POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
A maior obra do ex-ministro Maílson da Nóbrega foi ter levado o país à hiperinflação. O homem fracassou forte e feio. Mas o Brasil gosta desse tipo de gente e hoje tem carrradas de tipos que pagam uma dinheirama para ouvir o homem em palestras. Onde, claro, ele ensina os
caminhos certos para resolver os problemas da economia nacional.
Maílson da Nóbrega é tipo o amante que broxa em todas na hora do rala-e-rola, mas mesmo assim fica por aí a ensinar os outros a melhorar a performance sexual. Com os ares brilhantes de pitonisa, só tinha mesmo que virar conferencista e comentarista de revista. E nos gostamos.
Outro caso legal é o de Arnaldo Jabor. O cara
fez uns filmes e, apesar de um ou outro brilharete, o seu público era menor do que a torcida do Íbis (o pior time do Brasil). Ah... o "Toda Nudez Será Castigada" fez sucesso
de público, mas o cara precisava ser muito ruim para estragar um texto de Nelson
Rodrigues. Lembro também de ter ouvido falar de outros filmes, aqui e acolá, mas
o homem não colou como cineasta.
Sem o cinema, o que restava? E como saco vazio não para em pé, então o homem teve que fazer pela vida. Deu sorte. Um emprego na televisão ou rádio é uma excelente maneira de faturar uma graninha, mesmo que isso implique em assumir posições capazes de causar vergonha alheia até num macaco da bunda vermelha. É a vida.
Sem o cinema, o que restava? E como saco vazio não para em pé, então o homem teve que fazer pela vida. Deu sorte. Um emprego na televisão ou rádio é uma excelente maneira de faturar uma graninha, mesmo que isso implique em assumir posições capazes de causar vergonha alheia até num macaco da bunda vermelha. É a vida.
E agora temos um novo personagem na mesma senda.
Você sabe quem é Lobão, certo? Tem por aí gente a defender a ideia de que é bom
músico. Eu, particularmente, nunca curti. Não sei mais que duas músicas dele
pelo nome. Não é sacanagem. É que realmente nunca gostei. E vocês, leitora e
leitora, de quantos títulos lembram? Aposto que poucos.
Virou rotina. Quando, como no caso do Lobão,
você não se dá muito bem na sua atividade, sempre tem esta saída: virar
colunista. Melhor ainda: se você sai por aí falando mal da Dilma, do PT e de
tudo o que cheire a esquerda, então o destino certo é a Veja. Pois é. Pelo que tem
sido anunciado nos últimos dias, teremos Lobão no revistão semanal.
Você pode até pensar que é inveja minha. Mas
pensou tarde. Porque Lobão é um poço de sagacidade e já adiantou, na sua conta
do Twitter: “muito mais bacana e honroso
ser um colunista da Veja do que um mísero comunista com inveja, não
é verdade?” Verdade, verdadinha. Ops! Verdade e Veja juntas...
Ah... adivinhem quem pode estar à espera de um
lugarzinho, cara. Isso mesmo: Dinho Ouro Preto. Mas a negociação está difícil, porque
os royalties de falar besteira estão todos no nome do outro Dinho, o do Mamonas
Assassinas. Aliás, é uma pena que o mamona não esteja mais entre nós. Porque esse, sim, daria
um colunista legal de ler.