domingo, 18 de março de 2012

O que eles querem do espectador?


POR ET BARTHES
O que eles prometem? Qual é a proposta? O que esperam do espectador? Para eles, pelo menos, uma vida apaixonante. Veja o vídeo e descubra o que eles querem do espectador.



A prova de que lemos e escrevemos


POR VANESSA BENCZ*

Eram 9 da manhã, e o outono começava a se evidenciar com um vento fresquinho. Eu tinha 18 anos e saí de casa levando comigo um motivo especial. Queria ver de perto essa tal Feira do Livro que os jornais e a televisão falavam que ocorreria em Joinville, pela primeira vez. Eu nunca tinha visto uma coisa dessas na minha vida. Eu amava ler; então, era minha obrigação levantar cedo para conferir tal evento.
Lembro-me da sensação de incredulidade, quando avancei pelo Expocentro Edmundo Doubrawa. Vi aqueles quiosques ainda sendo montados. Livros sendo empilhados, um por um, em mesas e nas prateleiras das estantes. Pessoas apressadas, amontoando obras literárias de capas coloridas, conferindo cor, vida e mistério ao ambiente. Meio amortecida, avancei pelos corredores e senti o aroma de livros novos e antigos; o perfume que nos faz estremecer, ao aproximar o nariz das páginas de um livro desejado.

Parei no quiosque da Editora UFSC para observar melhor aqueles livros de capa amarela. Eram livros de cálculo. O homem que montava o quiosque perguntou se eu queria ajudá-lo a organizar os livros. Aceitei. E não saí mais de lá, até o final da feira – foi o meu primeiro emprego. O mais próximo, desde então, daquilo que eu sempre amei: a literatura.

Eu organizava os livros em uma mesa de madeira, e também os vendia para os visitantes. De livro – mesmo os de cálculo - eu entendo! Aquele homem remunerou o meu serviço, ao final do evento, com três livros e muitas palavras de agradecimento.

É com imenso carinho que eu guardo a lembrança da primeira Feira do Livro. Não apenas porque foi lá que experimentei o entusiasmo em trabalhar com livros. E, sim, porque vi nascer e crescer um evento que hoje é parte imprescindível de Joinville.

Na edição de 2008, acompanhei de perto a organização para a feira. Sueli Brandão, que encabeça o evento desde o começo, corria contra o tempo para amarrar toda a programação da melhor maneira. Tive a oportunidade de redigir, para a programação, um breve currículo de cada escritor famoso que viria. Me senti novamente integrada à feira, e com muito orgulho.

Nas edições que se seguiram, fiz cobertura jornalística da feira para os diversos veículos em que trabalhei. Mas, em nenhuma das edições, eu tive a ousadia em imaginar que um dia eu teria a chance de lançar um livro na feira, o que estou muito perto de realizar.

A gente sempre tem carinho por aquilo ou aqueles que vemos crescer. A feira, hoje, já é peça importante no quebra-cabeça que é Joinville. Estamos na nona edição, que começa em 12 de abril e dura 11 dias. E fico muito feliz em ver que o evento novamente será realizado no Expocentro Edmundo Doubrawa.
Não que não achasse legal quando era na praça Nereu Ramos – foi uma fase importante, até para levar os livros para mais perto da rua, do nosso cotidiano, do nosso caminho e da relação com a cidade, com aquilo que é urbano. Mas, no caso da Feira do Livro de Joinville, acho elegante – e até mais seguro, por causa das chuvas típicas da cidade – deixar os protagonistas dessa festa reinarem em um local especial, paralelo à correria do miolo da cidade.

A Feira do Livro é imprescindível para o leitor, e também para o escritor. Principalmente o escritor joinvilense. Este tem uma responsabilidade dobrada, quando se trata da feira. Eles são o argumento da festa, a prova de que aqui se lê, e aqui também se escreve. Quase uma coisa subsistente: aqui nós lemos, e também escrevemos. E nós lemos o que nós escrevemos.

Sugiro que todos os moradores de Joinville tirem um tempinho para visitar a Feira do Livro de Joinville. Mesmo que você nem goste tanto assim de ler. Porque com certeza você vai encontrar um outro tipo de manifestação artística que lhe chame a atenção – seja um grupo de atores brincando, um quiosque de bugigangas coloridas ou, quem sabe, a capa de um livro que te acorde a vontade de ler. E vai que alguém te convida para ajudar a organizar os livros em uma prateleira? No meu caso, mudou os rumos da minha história.

