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sábado, 19 de agosto de 2023

Os astros estão se alinhando para Carlito Merss

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O leitor e a leitora conhecem a expressão “os astros estão se alinhando”? É uma coisa que vem da astrologia, mas que acabou incorporada ao léxico do dia a dia das pessoas. É a expressão que melhor define a posição do ex-prefeito Carlito Merss, quando lançamos um olhar sobre as eleições para a Prefeitura de Joinville, no ano que vem. Em que consiste esse alinhamento? Numa série de fatores favoráveis que criam uma  “tempestade perfeita” (aqui no bom sentido).

O primeiro fator é a repetição do ambiente das eleições de 2008, na altura bastante favorável. O Partido dos Trabalhadores estava no governo federal, com Luiz Inácio Lula da Silva na presidência, e isso trouxe vantagens aos candidatos petistas. A economia brasileira estava num bom momento e a sociedade brasileira respirava otimismo. Isso permitiu diminuir a resistência ao partido e contribuiu para a vitória de Merss. É sempre bom lembrar que Joinville não tem tradição de votar à esquerda.

Hoje Luiz Inácio Lula da Silva está de volta ao Governo Federal e tem mantido um bom desempenho. O que, aliás, nem chega a ser um mérito tão extraordinário se a comparação for com o seu antecessor. O governo de Jair Bolsonaro foi o mais desastroso na história do país e não há como fazer pior. O desgaste da imagem do bolsonarismo joga a favor dos candidatos do Partido dos Trabalhadores. E estão dadas as condições para crescer também no plano municipal.

O ex-presidente Jair Bolsonaro está muito enrolado com a Justiça e o seu inferno nem bem começou. É muito provável que acabe na Papuda. Os próximos meses devem ser fatais para o bolsonarismo e há indícios de que muitos – os que não são bolosnaristas raiz – já estão a saltar do barco. Para usar uma expressão popular, Bolsonaro e o bolsonarismo estão mais sujos do que pau de galinheiro.

É uma situação que pode respingar no sapatênis do atual prefeito Adriano Silva, que nunca escondeu a sua condição de bolsonarista. Tudo isso sem falar que o desempenho do atual prefeito é pífio, apesar de continuar a ter o apoio dos eleitores das classes média alta e alta. É importante considerar também que o próprio partido Novo não está bem na fotografia. É um candidato forte? Sim. Mas tem rachaduras no dique? Tem.

O que os olhos não veem o coração não sente, já diz o velho ditado. Mas se tudo correr conforme o prometido, os eleitores vão começar a ver obras do Governo Federal. Esta semana o presidente Lula anunciou as obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que incluem as seguintes obras em Santa Catarina:
- BR-470 (adequação Navegantes - Rio do Sul);
- BR-280 (adequação São Francisco do Sul - Jaraguá do SuI);
- BR-282 (adequação Florianópolis - São Miguel Do Oeste); 
- Nova sede do Instituto de Cardiologia;
- Mais moradias do Minha Casa, Minha Vida.
São as obras de maior vulto, mas também há ações previstas no plano do saneamento básico, educação, ciência, inclusão digital, entre outros.

Que papel Carlito Merss pode ocupar neste panorama, em especial nos projetos mais ligados à região de Joinville? Hoje o petista ocupa o cargo de Gerente de Políticas Públicas do Sebrae Nacional e desfruta de um bom trânsito em Brasília. É uma vantagem, porque a atual posição permite ter as portas abertas nos gabinetes do Governo Federal. O eleitor é sensível a este aspecto.

Outro fator que parece um pormenor, mas na prática é um “pormaior”. O fato de atualmente estar no Sebrae permite uma maior exposição midiática, o que é essencial para levar o seu nome de forma mais recorrente aos eleitores. É uma questão de inteligência comunicacional. Enfim, o universo conspira a favor do petista e, como dizem os gaúchos, “um cavalo encilhado não passa duas vezes”. É tomar as rédeas.

No entanto, há algumas questões que deixam uma eventual candidatura em suspenso. A primeira é que o próprio Carlito Merss não parece disposto a concorrer. Outro fator tem sido o baixo desempenho do partido na conquista de lugares na Câmara de Vereadores e essa é uma sustentação necessária para governar bem. E, por fim, a sua escolha também não é consensual dentro do partido, onde ainda há algumas pessoas pouco focadas na lógica das probabilidades.



quarta-feira, 27 de maio de 2020

Conversas à Chuva com o ex-prefeito Carlito Merss





POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O convidado do Conversas à Chuva é Carlito Merss, ex-prefeito de Joinville, que participa de um bate-papo descontraído com o jornalista José António Baço. Política, imprensa, memórias e o quotidiano dão o tom da conversa.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

O empresariamento urbano matou o IPPUJ


 POR CHARLES HENRIQUE VOOS
Há algum tempo, quando Udo iniciou o seu primeiro mandato, apareceu a vontade do executivo municipal em extinguir as fundações municipais. Alegou-se, desde então, a pouca efetividade destes órgãos e que supostamente dariam "prejuízo" para os cofres públicos (mesmo que a função do Estado seja, realmente, gastar com políticas públicas). Assim, as extinções se sucederam rapidamente por meio de várias reformas administrativas: Instituto de Trânsito, Fundação de Esportes, Fundação Cultural, Promotur, até chegar no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville, o IPPUJ.

Apesar de ter copiado as estruturas curitibanas de planejamento urbano (por lá existe o IPPUC), a cidade de Joinville deu um grande passo, no início dos anos 1990, ao criar um setor específico na Prefeitura para se pensar a cidade e sua política de desenvolvimento urbano.

