quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Carta ao espectro de Marx


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Meu caro Karl Marx.
É provável que já tenha notado, mas, de qualquer forma, vou repetir: você morreu. Ah… e o marxismo também. É triste, eu sei, mas você tem que aceitar o fato. E é pouco simpático que o seu espectro insista em voltar ao planeta.

Não volte. Ainda um dia destes um estudante de Itajaí jogou mais uma pá de cal sobre o seu nome. É claro que o tal guri nunca leu um texto seu. Chateado? Não é preciso, porque ele parece ser um daqueles que sequer conseguem ler o menu para pedir um x-burguer.

Mas a coisa virou notícia na imprensa e o pessoal trouxe o seu espectro de volta. Já imaginou os problemas que isso causa? Se o seu fantasma continua a rondar por aí, as pessoas - os tais trabalhadores - podem começar a acreditar nos teus poderes e o caldo entorna.

Ora, isso não seria justo para os banqueiros, os multimilionários, os megaempresários ou os especuladores da bolsa. Você tem que reconhecer, caro filósofo, que esses sujeitos têm feito a lição deles direitinho. Veja o mundo que eles construíram. Os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Os países do hemisfério Norte detêm quase 85% dos recursos econômicos do planeta.

O Estado está a ser desmontado, tudo a ser privatizado. Os políticos pensam que mandam, mas já não mandam nadinha - são apenas títeres. Os trabalhadores perdem direitos e o desemprego aumenta e aumenta e aumenta. Acho que no futuro não vai haver mais essa coisa chamada emprego. Portanto, não precisamos das suas ideias.

Ah... e a tal globalização criou um monstrengo chamado "pensamento único". É que depois da queda do Muro de Berlim, o marxismo foi mais uma vez enterrado e o modelo neoliberal foi considerado vencedor. Hoje existe um neoliberalismo, mas não um neomarxismo. Perdeu, velhinho. Aliás, ali na Univali o cara inventou o “único pensamento”: é proibida a inteligência.

De qualquer forma, velho filósofo, fica sossegado, porque sei de fonte segura. O cara só não escreveu o texto porque não sabia quem era Marx. Se tu, se o Groucho, se o Harpo ou se o Chico. E também tinha o Burle, mas esse ele pensou que fosse para fazer café.

Cão no inferno!




E caiu mais um!

POR GABRIELA SCHIEWE

Ontem, jogando em casa, o Tricolor amargou mais um resultado negativo, perdendo de 2 x 1 para o ABC.

A sequência de resultados negativos, influenciou diretamente na queda brusca da tabela e o distanciamento do tão sonhado G4.

E hoje, a primeira noticia do dia, demissão do técnico Ricardo. Grande solução hein, lá se vai Ricardo, Arturzinho...Zezinhos, Joaozinhos e por aí afora, como se o real problema do JEC estivesse no comendo técnico da equipe.

Vou aqui neste post, apenas repetir o que já falei em textos anteriores, como no penúltimo comentei que condições técnicas para se manter no G4 o JEC tem e, problemas de gestão a maioria dos times hoje possui, assim, se todos focassem e acreditassem na capacidade do time de ascender à Série A, tal fato seria totalmente possível e viável.

Também falei varias vezes que ficar toda hora trocando técnico, comprando e vendendo jogador não da certo em lugar algum e, no Joinville não será diferente. esta aí o resultado.

Para não dizer que o problema existe só no JEC, basta olhar o Tricolor rico paulista que vem trocando de técnico com constância e a inconstância do time permanece, assim como tantos outros times de Série A, B e qualquer série, a questão é que não há milagre, sem um trabalho de construção, evolução, ninguém impõe seu trabalho em dias.

No fim, a diretoria mais uma vez bate o martelo, manda técnico embora, diz que vai afastar alguns atletas, deve dispensar mais alguns e quem se da mal é o JEC.

O pior de tudo isso é ver os manezinhos da Ilha avançando.

Durma-se com um barulho destes!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Lembra da Carrie, a estranha?

POR ET BARTHES
Uma pegadinha ao estilo Carrie. E o pessoal ficou borradinho.


Monotemático, monocórdico e desafinado

POR JORDI CASTAN

A teimosa insistência em aprovar esse engendro denominado LOT - e fazê-lo a qualquer custo e passando sobre tudo - está servindo para que cada dia um número maior de joinvilenses comecem a se fazer perguntas que não teriam sido formuladas se a LOT tivesse sido votada e aprovada quando o circo estava montado para isso.

A LOT não foi votada ainda porque sua tramitação não seguiu o processo legal correto. Apesar da insistência do poder público (e, sob este aspecto, não há diferença entre este governo e o anterior), em aprovar a LOT sem realizar as obrigatórias audiências públicas em cada bairro, é importante permitir que a sociedade conheça com detalhe o impacto que a LOT terá sobre a vida e o futuro de cada um de nós.

O discurso monocórdico e monotemático do prefeito já ficou cansativo. Se a Mercedes Benz decide preterir Joinville, por uma segunda vez em pouco mais de uma década, não tem nada a ver com a incompetência do poder publico em promover um debate democrático que permita aprovar a LOT. Há muitos outros motivos que pesam na escolha ou não de nossa cidade por parte dos investidores.

Tampouco se sustenta o discurso de que Joinville está parada pela não aprovação da LOT. Nos últimos três anos o volume de metros quadrados de área construída autorizados pela Seinfra tem se mantido estável, em vigorosos milhão de metros quadrados ao ano. Mas o poder público continua alheio à realidade e continua tentando vender a ideia que a não aprovação da LOT é a causa de todos os problemas que Joinville já tem hoje e pelos que ainda tem por vir.

É importante que se saiba que um grupo de associações de moradores já realizou três consultas públicas para debater a LOT. Em comum nas consultas realizadas e que contaram com a participação de quase 500 joinvilenses, as manifestações contrárias, há que destacar que por unanimidade, a implantação das Faixas Viárias, no modelo proposto pelo IPPUJ, hoje estão sendo solicitadas novas consultas públicas por outras associações de moradores, numa prova clara que o joinvilense quer saber mais sobre a LOT e sobre seus impactos e não acredita piamente na versão oficial que propõe um modelo de desenvolvimento anacrónico e predador.

Que a sociedade tome conhecimento e se mobilize para debater a LOT e o seu impacto e que expresse as suas dúvidas pertinentes sobre a versão oficial elaborada pelo IPPUJ é bom e mostra uma maior mobilização da sociedade.

O debate sobre a LOT deve ser ainda mais aprofundado, permitindo que, com uma linguagem clara, todos os cidadãos tenham acesso as informações precisas sobre o que mudará na sua rua e no seu bairro e como estas mudanças afetarão o seu futuro e o dos seus filhos. Sem se deixar levar por cantos de sereias, pelo discurso fácil da geração de emprego e do desenvolvimento da mítica Joinville do milhão de habitantes.