* Vanessa Bencz é jornalista.

sábado, 17 de março de 2012

Era mesmo necessário?

POR ET BARTHES
Em política, a gestão da imagem é coisa séria. E no caso deste filme é justo fazer algumas perguntas. Quem decidiu pôr esta entrevista no ar? Quais foram os critérios editoriais? Será que o próprio entrevistado iria aprovar? Será que eles acham que está tudo certo nessa peça? Era mesmo necessário?





A guerra Carlito x Tebaldi... e a mosca


sexta-feira, 16 de março de 2012

Cão Tarado


Cão Tarado


Castelo medieval incendiado por crianças


POR ET BARTHES
Criança brincando com fogo dá porcaria. Foi o caso do castelo medieval Krasna Horka, na Eslováquia, que foi quase todo destruído por um incêndio na semana passada. A causa? Dois moleques, um de 11 e outro de 12 anos, que tentaram acender um cigarro mas acabaram pondo fogo em palha seca e a coisa ficou fora de controle. O castelo tinha um valiosas obras históricas, mas grande parte foi salva.



Descubra se você é um tumor do trânsito

POR GUILHERME GASSENFERTH

Assim como nos organismos, há no trânsito vários tipos de câncer. Sujeitos que, tal qual uma célula cancerosa, atrapalham todos que estão à sua volta. Faça o teste abaixo e descubra se você é também um tumor!

Há o tipo que não para na faixa de pedestres para o cidadão atravessar. Ele está de carro, no ar-condicionado, protegido do calor, sol ou chuva, mas mesmo assim não quer parar durante segundos para o pedestre atravessar a rua. Se bobear, ainda tenta passar sem encostar os pneus na faixa branca – OK, só eu que faço isso?

Parabéns à CONURB por estar atuando tentando extrair este tumor do trânsito, com a campanha de atuar com agentes junto às faixas.

Mas ainda há os outros carcinomas do trânsito joinvilense.

Tem o sujeito oportunista que adora andar onde não é chamado: os corredores de ônibus. Os agentes devem dar mais atenção para o caso das faixas de ônibus. Bem, o nome já diz quem deve transitar por ali, né? Há um salvo conduto para taxistas, vans, ambulâncias e polícia militar, mas não há para você que está com pressa! Ver a manada de babuínos querendo ganhar segundos trafegando pela faixa, especialmente no trecho da Beira Rio entre a Max Colin e a Princesa Izabel causa-me profunda irritação.

Parece-me, ocorre pela sensação de impunidade. “Não tem ninguém olhando, faço isso todos os dias, então eu vou!” E alguns motoristas que estavam na fila vêem isto e passam a trafegar também nas faixas a eles proibidas, num crescente processo de imbecilização coletiva.

Talvez, com a presença de agentes da CONURB em locais mais críticos, esta situação diminua.

E os que trancam os cruzamentos?  Metástase das brabas! Minha amiga Camile dizia: com a buzina, eu educo os outros motoristas. Eu ria na época, mas hoje faço igual: se o energúmeno para seu carro sobre o cruzamento, trancando a via lateral (que é a que eu me encontro), eu não hesito e meto a mão na buzina. Pelo menos espero envergonhá-lo um pouco.

Pintaram aquela faixa quadriculada amarela em alguns cruzamentos com histórico de idiotas parando sobre elas. Adiantou alguma coisa, mas ainda se vê os homo neandertalis querendo ganhar 39 segundos na volta pra casa. Aí, eles trancam o cruzamento e isto causa um efeito dominó por todo o trânsito da região. Devem sentir-se importantes sendo tumores do trânsito.

Por fim, quero desopilar o fígado e reclamar dos cancros que estacionam em vagas reservadas a idosos ou deficientes. Seja na rua, no supermercado ou onde for. Eu tenho duas fantasias secretas (agora reveladas) sobre o assunto: uma delas é criar o adesivo “Eu estaciono como um idiota”, bem colante, e sair por aí com um vandalismo benéfico, pra ver se o sujeito se toca. E a outra fantasia é chamar a TV para filmar o fulano saindo de seu carro, estacionado na vaga reservada a deficientes, e perguntar: “Sr, percebo que o Sr. não possui deficiências físicas aparentes. A sua deficiência é mental?”

