quinta-feira, 29 de junho de 2017
Orkut é um exemplo de que o Google também falha
Não restam dúvidas de que o Google é uma das mais importantes empresas do mundo. O lado bom é que é uma ferramenta indispensável, o mal é que sabe muito sobre cada um de nós. E pode faturar com isso. Aliás, ainda esta semana a Alphabet, dona da empresa, recebeu uma multa da Comissão Europeia no módico valor de 2,4 bilhões de euros, por práticas que teriam violado as leis europeias.
Mas o Google é uma empresa que também falha. Até porque o mundo das novas tecnologias é feito de acertos e erros. A evolução acontece por tentativas, umas mais felizes, outras destinadas ao fracasso e outras à obsolescência. E hoje trago aqui uma lista de cinco produtos da marca que simplesmente desapareceram, mas dos quais os leitores provavelmente já ouviram falar.
ORKUT
Quem não se lembra desta rede social, lançada em 2004 e depois desbancada pelo Facebook? Durou uma década e desapareceu em todo o mundo.
GOOGLE GLASS
Era uma das promessas da empresa. Óculos inteligentes, com recursos de realidade aumentada, que tinham telas semelhantes as de um telefone à frente dos olhos do usuário. Não rolou.
GOOGLE BUZZ
Através do Gmail, disponibilizava ferramentas de redes sociais como divulgação de links, atualização de status e falar com outros usuários em serviço de chat. Durou pouco mais de um ano e saiu de cena.
GOOGLE ANSWERS
O utilizador fazia perguntas e tinha respostas de um especialista no tema. Mas era preciso pagar por isso e talvez resida aí uma das causas do fracasso do produto, que teve fim em 2016.
GOOGLE VIDEO
Como o nome já diz, era um serviço transmissão de conteúdos em vídeo. Podia funcionar. Só que mais tarde a empresa assumiu o controle do Youtube e a ferramenta perdeu utilidade.
![]() |
O Orkut é, talvez, o caso mais emblemático |
Um governo caindo de podre não pode fazer reformas
POR ET BARTHES
Quem diria? A senadora Kátia Abreu é hoje uma das figuras em destaque na câmara alta do Congresso Nacional. Não deixa de ser irônico. A direita não gostava dela por ser ministra de Dilma Rousseff. A esquerda não gostava dela por ser uma representante da direita no governo Dilma Rousseff. E hoje é uma das vozes mais críticas da situação que a política brasileira está vivendo.A senadora não tem economizado expressões desagradáveis para descrever a atual situação política do Brasil, no geral, e no Senado, em particular. “Quadrilha organizada”. “Um governo caindo de podre”. “Uma vergonha”. “Acordo de ninguém com ninguém”. Essas foram algumas expressões usadas no discurso de ontem, quando disse que o Palácio do Planalto não tem legitimidade implantar as reformas Trabalhista e da Previdência.
“Pela primeira vez no país o presidente que está sendo julgado, condenado, inspecionado de todas as formas e nós vamos votar uma reforma dessa gravidade? É para mostrar que nada está acontecendo? É para segurar ele por quantos dias? Nós precisamos de um pouco de insônia, para que tenhamos vergonha do que nós estamos fazendo. Nós estamos nos distanciando cada vez mais do povo brasileiro”, disse a senadora.
É claro que a senadora continua no PMDB e todos sabem de que ela tem lado. Mas pelo menos neste momento é uma voz contra esse estranho grupo - a tal quadrilha organizada - que se adonou do poder em Brasília.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Ecoturismo em Joinville: as oportunidades perdidas
POR RAQUEL MIGLIORINI
Desde os anos 80 vemos que o aumento do turismo no Brasil e no mundo está associado à preocupação também crescente com a preservação do Meio Ambiente. A Educação Ambiental tem mostrado que as pessoas cuidam mais e melhor dos espaços que conhecem.
Encontramos diversas definições para o Ecoturismo na literatura, entre elas “provocar e satisfazer o desejo que temos de estar em contato com a natureza, de explorar o potencial turístico visando à conservação e ao desenvolvimento e, ao mesmo tempo, evitar o impacto negativo sobre a ecologia, a cultura e a estética dos lugares (Lindberg & Hawking 2002)” e “o ecoturismo é um meio de desencorajar atividades mais predatórias, em favor de um turismo mais leve e seletivo, com ênfase na natureza mais preservada e/ou pouco alterada (Rodrigues, 1999)”.
A ideia principal é evitar impactos negativos, ambiental e culturalmente falando, trazendo benefícios socioeconômicos para a população local, aliando desenvolvimento e preservação ambiental. O planejamento das ações, da ocupação do solo e da gestão desses locais é vital para o sucesso da atividade.
