sexta-feira, 31 de maio de 2013
Muricy Ramalho já era!
Algo que já vinha sendo ventilado há algum tempo, enfim aconteceu. Muricy Ramalho foi dispensado hoje do comando técnico do Santos, por decisão do Comitê Gestor do Santos.
Hoje, a partir das 16 horas, o vice-presidente do clube dará uma coletiva e tornará oficial a notícia veiculada no final desta manhã de sexta-feira.
A verdade é que vejo como uma decisão positiva para ambas as partes, pois o elenco do Santos já andava desgastado e com a saída do Neymar a situação só piorou.
O Santos não vem jogando bem não é de hoje e está precisando se reformular sim. Se isso de fato irá ocorrer, agora é esperar para ver
E como os resultados já não eram os melhores há algum tempo, tanto o Muricy,como o Santos estavam cada dia ficando com a imagem mais arranhada.
Acho o Muricy um bom técnico, mas também acho que ele está precisando dar uma reformulada, assim como o Santos.
Bola pra frente!
Rua Santa Apolônia, Itaum
É o Facebook oferecendo pautas para os meios de comunicação social. E ajudando o poder público a localizar problemas.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Jogador fica de cuecas para comemorar gol
POR ET BARTHES
Uma comemoração de gol como você nunca viu. O jogador sérvio Mario Djurovski, que joga pelo Muang Thong United, na Tailândia, comemorou pondo o calção na cabeça. Um público de adiantados mentais
Quem fala assim acaba em boa companhia |
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Um dia fui estudante de engenharia. Era
interessante ver o “respeito” das pessoas, porque naqueles tempos um canudo de
engenharia trazia uma garantia: se o cara não ficasse rico, pelo menos ia ganhar
uma grana legal. A educação ainda era fator de mobilidade social e promessa de
um futuro brilhante. E no país do “você sabe com quem está falando?” isso faz
muita diferença.
O problema é que eu não tinha o menor tesão
por aquilo. Um dia recebi um convite para trabalhar no jornal A Notícia e
larguei a faculdade na hora. Aí o papo começou a ficar diferente. Tinha gente
achando que eu era maluco por deixar a engenharia, uma profissão com futuro, e
ir para o jornalismo, onde a grana era escassa. E o pior: como não queria
deixar de estudar, fui fazer um curso de história. Teve gente achando que eu
era doido de pedra.
Ok, leitor e leitora, não estou aqui para
fazer psicanálise. Só falo nisso para introduzir o tema de hoje: um comentário
de Luiz Carlos Prates sobre a inutilidade dos cursos de ciências humanas, que ele
considera áreas “menos nobres” da universidade. O homem vai mais longe e descreve
as humanas como um lugar de fracassados, de “gente que não deu para nada, não
consegue passar em vestibular nenhum” (filme no fim do texto).
Feita a introdução, vou me antecipar e dar o
veredito, mesmo antes de apresentar os argumentos: o que o homem diz é um chorrilho de besteiras, fruto de muito preconceito social e ignorância em
relação ao mundo acadêmico. Aliás, faz lembrar um ditado muito usado aqui em
Portugal: “não vá o sapateiro além dos sapatos”. Porque a academia seguramente
não parece ser a praia do tal Luiz Carlos Prates.
NA POLÍTICA - Antes de prosseguir devo dizer
que nunca prestei muita atenção ao sujeito (mesmo quando ainda vivia no Brasil).
É natural. Ele fala para um público do qual eu não faço parte: os conservadores
de sangue nos olhos. E todos sabemos que para agradar essa gente é preciso
repisar os mesmos temas. O ódio aos pobres. O ataque fácil aos políticos. O
moralismo histriônico. O elogio da ditadura. E exercer a arrogância típica dos
letrados iliteratos.
Quando enfatiza as “greves” e as “bandeiras
vermelhas na praça”, o homem deixa claríssimas as suas posições políticas e as intenções da intervenção. Alguma dúvida? Afinal, nas palavras do próprio, quem
tem competência e vergonha na cara não sacode bandeira vermelha em praça
pública. Ou seja, a sociedade ideal de Luiz Carlos Prates é aquela de gente
submissa e acabrunhada que aceita a ordem “natural” das coisas: nada muda e não se luta por
uma vida melhor.
NA ACADEMIA – Quando fala no plano
acadêmico, é derrapada atrás de derrapada. Numa distração, o homem diz que o
país precisa de língua portuguesa. Uai! É uma ciência exata? Não parece. Se bem
que os conservadores gostariam de engessar a língua. Porque linguagem é
pensamento. E linguagem de qualidade (a compreensão dos conceitos) é pensamento
de qualidade. E se houver pensamento de qualidade não há quem ature tipos como
ele na televisão.
O terceiro-mundismo mental de Luiz Carlos
Prates fica patente na afirmação de que “pós-graduação e doutorado no Brasil
valem menos que o segundo grau na Alemanha”. A lógica do colonizado é simples:
“se é alemão é bão”. Mas é o tipo de conversa de quem entende nadinha do
assunto. O homem não deve conhecer o Processo de Bolonha e nem saber das suas
consequências.
Não vou tentar explicar Bolonha, porque venho de uma
área menos nobre da academia e a minha opinião não ia contar. Mas mantenho a
ideia de que é preciso estudar porcarias como história, geografia, pedagogia ou
sociologia para ler o mundo. Porque a ciência e tecnologia só fazem sentido se
forem feitas para as pessoas. E as pessoas são humanas.
Pelo discurso, imagino que Luiz Carlos Prates
seja um estudioso de física quântica, neurocirurgia ou células estaminais e que
eventualmente tenha um doutorado feito na Europa. Deve ser por isso que só fala
para um público de adiantados mentais.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
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