sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Prefeito, converse com Joinville
POR VANDERSON SOARES
Eu votei em Udo Dohler para prefeito. Por vários motivos, mas principalmente por acreditar em sua honestidade e em sua capacidade de gerir recursos de modo satisfatório para o bom desenvolvimento e crescimento de Joinville.
Estou certo que este é um momento desafiador para todos os prefeitos e governadores do Brasil, seja pela baixa arrecadação, seja pelo momento de descrédito da política brasileira, enfim, é um momento delicado para qualquer pessoa pública que precise definir prioridades de investimento.
Muitos vereadores e assessores se aproveitam do momento para atacar o “Udo Gestor”, inclusive acredito que um ou outro vereador se reelegerá simplesmente por estar fazendo oposição a este governo.
Neste começo de ano tivemos notícias amargas e difíceis de aceitar como o aumento exorbitante do transporte público, o aumento da tarifa de lixo e o estado precário das ruas de Joinville que, em partes, foi causa de dois acidentes recentes envolvendo mortos e feridos. O que mais sinto falta neste momento é de uma explicação do executivo municipal. Um posicionamento, uma fala, algo que demonstre a preocupação e as ações para se resolver estes problemas.
Acredito que Udo Dohler não presidiu a empresa Dohler com amadorismo e sorte, mas sim com talento e disciplina, adjetivos próprios de sua pessoa. O que me deixa inquieto e me faz escrever estas linhas é a falta de explicações, de comunicação, do corpo a corpo com a cidade.
Sinceramente, ainda acredito que ele está se saindo melhor do que os outros possíveis candidatos em 2012 em meio a equilíbrios econômicos, mas a comunicação está falhando.
Claro que não me agrada buracos nas ruas ou o aumento da tarifa de transporte e lixo, mas o que mais sinto falta é de um comunicado, uma explicação, uma maior proximidade com o cidadão joinvilense. Falta criatividade para interagir com quem acreditou, e talvez ainda acredite, na capacidade de Udo Dohler em gerir nossa cidade.
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Um buraco na reeleição de Udo Dohler
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Um ciclista
cai num buraco, bate a cabeça e morre. Um motorista tenta se desviar de um
buraco e atropela três pessoas. No bairro Petrópolis, um carro é parcialmente
engolido por um buraco na rua. Não dá para dizer que o prefeito Udo Dohler seja
diretamente responsável por este tipo de episódios (apesar de muitos já terem
feito essa afirmação), mas ele não está isento de responsabilidades.
Udo Dohler
é culpado, sobretudo, pela inação do seu governo. Os fatos ocorridos nestes
últimos dias são apenas o corolário de situações que têm se repetido ao longo
da atual administração, sem que tenha havido uma resposta efetiva. E não pode
dizer que não houve avisos. Apesar de não gostar de autocitações, eu próprio
lembro de ter escrito sobre isso no jornal A Notícia (“A Semiologia dos Buracos
na Rua”) há dois anos.
- - “Dizem que
o diabo está nos detalhes. E os buracos das ruas, parecendo detalhe, na verdade
são essenciais para detonar a imagem de qualquer administração pública. E não
adianta dizer que o material de pavimentação é bom e que o trabalho é feito de
forma diária. Porque enquanto estiver lá, o buraco está a comunicar contra o
prefeito”, dizia o texto.
Os fatos
impõem uma reflexão. Udo Dohler deve tentar a reeleição? É certo que os
políticos contam com a fraca memória dos eleitores, mas o futuro não parece
animador para o atual prefeito. Se conseguir manter o cargo, vai enfrentar os
mesmos problemas dos últimos três anos (problemas para os quais não conseguiu
encontrar soluções). Se for derrotado, pode ter que enfrentar um ocaso sem prestígio.
O
co-blogger Jordi Castan lembra a escolha feita pelo atual prefeito ao concorrer
em 2012. “A vida é feita de
escolhas. Udo Dohler quis ser prefeito de Joinville. Se empenhou nisso”. E está a pagar o preço. Mas qual
será a escolha a 2016? Ora, todos sabemos que o prefeito é uma pessoa
determinada e que não é de fugir à luta. E já que gosta de usar a linguagem da
gestão, como será que avalia a relação custo-benefício de uma candidatura?
O custo é elevado. Os benefícios são mínimos. E para nós, comuns
mortais, fica a pergunta: “se eu estou com a vida ganha e posso viver uma
aposentadoria dourada, por que vou voltar a me enfiar nesse buraco?”. Vamos aguardar para ver.
É a dança da chuva.
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