quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Arena ficou pequena para esse "time"

ARENA - Seguindo a tônica do texto de ontem do Baço, com esse supertime que a Aliança Kennedy montou, a Arena vai ficar pequena, vocês não acham?

Alguém ainda se recorda das primeiras inserções na mídia da campanha do Carlito? Lembram que garantiu a continuidade das obras da Arena e o aumento da sua capacidade?


Se a memória não me falha, inclusive, mostrava assinaturas que confirmavam a veracidade do que estava sendo divulgado.


Bom, 30 mil lugares será pouco assento para tantos cargos a serem ocupados com a junção Kennedy, Tebaldi e Carlito. O torcedor, mais uma vez, vai ficar de fora do espetáculo. É fato!


JEC - Essa rodada só complicou ainda mais a vida do nosso Tricolor, mas não é por isso que pode sucumbir e desistir de continuar naquela balada do final do primeiro turno e mostrar que é sim time para logo logo estar na elite do futebol.


O amuderecimento que o JEC está tendo neste ano, na série B, será muito útil para um futuro breve e próspero, ou melhor, mais próspero do que já vem sendo.


Encarou o Ipatinga, último da tabela, fora de casa e perdeu de um magro (mas suficiente) 1 x 0. Ipatinga lutando desesperadamente para conseguir qualquer pontinho salvador, arrancou três do Joinville (também não precisava tanto né JEC).


F1 - E o Massa gente, renasceu das cinzas? Os lados asiáticos lhe fizeram bem e, pelo que noticiou a mídia, renovou seu contrato com a Ferrari e permanecerá mais um ano dando passagem para o Alonso.


Falando no espanhol, briga de gigantes no final do campeonato. No último GP Vettel venceu e assumiu a ponta.


Não perco a próxima corrida. Alonso não deixará por menos e quer esse título custe o que custar. E para isso ele conta com o trabalho do Massa para lhe deixar passar na frente na última volta.


SELEÇÃO - Uauuuuuu, a Seleção só goleando. O time do Mano está um espetáculo. Vai chegar na Copa voando. Brasil Hexa! Ninguém segura.


Ai santíssimo, bem isso tudo podia ser verdade. Tá bom, as goleadas são, em tese, verdade. No entanto, não da pra considerar jogar bem contra China, Iraque, Japão... enquanto Argentina mete 3 no Uruguai em plenas eliminatórias; Espanha e França duelando pelo primeiro lugar do grupo.


Ah... CBF, me poupe vai.


NO CHUVEIRINHO - Notícia extraordinária e inesperada...Itaquerão triplicou o orçamento inicial das suas obras. Olha que não está nem na metade. Eu esperava que fosse ruim, mas assim é exagero, não acham?

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O PT e a tetodependência


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

O PT decidiu sobre a posição para o segundo turno. E como perfeita mulher de malandro, que gosta de apanhar (passe o machismo da expressão), optou por apoiar Kennedy Nunes. Ah... os petistas tiveram uma súbita amnésia, mas dou uma força: Kennedy Nunes é aquele cara que passou quatro anos a detonar Carlito Merss.

Mas nem há surpresa na decisão, porque o resultado já era esperado. O PT de Joinville não se decidiu por um apoio. Decidiu, isso sim, por uma rendição incondicional à tetodependência. Teto o quê? Sim... tetodependência. É a dependência que as pessoas têm dos cargos públicos. Ou vai dizer que o apoio a Kennedy Nunes tem a ver com ideias e projetos?

Leio a seguinte declaração de Eduardo Dalbosco no AN. Aliás, leio e fico arrepiado. “O governo do PMDB não teria espaço para nós. Num governo Kennedy, teríamos o espaço em aberto, em disputa. É um compromisso para que a gente não jogue fora o trabalho que fizemos nos últimos quatro anos”.

Ei, Eduardo Dalbosco, você não se esqueceu da terceira opção? Sim, aquela em que o PT permanecia fiel aos princípios que sempre defendeu. Ou seja, saía de cena com a cabeça erguida e começava um trabalho sério para ganhar as próximas eleições. E evitava essa coligação oportunista que joga o nome do partido na lama.

O chato é que o pessoal nem se preocupa em disfarçar. É tudo uma questão de “espaço” na administração pública. Parece que só não há espaço para a dignidade política e o respeito pelas ideias de esquerda. É puro fisiologismo. É puro interesse em manter uns carguinhos para a rapaziada. É a prova de que os caras já não conseguem viver sem a teta. Ah... maldita dependência.

