sexta-feira, 8 de maio de 2020

A mobilidade de Joinville é um exemplo para Nova Iorque?

Conversas à Chuva - Arno Kumlehn



POR JORDI CASTAN

Nosso convidado é o Arquiteto e Urbanista Arno Kumlehn. O tema é como o COVID19 impactará nossas cidades, seu impacto na mobilidade, no mercado imobiliario, na forma como as pessoas moram e como os negocios mudarão e o efeito que estas mudanças terão sobre nossas vidas.

A pandemia só acelerou mudanças que já estavam a caminho. A velocidade com que as mudanças se produzirão nos afetará muito mais e de forma mais rapida do que poderiamos prever. As mudanças irão além e impactarão as relações de trabalho e sociais.  O trabalho como o conhecemos também será impactado e haverá uma redução na demanda por mobilidade com a redução dos deslocamentos. 
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quarta-feira, 6 de maio de 2020

A nossa bandeira nunca será vermelha. Mas terá listras e estrelas...





POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

A bandeira brasileira, assim como as suas cores, estão associadas ao que de pior há na sociedade. Gente intolerante, inculta e violenta. Mas apesar dessa apropriação pelos bolsonaristas, parece que é preciso haver mais de uma bandeira. Não há manifestação em que não apareça uma bandeira dos Estados Unidos, numa clara demonstração de que os seguidores do atual presidente não são tão patriotas quanto querem parecer.




segunda-feira, 4 de maio de 2020

Da calamidade pública à calamidade política



POR JORDI CASTAN

A pandemia causada pelo coronavírus está causando estragos maiores que os previstos, num país em que o colapso completo do sistema de saúde público não deveria ser novidade e onde estádios são mais importantes que hospitais ou escolas.

Em Santa Catarina, a Secretaria de Saúde pagou adiantado R$ 33.000.000 para comprar respiradores a uma empresa sem experiencia, sem conhecimento e aparentemente sem capacidade técnica para fornecê-los. O resultado é o afastamento de uma funcionária e a queda do secretario da Saúde. É como se uma compra desse volume e importância fosse feita como se faz na quitanda da esquina. Até agora o único fato é que o Estado aproveitou a dispensa de licitação para fazer uma lambança que custará muito caro ao contribuinte, enriquecerá alguns e Santa Catarina seguirá sem ter os respiradores que tanto precisa.

Em Joinville também tem gente aproveitando as dispensas de licitação para gastar R$ 15.660,00 em vacinas contra a gripe, as mesmas vacinas que são oferecidas de graça em qualquer posto de saúde. Pela pressão popular, a Câmara de Vereadores de Joinville acabou cancelando a imoral dispensa de licitação. Até porque os vereadores que estão no grupo de risco têm direito a receber a vacina gratuitamente. E os vereadores que não estão no grupo e os funcionários da câmara que não estão no grupo de risco ou não precisam ou podem optar por pagar pela vacina. O que ignoram ou fazem questão de esquecer é que o dinheiro que pagaria estas vacinas é dinheiro do contribuinte. Se fosse uma empresa privada, não haveria problemas, mas usar o dinheiro público e dispensa de licitação para "privilegiar" uma minoria é imoral. Será que o correto não seria que os vereadores fossem ao posto de saúde mais próximo e levassem sua cartilha de vacinação, como todos os demais joinvilenses também fizemos.

Mas parece que cancelar a compra das vacinas não resolveu. A Câmara de Vereadores utilizou da mesma justificativa para a comprar mil máscaras. Essas por um valor de R$ 3.300,00 de novo com dispensa de licitação. Poderia aproveitar a compra de 500.000 máscaras feita pela Prefeitura e atender aos funcionários da Câmara de Vereadores que precisassem ou que não pudessem adquirir, ainda que com os salários que o nosso Legislativo paga, será difícil justificar que não possa ou comprar uma máscara ou pagar uma dose da vacina contra a gripe.

Por sorte a sociedade está atenta e de olho nos que querem se aproveitar da declaração de calamidade pública para comprar, com dispensa de licitação, respiradores, vacinas, máscaras e quem sabe quantas outras coisas.