sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

CHUVA ÁCIDA ESCOLHE 5 VÍDEOS DE 2016 - 3º

Criança não tem medo do perigo. E também não entende muito do sistema de recolha de lixo nas ruas de algumas cidades mais desenvolvida. Então acontecem coisas...

CHUVA ÁCIDA ESCOLHE 5 VÍDEOS DE 2016 - 4º

Há dias que são um lixo. Em especial se houver vento. O guri do filme deve ter imaginado que era um daqueles dias para não sair de casa.

CHUVA ÁCIDA ESCOLHE 5 VÍDEOS DE 2016 - 5º

A mania das selfies por vezes sai caro. Que o diga o fotógrafo, que foi abocanhado pela piton.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

David, o cabeçudo de Michelangelo


POR ANA MELO

O David de Michelangelo é uma das esculturas mais famosas de todos os tempos. E uma das obras de arte mais reconhecidas de sempre, mesmo por aqueles que têm alergia aos museus. A estátua, imponentíssima nos seus 4,5 metros, tem histórias para contar.

Uma delas é que os superstars do Renascimento, o próprio Michelangelo e Leonardo Da Vinci, andaram na briga por causa da grande pedra de mármore de que é feito este David. Diz a lenda que os dois mestres cobiçaram a pedra, um magnífico mármore vindo de Carrara, uma das jazidas mais famosas de Itália. A pedra já tinha começado a ser trabalhada por outro escultor que, falhando miseravelmente em conseguir acomodar uma figura dentro de um bloco tão vertical, abandonou a obra. Michelangeloo, por seu lado, depois de medições e estudos, libertou o seu David do mármore.

Outra curiosidade é o facto da escultura, nascida das mãos de um dos maiores virtuosos do desenho e da escultura ocidental, ter proporções erradas. É uma peça muito alta e o artista sabia que as pessoas a iam observar de baixo para cima. Por isso, já a pensar no espectador, esculpiu o corpo do jovem David propositadamente desproporcional. Uma observação mais atenta da imagem faz perceber que a cabeça é muito maior do que seria a de uma pessoa normal e que as dimensões das pernas e dos pés são desproporcionadas em relação ao tronco. Com estes erros calculados em função da deformação causada pela perspectiva, o artista assegurava que a vista de baixo seria a de um corpo perfeito, na melhor tradição renascentista da harmonia e racionalidade das formas.


Ainda há outro pormenor interessante. Alguns estudiosos falam insistência do escultor de colocar a estátua na Piazza della Signora, em Florença. A obra ficava assim em frente ao Palácio Vecchio, a sede do governo de Florença da altura, e acessível a todos os cidadãos da República. A vontade de Michelangelo de democratizar o acesso à arte é uma explicação para esta insistência. Outra, referida por alguns historiadores, é que seria uma resposta à “Fogueira das Vaidades”, de Savonarola, o inquisidor que em 1498 tinha feito queimar, nessa mesma praça, livros, telas, instrumentos de música e outros “luxos” dos fiorentinos.

Ah... não sei o que o leitor já tinha conseguido fazer na vida aos 26 anos, mas Michelangelo se divertiu a fazer este David. Coisa de principiantes...

Ana Melo é licenciada pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e mestre em Ciências da Comunicação

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Pesquisa é importante, manutenção é mais ainda

POR FELIPE SILVEIRA

Da esquina com a Kurt Meinert, no Paranaguamirim, até a esquina com a Rua São Paulo, um ciclista que pedala pela ciclofaixa da rua Monsenhor Gercino quase morre umas dez vezes. Os problemas são inúmeros, a começar pelo fato de a faixa para ciclistas ter sumido em mais da metade da via. Também faltam tachões, que demarquem melhor o espaço, continuidade nos cruzamentos (justamente os pontos mais perigosos), educação no trânsito e limpeza na pista. Como ainda há muitas ruas de barro na região, as bordas da pista ficam sempre cheias de areia, tornando ainda mais difícil a pedalada.

Falo desta dificuldade para pedalar em apenas um trecho de Joinville porque a Prefeitura, por meio do Ippuj, está promovendo mais uma pesquisa sobre andar de bicicleta em Joinville, desta vez para priorizar locais para as próximas obras. Nada contra pesquisa e planejamento, muito pelo contrário, mas isso é apenas parte do trabalho da Prefeitura. É preciso fazer a manutenção dos espaços para dar condições de segurança àqueles que pedalam e assim atrair mais e mais pessoas para este modal.

A engenharia de tráfego e o planejamento urbano podem resolver uma boa parte dos problemas de trânsito de Joinville. É preciso fazer muitas obras, sobretudo as pequenas e médias, na cidade, mesmo que elas exijam uma adaptação que muitas vezes o cidadão não tem. Eu tenho defendido obras como o anel viário do Iririú e o binário da Santos Dumont, pois são obras importantes para a mobilidade em Joinville. E precisamos de mais: mão-inglesa, rótulas, binários. Especialmente na zona sul, mais populosa e praticamente abandonada neste aspecto.

O Ippuj tem muito trabalho a fazer, inclusive pesquisa, mas a Prefeitura de Joinville precisa fazer o resto. Limpar os montes de areia das ciclofaixas e pinta o que está apagado já é uma ótima iniciativa.