Torço para que a CONURB, com multas ou educação, consiga extrair este tumor de nosso trânsito.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Reality show com condenados à morte?


POR ET BARTHES
E quando a gente pensa que viu tudo, esta reportagem vem mostrar que a insanidade não tem limites. Segundo o vídeo abaixo, uma televisão chinesa está levando ao ar um programa que entrevista prisioneiros condenados à morte, mas com um requinte: minutos antes das execuções. As audiências, segundo o relato que podemos ouvir, têm sido excelentes, com as noites de sábado alcançando o expressivo número de 40 milhões de telespectadores. Parece que tem gente que vê isso como educativo. Vai entender.



Mais segurança ou mais multas?


POR JORDI CASTAN

A Conurb está mais interessada na segurança das pessoas ou em cobrar multas?

A Conurb informou que, nos próximos dias, abrirá a licitação para alugar aproximadamente 100 radares e lombadas eletrônicas. O objetivo declarado é o de melhorar a segurança no trânsito de Joinville. Mas a verdade pode ser bem diferente. A Conurb desenvolveu, ao longo do tempo, um modelo de negócio de uma simplicidade assustadora: precisa multar para pagar seus custos operacionais. A receita originária das multas de transito é a fonte de recursos principal - e praticamente única - para pagar salários, comprar equipamentos, alugar veículos, radares e fazer frente às suas despesas de operacão. O que transforma a arrecadação através das multas em uma necessidade. A situação coloca a empresa num dilema: como fazer para arrecadar mais?

No trânsito há soluções simples, econômicas e rápidas. E o que é mais importante: sem custo para o motorista. O problema é que estas soluções não enchem de dinheiro as esfomeadas arcas da empresa e os salários podem ficar comprometidos. Pouco tem a ver, neste caso, se a Conurb é uma empresa de economia mista ou uma autarquia como está sendo proposto. O problema reside claramente no modelo do negócio. Ter que multar não é o melhor nem para a cidade, nem para os motoristas, nem para o trânsito. É bom só para as empresas que ganham a licitação dos equipamentos que fazem disto um negócio sem risco.

Um exemplo bem simples que permite ilustrar a situação. A rua Helmuth Fallgater, meu caminho de todos os dias, tem, no trecho entre o terminal urbano Tupy e a Delegacia do Boa Vista, duas lombadas eletrônicas de 40 km e dois sinaleiras acionadas com botão. As lombadas localizadas na frente da Escola Presidente Medici e da Igreja do Evangelho Quadrangular funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. Haja ou não culto, haja ou não aula. Às duas da madrugada, sem alunos na rua, ou às 11h30min, horário de saída, o seu funcionamento é o mesmo. Os veículos, ao se aproximarem, reduzem a velocidade, em alguns casos até freiam bruscamente, para não serem multados. A sua função é burra, porque não obrigam a detenção do carro, só obrigam a uma redução da velocidade. Continuam funcionando mesmo durante o período de férias escolares ou quando o motivo que justificou a sua instalação deixou de existir.

Tambem existem duas sinaleiras, acionadas manualmente, a primeira na frente do terminal urbano e a segunda na faixa de pedestres entre a Igreja Católica e a Creche Bakita. Os sinaleiros são acionados exclusivamente quando os pedestres precisam atravessar a rua. Caso contrário, o trânsito flui normalmente, sem redução de velocidade, sem freadas, sem perigo. Quando acionado o sinaleiro a luz vermelha obriga o veiculo a deter-se completamente e os pedestres podem atravessar a rua em total segurança.

A diferença entre um e outro sistema é que um multa enquanto o outro não. Que um detém completamente o veículo para que o pedestre possa atravessar em completa segurança. Que um só é acionado quando é verdadeiramente necessário e o outro esta aí esperando que alguém passe a 46 km frente a uma escola vazia ou a 50 km numa rua que tem sua velocidade fixada em 60 km às 2:00 da madrugada. E a arrecadação só aumenta, porque há cada vez mais bocas para alimentar.