É triste. O fato é que a tetodependência funciona como as drogas pesadas: o sujeito experimenta a teta pública, o corpo se habitua, a mente sucumbe... e aí já não tem como largar. Para sustentar o vício, perde a dignidade, engole sapos e, em casos como este, até é capaz de se prostituir. Para o viciado, vale tudo por um empreguinho público.

O fato é que os resultados da decisão do partido foram esclarecedores: 24 votos pela coligação com Kennedy, nove a favor do voto nulo e três pela liberação dos militantes. Aliás, não sei quem são esses três, mas imagino que devam ser remanescentes de um tempo em que o PT de Joinville era feito com ideias e ideais. Outros tempos.

Ser querer ser catastrofista, vou fazer o meu prognóstico: se Kennedy Nunes for eleito vai dar uma grandiosa merda. Já imaginaram os times de Kennedy Nunes, Marco Tebaldi e Carlito Merss tentando disputar a sombra de um mesmo guarda-chuva? Virgi... muito mais seguro dormir num ninho de cobras.

Ah... e para quem acha que a coisa não podia piorar para o PT de Joinville, pelo que vejo nas redes sociais o partido acaba de dar uma tremenda queimada no filme com os eleitores. Ninguém defende. Para terminar, vou usar o comentário da jornalista Shirlei Paterno que li no Facebook: “Já vi muita coisa nojenta em política, agora essa do PT joinvilense apoiar o Kennedy foi a pior de todas!”


P.S.: Fui informado, no início da tarde, que foram quatro votos pela liberação: três sindicalistas e um da Juventude. Menos mal, mas ainda muito mal.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Eta publicidade ruim...

POR ET BARTHES
Pense num filme publicitário ruim, mas mesmo muito ruim. Não... pense num comercial péssimo. Os seus desejos foram atendidos...



“Mas você só dá aula?” – Relatos de um triste dia 15 de outubro


POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Hoje é 15 de outubro, dia do professor (ou da professora). Atualmente exerço esta profissão (a qual sempre sonhei desde criança) com o maior orgulho, pois fazer uma pessoa caminhar por novos horizontes, sem medo, e descobrir novos sentidos para sua vida através do conhecimento é revigorante e único. Só quem é professor sabe. O que me deixa triste é ver cada vez mais as pessoas me perguntando “se só dou aulas”.

Quando ouço esta aberração, fico quieto, pois sei que esta visão limitada sobre a função de um professor é fruto de um processo retrógrado e que atinge vorazmente o sistema educacional brasileiro. A pergunta deveria ser invertida: “por qual motivo você compromete a qualidade das suas aulas com outro trabalho?”. Infelizmente o Brasil valoriza mais o produto do que o processo; o formado do que o formador; o que você aprende do que a pessoa que te ensina.

O ensino (em todos os níveis, seja público ou privado) atende o mercado de trabalho ao invés de atender o pleno conhecimento. O professor, pela visão do Estado (ou do dono da escola), deve ser o responsável pela formação de profissionais e pela qualificação da mão-de-obra. Cadê o professor que desperta o questionamento em seus alunos, visando a construção de cidadãos de bem?

Desta forma, como o produto final é o mais importante para atender interesses pré-estabelecidos, o professor é desvalorizado, a ponto de virar um “bico” e renda extra para muitos outros profissionais. E assim, como todo mundo quer ganhar dinheiro, ser professor não é o melhor caminho a seguir, por ser sinônimo de instabilidade e de salários baixos.  Não posso deixar de citar a cereja do bolo: as péssimas condições de trabalho, com escolas públicas sucateadas, falta de incentivos para continuar estudando e uma atmosfera que não propicia um bom desenvolvimento do repasse de conhecimento. São tantos fatores que conspiram contra o professor face a muitas promessas de melhorias... que nenhuma delas será cumprida enquanto a escola atender apenas os anseios do mercado de trabalho.

Hoje me sinto muito feliz por ser professor e poder comemorar isto, mas triste pelas condições que vários colegas Brasil afora enfrentam todos os dias. Sou um privilegiado neste quesito, pois não enfrento problemas semelhantes aos que seguidamente a imprensa noticia e alguns colegas relatam, porém nunca abaixarei minha cabeça para o desdém dos governos para com a educação brasileira. Ser professor é algo mais que uma profissão, é um modo de enxergar a vida. O sorriso de um aluno por atingir os seus objetivos e agradecer pelo ensinamento ameniza quaisquer problemas enfrentados. É por isto que “só dou aulas”. Fazer o outro feliz e torná-lo um cidadão melhor, através da sua capacidade de pensar, é mais que o suficiente.

Ps: fica aqui a minha homenagem para todos os professores que tive em minha vida. Sem eles, não conseguiria ser o cidadão questionador que sou atualmente e nem ter a formação que possuo.