrompe a competitividade e distorce a concorrência".

Alguém aí duvida do contrário? Portanto, leitor e leitora, é muito mais complexo que parece. Não é só política. Porque essa gente, que aparece sempre com um discurso progressista, nada mais faz do que empurrar a cidade para o atraso. Afinal, como tenho repetido inúmeras vez, o terceiro mundo não é um estado geográfico, mas um estado mental.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Crianças de oito anos numa "cage fighting"

POR ET BARTHES

Esporte ou barbárie? Duas crianças de oito anos, numa “cage fighting”, no Reino Unido, fazem um combate para diversão de dezenas de adultos. Há apenas agarramentos e projeções, porque socos e chutes são proibidos. É claro que a coisa gerou polêmica, em especial depois que a Sky News fez uma reportagem. O problema é que não há qualquer ilegalidade e um dos pais, entrevistado pelo repórter, é um dos incentivadores da atividade do filho. Vai entender.