Em Joinville temos algumas Unidades de Conservação Municipais que podem ser exploradas com fins ecoturísticos:
- Área de Preservação Ambiental(APA) da Serra Dona Francisca, entre a região do Quiriri e do Piraí, abrangendo o Parque Ecológico Prefeito Rolf Colin;
- Parque Natural Municipal da Caieira, no Ademar Garcia;
- Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Morro da Boa Vista, abrangendo o Parque Municipal Zoobotânico;
- Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Iririú, abrangendo o Parque Natural Morro do Finder;
- Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Ilha do Morro do Amaral, na zona Sul.
Das Unidades de Conservação listadas, apenas o Parque Ecológico Prefeito Rolf Colin restringe a visitação, sendo utilizado para pesquisas.
A melhor maneira de utilização desses espaços deve constar no Plano de Manejo, instrumento técnico de gerenciamento das UCs (Unidades de Conservação). Infelizmente, não há interesse público em levar adiante os estudos necessários para se fazer o Plano de Manejo das áreas que ainda não possuem nem tampouco a atualização dos já existentes. Sem esse instrumento, não temos como saber o que e como preservar.
Infra-estrutura inadequada, má gestão, falta de fiscalização para ocupações irregulares e caça ilegal, ausência de monitores treinados, entre outros, fazem o ecoturismo ser predatório. O que era para gerar conhecimento e sensibilização acaba por levar à destruição do meio. A destruição de espaços causados por padrões inadequados de uso para o turismo compromete o local nos aspectos naturais e sociais.
Ao observarmos a diversidade ambiental nas Unidades de Conservação do município ficamos encantados com a beleza dos cenários. No Parque Morro do Finder sentimos todas as sensações do interior da Mata ao passarmos por suas trilhas, espalhadas nos 500 mil m2 remanescentes da Mata Atlântica. Já no Parque Natural Municipal da Caieira, com quase 1.300 km2 de área, observamos sítios arqueológicos de Sambaquis em meio a restingas e manguezais.
Aliás, o Parque da Caieira é um exemplo de como o poder público deixa abandonado um local que era para ser motivo de orgulho para os moradores do bairro e da cidade. Um local que sofreu ação de vândalos há alguns anos e que não foi recuperado nem colocado vigilância para evitar novos estragos. O mirante que oferecia uma vista deslumbrante para a Lagoa do Saguaçu, interditado desde sua construção, nunca foi recuperado.
O que me motivou a escrever sobre o turismo nas Unidades de Conservação de Joinville foi o novo Mirante da Boa Vista e seu acesso. A quantidade de turistas e moradores que tem usado aqueles 1900 metros de acesso, seja para atividade física, seja para simples visitação, nos dá a certeza da importância de locais como esse. Poderíamos seguir os demais países e até exemplos nacionais e cobrarmos ingressos. No Mirante tem uma luneta para observação gratuita. Confesso que foi a primeira vez que vi um equipamento desse gratuito. Os ingressos, de pequeno valor, ajudariam na conservação do local e dos equipamentos, no pagamento de seguranças.
O poder público pode oferecer essas oportunidades de lazer e turismo, porém não deveria ser obrigação dele manter o espaço com recursos de impostos. Sei que é um tema polêmico, mas parece que o restante do mundo pensa dessa forma e pagamos quando usamos o serviço em outros lugares. Santa Catarina tem um exemplo do que falo nos Cânions de Aparado da Serra, em Praia Grande ( Unidade de Conservação Federal).
Creio que precisamos discutir o uso das Unidades de Conservação, a possibilidade de cobrança de ingressos, a cobrança do Poder Público com relação aos Planos de Manejo e o turismo sustentável.
Nosso município tem belezas que merecem ser contempladas de forma ordenada e responsável. Pensarmos em crescimento econômico só com fábricas não é mais possível. O turismo gera empregos tanto quanto as fábricas, com a diferença que os impostos gerados ficam no município de forma direta e não vão para o Estado para depois voltar. O Projeto Join.Valle, lançado recentemente pela prefeitura, não cita o turismo como fonte de renda. Perde-se uma excelente oportunidade.
Desde os anos 80 vemos que o aumento do turismo no Brasil e no mundo está associado à preocupação também crescente com a preservação do Meio Ambiente. A Educação Ambiental tem mostrado que as pessoas cuidam mais e melhor dos espaços que conhecem.
Encontramos diversas definições para o Ecoturismo na literatura, entre elas “provocar e satisfazer o desejo que temos de estar em contato com a natureza, de explorar o potencial turístico visando à conservação e ao desenvolvimento e, ao mesmo tempo, evitar o impacto negativo sobre a ecologia, a cultura e a estética dos lugares (Lindberg & Hawking 2002)” e “o ecoturismo é um meio de desencorajar atividades mais predatórias, em favor de um turismo mais leve e seletivo, com ênfase na natureza mais preservada e/ou pouco alterada (Rodrigues, 1999)”.
