segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Arena de horrores

POR GABRIELA SCHIEWE

E então eu resolvo ir num mero jogo de futebol, entre times que sequer torço, apenas com a intenção de ver um bom jogo, visto que um lutava por uma vaga na Libertadores e outro precisando escapar do rebaixamento.

Logo que entro na Arena, dou de cara com um homenzarrão...e não é que até o Imperador estava na Cidade dos Príncipes!

Eta alegria boa, vamu que vamu que a coisa está esquentando...logo o Atlético-PR abre o placar, o Vasco desesperado, torcida agonizando no seu desespero de mais uma vez a caravela naufragar, e o jogo pegava fogo...

Aos 17 minutos de partida...explodiu!

"Art. 14. Sem prejuízo do disposto nos arts. 12 a 14 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, a responsabilidade pela segurança do torcedor em evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo e de seus dirigentes, que deverão: I – solicitar ao Poder Público competente a presença de agentes públicos de segurança, devidamente identificados, responsáveis pela segurança dos torcedores dentro e fora dos estádios e demais locais de realização de eventos esportivos;"

O artigo acima, do Estatuto do Torcedor, legislação muito bem elaborada e que visa a segurança do torcedor e de todos aqueles que compoe o evento, assim como pontua todos os responsaveis, é claro quando diz que a responsabilidade pela segurança do local é do mante da partida.

Ok! E agora tem opinião e empura e empura de tudo o que é lado...Opa, espera aí, estamos vendo nesse momento, exatamente o que ocorreu nas arquibancadas da Arena, opiniões diveras e empurra empurra de tudo quanto é lado.

Confere Arnaldo?

É gente, mais uma vez estamos vendo, ouvindo, escrevendo o que já ocorreu em diversas outras oportunidades nos estádios do Brasil e que a única preocupação é achar "o culpado" e não A SOLUÇÃO!

De que adianta, neste momento chegar a definição de que a culpa foi do clube mandante, Atlético-PR porque não cumpriu a determinação do Estatuto do Torcedor disponibilizando segurança suficiente para a manutenção do evento sem riscos de maiores monta; ou que foi da Polícia Militar que decidiu - sozinha ou com o apoio do Ministério Público - não entrar na Arena, a não ser que houvesse fato de risco; dos bandidos que se dizem torcedores?

Como se achar o culpado irá resolver alguma coisa. Resolveu nos outros casos de violência nos estádios que temos visto constantemente nos campeonatos no país? Claro que não!

Passou da hora de entidades desportivas, federações, governo, judiciário, justiça desportiva, patrocinadores e todos aqueles que estão envolvidos neste grande negócio coloquem como foco a segurança das vidas humanas e não a segurança do seu patrimônio financeiro.

Vasco caiu, Fluminense caiu, mas a verdadeira queda foi da esportividade e do bom sendo diante de bandidos que andam soltos e "torcendo" contra a vida alheia nos estádios.



Brazil 81

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO


A imprensa internacional ainda repercute  a morte de Nelson Mandela e, do meu ponto de vista, tudo já foi dito sobre a sua vida. Portanto, são dispensáveis mais comentários. Exceto no que se relaciona ao fato de que para o líder sul-africano o esporte era uma forma de promover a paz. E não era apenas teoria, porque ele comprovou com ações.

A história de Mandela está marcada pela Copa do Mundo de Rúgbi, em 1995, a Copa Africana das Nações, em 1996, e o apoio à  ideia da Copa do Mundo de Futebol de 2010 teve o seu apoio logo no início. O fato é que depois de todos estes eventos, todos nós sabemos um pouco mais sobre a África do Sul e até fazemos turismo por lá.

Mas Mandela fracassaria no Brasil, porque acontecimentos como os de ontem em Joinville mostram que as pessoas não querem paz. As imagens percorreram todo o mundo e apenas ajudar a refroçar a imagem de um país voltado para a barbárie. Não vamos nos esquecer que durante a Copa das Confederações a imagem do país ficou muito mal vista no exterior.

