quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

ACIJ e o Processo Seletivo do NOVO


POR JORDI CASTAN

Alguém no seu sano juízo acreditaria que a Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) apoiaria um candidato que passou toda a campanha criticando os empresários, pior ainda um dos seus pares. Foi infantil e estulta a estratégia de atacar os empresários, numa cidade em que o espírito e a cultura empreendedora estão tão arraigados.

O candidato Darci de Matos errou na dose e na estratégia e acabou jogando no colo do Adriano Silva o apoio da ACIJ. Pode até ser que Adriano Silva não fosse o candidato dos sonhos da entidade empresarial no primeiro turno, mas no segundo turno os empresários não tiveram alternativa que não fosse apoiar um dos seus.

O partido NOVO inovou com o “Processo seletivo”, o intuito do processo é o de deixar de indicar os cargos comissionados por amizade, compadrio, filiação partidária ou por indicação política e utilizar um processo curricular, que privilegie a capacidade e a competência. A percepção do eleitor médio é que o resultado não saiu como esperado. Muitos nomes são velhos conhecidos do cenário político local, já ocuparam cargos em governos anteriores, sem ter conseguido mostrar competência ou resultados que os qualifiquem. Há muitas críticas, expressadas abertamente, sobre a manutenção de um número significativo de secretários do governo Udo Dohler, no que é visto como uma continuidade da gestão anterior, algo contra o que a maioria dos eleitores votaram e que agora se sentem traídos.

A pergunta é se estes são mesmo os “melhores” nomes que teríamos em Joinville para formar um NOVO governo e dar a guinada necessária para colocar de volta a cidade no eixo do desenvolvimento. Se estes foram mesmo os melhores entre os mais de 1.500 candidatos a cargos de primeiro escalão, o futuro de Joinville é preocupante.


2 comentários:

  1. O interessante que existem nomes que em toda gestão seja lá quem for o prefeito aparece como secretário alguma coisa na administração em algum canto. Dá a impressão que não existe outra pessoa so ela a mesma. Porque será , rabo preso, divida, imposição partidária o que será. E os funcionários publicos são incapazes? Estranho.

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  2. Processo seletivo, uma pinóia!
    De liberal esse partido não tem nada, tampouco esse prefeito.
    Primeiro que, sejamos francos, o prefeito não estava preparado para vencer a eleição.
    Segundo, que ele não venceu no primeiro turno, então esperava-se que, ao menos, esse espaço de tempo seria suficientes para formar o seu secretariado.
    Terceiro, as Secretarias já deveriam ser mapeadas pelos secretários no início de dezembro! Eles estavam esperando um “processo seletivo” que serviu apenas para legitimar nomes que todos já sabiam que seriam selecionados? Em plena época de covid? Num curtíssimo espaço de tempo?
    Quarto, presume-se, portanto, que NÃO HOUVE TRANSIÇÃO!
    Quinto, como vai ficar em janeiro, com metade dos funcionários públicos em home-office, sem diretores, sem gerentes e sem coordenadores? Serão os secretários os únicos a assinarem e responsabilizarem pelos processos em andamento nas secretarias?
    Como ficam os licenciamentos, as aprovações, as liberações de alvarás?
    O empresariado apoiou o prefeito vencedor, pois bem, que eles tenham então um “choque de gestão”!

    (em tempo, sou liberal antes dessa modinha de camisetas laranjas e mantras; votei nesse governo, porém, espera-se de um liberal pragmatismo, parcimônia e conservadorismo em tempos estranhos, não arroubos políticos que podem vir a piorar uma situação já bastante ruim. É o primeiro município a ser administrado pelo Novo, eles já começaram errando. Aguardem a politicagem, esperam-se muitas decepções)

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