A ideia principal é evitar impactos negativos, ambiental e culturalmente falando, trazendo benefícios socioeconômicos para a população local, aliando desenvolvimento e preservação ambiental. O planejamento das ações, da ocupação do solo e da gestão desses locais é vital para o sucesso da atividade.
Em Joinville temos algumas Unidades de Conservação Municipais que podem ser exploradas com fins ecoturísticos:
- Área de Preservação Ambiental(APA) da Serra Dona Francisca, entre a região do Quiriri e do Piraí, abrangendo o Parque Ecológico Prefeito Rolf Colin;
- Parque Natural Municipal da Caieira, no Ademar Garcia;
- Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Morro da Boa Vista, abrangendo o Parque Municipal Zoobotânico;
- Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Iririú, abrangendo o Parque Natural Morro do Finder;
- Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Ilha do Morro do Amaral, na zona Sul.
Das Unidades de Conservação listadas, apenas o Parque Ecológico Prefeito Rolf Colin restringe a visitação, sendo utilizado para pesquisas.
A melhor maneira de utilização desses espaços deve constar no Plano de Manejo, instrumento técnico de gerenciamento das UCs (Unidades de Conservação). Infelizmente, não há interesse público em levar adiante os estudos necessários para se fazer o Plano de Manejo das áreas que ainda não possuem nem tampouco a atualização dos já existentes. Sem esse instrumento, não temos como saber o que e como preservar.
Infra-estrutura inadequada, má gestão, falta de fiscalização para ocupações irregulares e caça ilegal, ausência de monitores treinados, entre outros, fazem o ecoturismo ser predatório. O que era para gerar conhecimento e sensibilização acaba por levar à destruição do meio. A destruição de espaços causados por padrões inadequados de uso para o turismo compromete o local nos aspectos naturais e sociais.
Ao observarmos a diversidade ambiental nas Unidades de Conservação do município ficamos encantados com a beleza dos cenários. No Parque Morro do Finder sentimos todas as sensações do interior da Mata ao passarmos por suas trilhas, espalhadas nos 500 mil m2 remanescentes da Mata Atlântica. Já no Parque Natural Municipal da Caieira, com quase 1.300 km2 de área, observamos sítios arqueológicos de Sambaquis em meio a restingas e manguezais.
Aliás, o Parque da Caieira é um exemplo de como o poder público deixa abandonado um local que era para ser motivo de orgulho para os moradores do bairro e da cidade. Um local que sofreu ação de vândalos há alguns anos e que não foi recuperado nem colocado vigilância para evitar novos estragos. O mirante que oferecia uma vista deslumbrante para a Lagoa do Saguaçu, interditado desde sua construção, nunca foi recuperado.
O que me motivou a escrever sobre o turismo nas Unidades de Conservação de Joinville foi o novo Mirante da Boa Vista e seu acesso. A quantidade de turistas e moradores que tem usado aqueles 1900 metros de acesso, seja para atividade física, seja para simples visitação, nos dá a certeza da importância de locais como esse. Poderíamos seguir os demais países e até exemplos nacionais e cobrarmos ingressos. No Mirante tem uma luneta para observação gratuita. Confesso que foi a primeira vez que vi um equipamento desse gratuito. Os ingressos, de pequeno valor, ajudariam na conservação do local e dos equipamentos, no pagamento de seguranças.
O poder público pode oferecer essas oportunidades de lazer e turismo, porém não deveria ser obrigação dele manter o espaço com recursos de impostos. Sei que é um tema polêmico, mas parece que o restante do mundo pensa dessa forma e pagamos quando usamos o serviço em outros lugares. Santa Catarina tem um exemplo do que falo nos Cânions de Aparado da Serra, em Praia Grande ( Unidade de Conservação Federal).
Creio que precisamos discutir o uso das Unidades de Conservação, a possibilidade de cobrança de ingressos, a cobrança do Poder Público com relação aos Planos de Manejo e o turismo sustentável.
Nosso município tem belezas que merecem ser contempladas de forma ordenada e responsável. Pensarmos em crescimento econômico só com fábricas não é mais possível. O turismo gera empregos tanto quanto as fábricas, com a diferença que os impostos gerados ficam no município de forma direta e não vão para o Estado para depois voltar. O Projeto Join.Valle, lançado recentemente pela prefeitura, não cita o turismo como fonte de renda. Perde-se uma excelente oportunidade.
terça-feira, 27 de junho de 2017
Luana Piovani e o lé com cré da estagnação
POR ET BARTHES
Quem muito fala pouco acerta, diz o velho ditado. O problema é ainda maior quando a pessoa está a apontar o dedo para os outra pessoa (porque, afinal, ignorantes são sempre os outros), a quem acusa de não saber falar português. Deu chabu para com Luana Piovani. Num discurso para lá de arrogante, a loira dá autênticos pontapés na língua portuguesa. É de algum tempo atrás, mas é interessante ver a moça a estagnou a língua portuguesa.
Assinar:
Postagens (Atom)