É por isso que a Copa do Mundo parece ser uma péssima ideia. Porque é o evento mais mediático do planeta e, todos sabemos, tem gente querendo jogar água nesse chope. Há uma oposição encarniçada como dedo no gatilho e à espera de causar problemas. Mas volto a dizer: é má ideia, porque nenhum país pode viver sem turismo.

P.S. Aproveite e veja o índice que define os países mais pacíficos para se visitar no mundo.


Quer ser modelo?

POR ET BARTHES

Quando você pensa que já inventaram tudo, eis que surge a "Ugly Models", a primeira agência do mundo que contrata gente que não se ajusta aos "padrões de beleza estabelecidos" (expressão políticamente correta para "feios").




sábado, 7 de dezembro de 2013

Uma metáfora...


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Sempre tive a ideia de escrever um texto sobre o comportamento dos donos do poder (e os seus sequazes) em Joinville. Os mesmos que ao longo de décadas estiveram sentados (mais do que isso, agarrados) nas confortáveis cadeiras da vida pública da cidade, em todos os níveis.

É certo que podia usar muitas palavras para explicar a situação, mas um dia destes por acaso encontrei a resposta neste filme que apresento aqui. Se você, assim como eu, acha que a cidade insiste em caminhar a passos muito lentos para o futuro – ou mesmo empacar –, então precisa dar uma olhada.

O filme retrata o incrível o pavor que essa gente tem de dar passos à frente. É o que tem condenado a cidade à imobilidade, ao conservadorismo e à mesmice. E como este é um daqueles casos em que as imagens valem por mil palavras, encerro aqui este meu texto.

Mas não sem perguntar ao leitor e a leitora: não é a metáfora perfeita (ironicamente é um comercial de margarina)?


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Madiba já está fazendo falta

Nelson Mandela, PRESENTE!
POR FELIPE SILVEIRA

Vocês que dizem que a sociedade não é racista, vocês me dão nojo. Vocês fazem todo tipo de manobra pra fingir que não vêem e até mesmo se enganar que não há racismo. São patéticos. Querem a prova? Vou contar aqui um caso gravíssimo de racismo, ocorrido numa escola de ensino fundamental, em São Paulo, nessa semana. Se você achar uma desculpa pra dizer que isso não é racismo, você se encaixa naquele “vocês” da primeira frase.

A mãe do garoto Lucas, de 8 anos de idade, não conseguiu matricular o filho na escola na qual ele estudou esse ano, onde estão seus amigos e onde tem notas altíssimas (questão irrelevante, pois seria um absurdo mesmo que ele fosse o pior aluno do Brasil). Isso porque o garoto tem um cabelo black, que é bem da hora, por sinal, e a diretora, por causa do racismo, não gosta. A canalha mandou um bilhete para a mãe, pedindo para cortar o cabelo do menino, e quando ela se recusou, sofreu a retaliação na hora da matrícula.

A pergunta importante aqui é: quando essa diretora será presa por racismo, já que há a prova do crime? (Ah, a polícia já a chamou pra depor.) O problema é que casos como esses aparecem todos os dias, são denunciados e discutidos todos os dias, e um bando de safado finge que é normal e faz todo tipo de manobra pra achar uma desculpa.

O problema é que a gente vive numa sociedade que pensa como a senhora do vídeo abaixo (que me causa repulsa e pena), mas que precisa estar surtada pra falar essas coisas olhando para a câmera. “Veja:”



Nelson Mandela, o Madiba, a quem todas as homenagens serão poucas e insuficientes em comparação com a sua vida e seu legado, pregou o perdão (sem o esquecimento). Um perdão pra impedir uma matança e pra unificar a sociedade, brancos e negros, vivendo juntos, como iguais e irmãos. Mas para chegar ao ponto de perdoar precisamos superar o nosso apartheid, que é mais claro do que qualquer muro.

Minha homenagem a Nelson Mandela é lembrar disso aqui.