sábado, 16 de março de 2013

E o JEC amanhã?

Amanhã é dia de JEC na Arena e todos caminhos estão direcionados para lá.

Por ser um clássico, temos tudo para apreciar um jogo com futebol mais elevado e, pela lógica da gangorra de apresentação do Joinville, amanhã é dia de jogar bem.

No entanto esta irregularidade que o Tricolor vem apresentando desde o começo da temporada e que agora já nos encontramos no segundo turno do Estadual e tudo continua a mesma coisa, pra não dizer que piorou, coloca em risco o emprego do Seu Artur Neto.

Como tratei aqui, a maionese está desendando e, se isso ocorrer, só começando do zero. Vem jogo, vai jogo as trocas acontecem, entra e sai de jogador, mas a essência continua a mesma, o JEC não consegue emplacar seu futebol e isso tem deixado os torcedores bastante preocupados.

O maior problema é que não tem se visto uma solução efetiva, um pulso forte de quem manda e comanda o time para coloca-lo no prumo e é inevitável a preocupação, pois ao que vem parecendo o Catarinense vai ficar para o próximo ano de novo e as competições Nacionais logo começarão, e aí? Vai continuar neste sobe e desce?

JEC x Figueirence, às 16 horas na Arena Joinville

sexta-feira, 15 de março de 2013

Fazer pouco e fazer muito

POR FELIPE SILVEIRA

Nessa vida de certa militância (de sofá ou não) também é preciso viver. Assim como nessa vida de viver (no sofá ou não) também é preciso militar. Digo isso porque essa questão sempre me vem à mente quando me questiono sobre aquilo que podemos fazer para tornar o mundo um lugar melhor para viver. E todos nós concordamos que é preciso trabalhar pra isso, né?

Acredito que a mudança na sociedade pode acontecer de duas maneiras. A primeira é macro e envolve ações políticas e econômicas. De fato, para o bem e para o mal, isso muda o mundo. O governo de Hugo Chávez, por exemplo, mudou os rumos da Venezuela ao investir em saúde, educação, moradia, geração de emprego...

O outro tipo de mudança é micro, trata-se do nosso dia a dia. É aquilo que podemos fazer diferente a partir das nossas atitudes e da nossa mudança de hábitos. Exemplos disso são a reciclagem de lixo, o uso do cinto, o não desperdício de água e energia elétrica, entre outros. Somos bombardeados, diariamente com campanhas que jogam esse tipo de responsabilidade para o cidadão, com frases como “Seja a mudança que você quer no mundo” etc. Particularmente, não gosto muito da maneira como essa responsabilidade é transferida para cada pessoa, mas não descarto a importância desse tipo de mudança.

Tanto uma quanto outra, porém, passam por uma mudança fundamental: a conscientização.

Volto, assim, lá para o começo do texto, quando falava sobre o que temos e o que podemos fazer. Nem sempre, por causa do trabalho, dos estudos, da namorada, da igreja ou qualquer outro motivo, conseguimos fazer tudo que gostaríamos para a construção de uma sociedade melhor. O problema é transformar isso em desculpa para não fazer nada, além de cornetar os poucos que fazem.

Mesmo que eu não possa estar na rua, que não possa participar de movimentos sociais que gostaria, ainda assim eu posso espalhar informação e boas ideias. Posso mandar e-mails, publicar textos, debater no twitter. Particularmente, sinto uma certa obrigação moral de espalhar algumas ideias progressistas que acredito e combater outras “ideias” terríveis, como pastores-deputados homofóbicos e ruralistas.

Acredito que cada boa ideia espalhada pode influenciar pelo menos uma pessoa. Essa, por sua vez, pode mudar a própria vida, fazendo a micro mudança, e também pode mudar toda a sociedade, a partir do momento que vota melhor e que influencia a sua comunidade.

Abaixo, um comentário que mostra a importância e a necessidade de uma sociedade mais consciente:

quinta-feira, 14 de março de 2013

Para os amantes da velocidade

POR ET BARTHES
Jeff Gordon é um piloto da Nascar. E aqui foi contratado pelaPepsi para fazer um test-drive num carro de alta cilindrada. Mas disfarçado. O vendedor não sabia de nada e durante a voltinha tomou o maior cagaço do mundo. É publicidade, mas dá para rir um poquinho (da desgraça do pobre vendedor).





A paulocoelhização da vida


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Se eu quisesse escrever um livro para ganhar dinheiro, não teria dúvidas: seria um livro de auto-ajuda. Por quê? Ora, porque há por aí um monte de gente que baba na gravata e anda louquinha para acreditar em qualquer besteira que se escreva. Há uma espécie de
paulocoelhização da vida. 

O que isso significa? Ora, muitas pessoas acreditam que os problemas mais complexos podem ser resolvidos apenas com frases feitas. É só ler esta que roda aí pelas redes sociais:
- Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize o seu desejo.

Viu como é fácil? É só desejar. Ok… mas faz anos que eu desejo o fim do conflito do Darfur, uma vacina para a AIDS, uma melhor distribuição de renda no planeta e, claro, acertar na loteria do Euromilhões. E o que acontece? Nada. Parece que o universo conspira ao contrário. Mas…
-    As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.
Ah… como não percebi isso antes?

As prateleiras das livrarias estão infestadas dessas inutilidades que são os livros de auto-ajuda. E quanto mais flagelam a inteligência, maiores chances têm de se tornar bost-sellers. A fórmula dos textos é simples, simplória mesmo: é só usar uma linguagem bobinha, otimista e prometer soluções quase mágicas para obter riqueza, saúde, amor, felicidade ou até bom sexo.
- Uma vez feita a escolha é preciso seguir adiante e confiar no seu
próprio coração.

Os livros de auto-ajuda são escritos para os bovinos da classe média-mediana, pessoas aparentemente educadas que na verdade não passam de analfabetos funcionais. Os textos são alienantes e falam de um mundo sem dissenso, sem política e, claro, sem sinal de
inteligência. É um mundo de aluados, com mais ou menos dinheiro, para os quais os problemas do mundo se resolvem com pensamento positivo. Se eu desejar muito, eu consigo.
- Escuta o teu coração. Ele conhece todas as coisas. Pois onde ele
estiver é onde está o teu tesouro.

O segredo do sucesso desse tipo de obra (e aqui "obra" vem do verbo "obrar") é não exigir muito do leitor. Tudo deve ser feito sem qualquer esforço, a começar pela leitura do livro, que precisa ser rápida, fácil e sem qualquer coisa que cheire a complexidade. O que esses livros pedem? Para ter uma atitude mais positiva em relação à vida. Manter a mente focada apenas nas coisas boas. Enfim, a típica lenga-lenga para dormitar pangarés.
- Todos os dias deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um "sim" ou um "não" pode mudar toda a nossa existência.

É o que vivo a repetir. A única maneira de ficar rico com os livros de auto-ajuda é escrever um. E acreditar que há tolos suficientes para fazerem dele um bost-seller.

P.S. – As citações deste texto foram tiradas da internet e, ao que parece, são de autoria do escritor Paulo Coelho. Não tenho certeza: já tentei ler o cara, mas não aguentei.

The Walking Dog