quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

É preciso tirar Lula do páreo. E vapt-vupt...


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
24 de janeiro.

O Brasil tem um encontro consigo mesmo. O julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai servir como um divisor de águas. O antes e o depois. O “antes” mostra procuradores que fazem uma acusação baseada em convicções. E um juiz de primeira instância, Sérgio Moro, muito pressuroso em condenar, mas sem apresentar provas cabais e deixando espaço para muitas dúvidas razoáveis.

“Por coincidência”, num momento em que o nome de Lula aparece imbatível nas pesquisas, surge o que parece ser uma tentativa de estocada final. Tomado por uma vertigem “justiceira”, o TRF4 apressa o julgamento do recurso da defesa do ex-presidente. Um tempo recorde. Mas essa pressa toda é porque a Justiça está preocupada em fazer justiça? É legítimo imaginar uma tentativa de impedir a candidatura do ex-presidente Lula. O poder vai perdendo o pudor.

Há opiniões para todos os gostos. Mas parece evidente que o TRF4 vai ratificar a condenação. O objetivo é impedir que Lula volte ao Palácio do Planalto. Afinal, uma vitória do petista condenaria o golpe ao fracasso, pois deitaria por terra todas as ações desde o impeachment de Dilma Rousseff. Os poderes político, econômico, midiático e judicial precisam se juntar numa cabala para manter o ex-presidente fora das eleições. E tem que ser vapt-vupt.

Pensemos no “depois”. A decisão do TRF nunca será um fim. Pelo contrário, pode ser o início de um processo fraturante. Se a condenação for confirmada, terá início um ambiente de guerrilha judicial nas instâncias superiores. E o povo? O problema é que, para a opinião pública, a credibilidade das instituições judiciais estará ferida de morte, pois o alinhamento ao golpe fica cada vez mais evidente. O golpe já nem se preocupa com as aparências.

A situação deixa muitas perguntas no ar. Será possível, para os golpistas, construir um candidato viável (até agora têm falhado fragorosamente)? E se Lula surgir, para o eleitor, como vítima de um golpe? O poder da velha mídia golpista ainda é determinante em tempos de digital? Como os golpistas irão se livrar da imagem de sanguessugas interessados apenas em projetos de poder e partilhas? Muitas questões.

Mas, principalmente, a pergunta de um milhão de reais: será possível continuar a governar contra o povo? Talvez fiquemos a saber em janeiro.

É a dança da chuva.



quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Rapidinha.


Hulk versus Homem Formiga: mini refrigerante, maxi produção

POR ET BARTHES
Para as marcas norte-americanas, os intervalos do SuperBowl são o grande acontecimento do ano. E não há muitas restrições nos investimentos para produzir os seus filmes publicitários. É o caso deste comercial, que teve uma superprodução e ainda a participação de heróis da Marvel.



terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O meu candidato perdeu? A culpa é das urnas...


POR LEO VORTIS
O Brasil tem coisas estranhas. Uma delas é a desconfiança com as urnas eletrônicas. É uma reclamação que surge sempre que há eleições. E quando o nosso candidato perde, claro. O último grande caso aconteceu em 2014, quando, depois da derrota de Aécio Neves, o PSDB pediu a recontagem dos votos. E ainda entrou com um pedido de uma auditoria para a fiscalização de todo o processo eleitoral.

O Brasil tem um dos mais modernos sistemas de votação do mundo e ainda assim há quem questione o seu rigor. Os sistemas eletrônicos podem ser falseados? Claro que sim. Tudo o que é eletrônico pode. Mas os especialistas (não os especialistas de Facebook) dizem que o atual sistema oferece garantias de segurança. Há algumas vulnerabilidades, claro, mas são pontuais e controláveis.

Ainda recentemente o especialista Diego Aranha, professor da Unicamp, disse que a falha mais grave identificada em estudos foi a questão do sigilo do voto. Ou seja, era possível, com algum esforço, saber em quem a pessoa votou a partir da hora de voto. Não parece ser crucial. Mas é claro que exige uma correção (o que parece ter sido feito). Aliás, num tempo em que as pessoas tendem a declarar o voto, esse não é um fator assim tão grave.

Há muita gente com essa mania de apostar no passado. As urnas eletrônicas são um sistema que está em sintonia com os tempos atuais. E é um dos raros casos em que o Brasil aparece como pioneiro. Aliás, vale salientar que as democracias mais maduras há muito vêm procurando soluções eletrônicas. Enquanto isso, há muitos brasileiros a pedirem uma volta aos tempos de antanho, em que os “coroné” determinavam o funcionamento do sistema.

Muitas pessoas tecem teorias da conspiração e insistem na ideia de que as urnas eletrônicas podem ser manipuladas. É tecnicamente possível, mas não provável em sistemas altamente controlados. E todos sabemos que é no papel que as fraudes acontecem. De fato, se alguém teria motivos para reclamar talvez fossem o Macaco Tião e o Rinoceronte Cacareco, que nunca mais se elegeram depois a instalação das urnas eletrônicas.

Qual é o maior problema? Ora, nas eleições ganha quem tem mais votos. O resto é conversa.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Transgênero, feminismo, mudanças climáticas

POR ET BARTHES
O que acontece quando a gente junta um antifeminista e uma mulher? Um cético que não acredita nas mudanças do clima? Um homem que não aceita a possibilidade de pessoas transgênero. E outros exemplos?