POR JORDI CASTAN
Neste mesmo espaço já escrevi sobre a forma com que a Conurb primeiro, o Ittran depois e a Prefeitura sempre lidaram com o tema do estacionamento rotativo.
Ficou patente, desde o primeiro momento, que tem faltado competência para gerenciar as concessões e permissões que a empresa administra. Poderíamos citar uma por uma e em nenhuma delas seria possível identificar um traço de excelência ou de qualidade, mas acharíamos facilmente uma constante a falta de respeito pelo cidadão. Dois exemplos, a quantas anda a sinalização de ruas e logradouros? Quantas tem placa? Em que estado se encontram? Qual é a previsão para concluir a sinalização de toda a cidade? Quem mora ou percorre os bairros sabe que placa indicativa de rua é uma raridade e as poucas que há são sobreviventes de quase duas décadas passadas.
No caso do rotativo, finalmente e sem muita boa vontade, os joinvilenses não terão que arcar mais com o prejuízo da perda de valor dos cartões, mesmo que tenham o incomodo de ter que se deslocar para a sede da empresa Cartão Joinville no centro da cidade. Houve um avanço considerável. É importante, porém, que fique claro que este recuo só se produziu porque houve manifestações da sociedade. Os contribuintes se sentiram lesados e o tema não caiu no esquecimento. Não houve, em nenhum caso, benevolência por parte do poder público. Aliás, houve até quem até à última hora ficou dificultando a busca de uma solução.
A mensagem que deve ficar deste episódio é a de que devemos sim nos manifestar, que devemos exercer, sem temor, o nosso direito a expressar nossa desconformidade publicamente, chegando inclusive até ao poder judiciário se for necessário. Uma sociedade forte é aquela que defende os seus direitos e os funcionários públicos tem por obrigação colocar o respeito ao cidadão em primeiro lugar.