quarta-feira, 22 de julho de 2015

terça-feira, 21 de julho de 2015

Arnold Schwarzeneger e o exterminador

POR ET BARTHES

Uma pegadinha com Arnold Schwarzeneger novamente no papel do "Exterminador do Futuro". Há cenas engraçadas e o filme já tem mais de 23 milhões de visualizações.  

Comece por você


POR FELIPE CARDOSO

Parece que aquele clichê do “comece a mudar o mundo por você” nunca fez tanto sentido antes como faz agora. As pessoas clamam por mudança, mas ficam à espera de alguém para mudar ou da criação de um botão que reinicie tudo ou que faça as coisas melhorarem rapidamente.

Os avanços tecnológicos e a crença em um salvador talvez impeçam de notarmos o potencial que existe dentro de cada um de nós e o poder que temos para consertar os erros cometidos.

A tentativa de nos livrar do sentimento de culpa e viver tranquilamente sem assumir as nossas responsabilidades e os nossos privilégios diante das injustiças presentes na nossa sociedade é o principal fator que nos impede de conquistar a mudança que tanto queremos.

Para tornar algo melhor, você precisa observar o que há de ruim, apontar esses erros, adotar uma estratégia e começar a combater o que existe de errado até que se chegue ao objetivo desejado.

Empresas fazem isso. Movimentos sociais também. Só que em um lugar ele é aceito e aclamado e em outro ele é criticado e silenciado.

Eu como homem devo assumir os meus privilégios em relação as mulheres. Devo admitir o meu machismo por mais que ache que não estou fazendo nada para oprimi-las, pois devo compreender que só de estar vivendo em um sistema que silencia, violenta e abusa das mulheres já me torno um machista. Só de rir de uma piada já faz com que eu contribua para a propagação do preconceito e o mantimento do status quo.

Somos criados e ensinados a depositar a culpa sempre no outro, mas nunca somos ensinados a fazer a autocrítica, a nos olharmos no espelho e apontarmos os nossos erros e acertos, as nossas vantagens e desvantagens, as nossas necessidades e os nossos privilégios.

Quem não se conhece e não se analisa não será capaz de conhecer e analisar o mundo.

Então quando nos é apontado ou feito uma crítica de algo que fizemos ou falamos, devemos perder o costume de negar e apenas apontar os erros alheios.

Devemos nos assumir como seres errantes e procurar consertar esses erros diariamente. Esse processo chama-se desconstrução. A partir do momento que você não se assume como machista, racista ou homofóbico você não se permite e não permite que o mundo mude para melhor.

Não conseguiremos alterar hábitos criados há séculos com uma solução simples e rápida. É um processo lento, que exige diálogos, debates e criações. Mas para que isso aconteça precisamos assumir para, assim, permitir.

Essa desconstrução é diária e precisa ser analisada em todas as esferas sociais, econômicas, políticas e culturais da nossa sociedade. Em casa, no trabalho, na escola, na faculdade, na TV, nas conversas, nas representações, nos discursos... Enfim, em tudo e em todos.

Não se trata de começar a enxergar tudo como “mimimi” ou tudo como preconceito, trata-se de mudança. E a mudança incomoda setores conservadores que não querem perder seus privilégios e os lucros que adquirem com tudo isso.

Após assumir, analisar e dialogar é necessário colocar em prática, realizar ações educacionais para crianças e jovens, cobrar a criação de políticas públicas que contribuam com essas mudanças, é preciso reivindicar, ir a luta, participar e dar voz aos movimentos sociais, dialogando, interagindo, sugerindo e contribuindo.

Não devemos entrar na onda do sensacionalismo e nem ajudar a propagar discursos e atos violentos. Todo esse alvoroço e a tentativa de mostrar um caos de maneira superficial e degradante tem o objetivo único de nos amedrontar para, assim, nos influenciar a aprovar leis e tomar decisões precipitadas que acabarão nos prejudicando, novamente, em um futuro não muito distante.

A mudança acontece diariamente e começa pela desconstrução e pela autocrítica de cada indivíduo para depois se transformar em algo coletivo.

Comece por você!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

O mito da gestão ruiu












O tema é Udo Dohler. E para não ficar só nas críticas, vamos falar do que funciona: o controle da mídia, o patrulhamento das redes sociais e o uso de recursos públicos para manter a imprensa amordaçada está funcionando bastante bem. Mas será suficiente? Nos dias de hoje não é possível tapar o sol com uma peneira. As redes sociais são um espaço de participação democrática difícil de calar. Não por acaso que jornais impressos estão perdendo espaço para quem busca estar informado e hoje encontra informações independentes em outros meios.

O rei vai nu. Anais Nin escreveu que quando o mito fracassa é quando o amor começa. Acrescentaria que quando não é amor... é o ódio o que começa. Passados mais de dois anos e meio de governo - e faltando pouco mais de um -, o mito do gestor eficiente está definitivamente esfarelado. O ídolo dos pés de barro mostra hoje, para quem quiser e tiver isenção, o que é: um gestor mediano, num cargo que não consegue preencher.


Para a maioria da população o choque de gestão  propalado aos quatro ventos durante a campanha virou "gestón". O povo é cruel. Mais cruel ainda quando esta desiludido e se sente traído.
No caso do prefeito é difícil dizer onde sua gestão patina mais, mas a saúde é seu maior fracasso pessoal. A saída intempestiva da secretária da Saúde tem mais motivos que os publicamente anunciados, e devem ser buscados em outro prédio da mesma avenida. A saúde enfrenta problemas gravíssimos e há dezenas de ações correndo na Justiça para garantir o acesso aos serviços de saúde, a medicamentos e a consultas. Decisões recentes são demolidoras e não deixam dúvida. Para quem tinha décadas de experiência é um resultado vergonhoso.
As outras áreas de gestão municipal não estão melhor. Não há ação de governo que não enfrente problemas, atrasos e percalços. Propor a "Joinville do Futuro" para os joinvilenses que ainda esperam a do passado não esta funcionando e o relógio é implacável. Não resta tempo hábil para cumprir o que foi prometido na campanha.
O mito do gestor de sucesso caiu e ao esfarelar-se deixa aparecer o homem, com seus defeitos e virtudes. A gestão esta sob o escrutínio diário do eleitor e a palavra que mais se escuta hoje é decepção.