Desde o governo Luiz Gomes, criador da pasta, vários projetos importantes passaram pela colaboração técnica do IPPUJ: lei de uso e ocupação do solo de 1996, reformulação do transporte coletivo (completado no começo dos anos 2000), Plano Diretor de 2008, Macrozoneamento, Plano de Mobilidade, LOT e tantos outros que não cabem citar agora, assim como a discussão do mérito dos lembrados. Ocorre que, com a criação do Estatuto da Cidade em 2001, estimava-se a ampliação da influência do IPPUJ nas decisões públicas, o que não ocorreu.

Pelo contrário, o instituto foi se apequenando, por diversos motivos, que vão desde o seu desvio de função (grande parte dos setores era dedicado aos projetos de reformas de prédios públicos e de otimização dos layouts dos espaços), passando pela baixa renovação do corpo técnico (o que fez sumir a ousadia necessária ao se pensar uma cidade e gerou uma baixa adaptabilidade dos seus funcionários às novas concepções urbanísticas contemporâneas, como cidade para pessoas, gestão democrática das cidades etc.), e chegando até o domínio absoluto do empresariamento urbano, conforme visto nos últimos anos.

Empresariamento urbano é um conceito que surgiu ao final dos anos 1970 pelo geógrafo britânico David Harvey para explicar como as ideias empresariais tomaram também o planejamento das cidades. Tanto que o termo "gestão urbana" começa a aflorar no mesmo período sob a aurora do neoliberalismo. Anos mais tarde, a primeira expressão global do empresariamento urbano acontecerá em Barcelona, graças aos jogos olímpicos de 1992.

Com o boom imobiliário que o Brasil sofreu do início do segundo governo Lula até as crises da Lava Jato e companhia, o cenário era perfeito para tornar as cidades o palco da expansão imobiliária. Não importava se planos e leis deixavam de ser seguidos, o importante era interligar o crescimento econômico ao uso do espaço, dando ao planejamento uma roupagem empresarial e conectada aos megaprojetos, megaeventos, multinacionais e afins. O projeto global do Berrini, em São Paulo, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 foram expressões vivas de como o planejamento das cidades brasileiras ganhou a alma de empresa.

Ou seja, a parte política do processo, de discussão, debates com a comunidade, e todo aquele processo lento de construção social ficou engavetado, culminando em poucas iniciativas sólidas que ocorreram sob a égide do Estatuto das Cidades. Aqui em Joinville esse processo foi evidenciado a partir da LOT, já que o empresariado local levou uma enorme derrota na confecção do Plano Diretor de 2008. O empresariamento urbano ditou boa parte das regras a partir do governo Merss, sendo explicitado à milionésima potência a partir de Dohler, quando este leva as vontades da ACIJ para dentro da Prefeitura¹. Álvaro Cauduro foi eleito presidente do Conselho da Cidade com apoio maciço dos representantes do executivo municipal.

Para sacramentar os fatos, após alguns gestando as mudanças, o IPPUJ foi extinto e se fundiu com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, surgindo a famigerada Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável. Capitaneada por um ex-dirigente da ACIJ, a nova pasta tem a audácia de confundir o seu propósito, quando lança mão do conceito de Smart Cities (segundo a visão da gestão, seria uma nova forma de alavancar os negócios, ao invés de utilizar a tecnologia para melhorar a vida das pessoas, como a noção original prega), quando vai à imprensa para falar coisas relativas aos anseios dos empresários ou quando é submissa às vontades empresariais para alterações da novíssima LOT, criando um fazejamento administrativo em prol da especulação imobiliária e da flexibilização urbana, no mais puro tom maquiavélico da coisa.

Deve-se lembrar que o IPPUJ foi criado com o intuito maior de melhorar a vida das pessoas na cidade, mas agora há um espaço para potencializar os negócios na cidade. E isto é, sem sombra de dúvidas, uma grave inversão da visão sobre quem constrói Joinville e para quem ela é,  sem qualquer espaço para o contraditório, considerando que a sua morte foi silenciosa e ninguém chorou a sua perda, sobretudo aqueles que deveriam mas estão intimamente atrelados aos donos da cidade.

Ruim com IPPUJ, desastroso sem ele.
 
¹ https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/158257

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Eleições em Joinville: um candidato, um livro











POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Falta pouquíssimo tempo os eleitores joinvilenses irem às urnas. Os candidatos a prefeito estão a viver um período de maior calma. Como ele vão aproveitar esse tempo? Ora, atrevo-me a sugerir a leitura de alguns livros que, no meu modesto entendimento, podem proporcionar momentos de descanso, aprendizado e até de reflexão. E lembrei-me de alguns títulos interessantes para indicar a cada um dos candidatos.

UDO DOHLER
A peste – Albert Camus

A história se desenrola em Oran, uma cidade onde o que importa são os negócios e as relações humanas recebem pouca importância. Um dia ratos invadem a cidade para morrer, num prenúncio de que algo de muito mau está por vir. A população entra em estado de negação e as se negam a reconhecer a epidemia. Até que as consequências se tornam avassaladoras. Parece apenas a história de uma epidemia, mas o autor Albert Camus explicou, tempos depois, ser uma alegoria dos regimes totalitários. A época em que se passa a ação – o livro foi escrito durante a Segunda Guerra – não é despicienda.

MARCO TEBALDI
The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde – Robert Louis Stevenson

A hipocrisia é um dos temas de fundo do livro. Ou seja, um embate entre o lado “sujo” e o lado “limpo” de um homem: o Dr. Jekill, que vive entre duas personalidades. De um lado, o homem que se autorreferencia como alguém de conduta exemplar. Do outro, uma personalidade de escrúpulos duvidosos, que não se coíbe em cometer vilanias. Há uma poção (talvez uma representação metafórica do poder) que produz essa transmutação.

RODRIGO BORNHOLDT
Cândido  – Voltaire

O livro narra a história de Cândido, um jovem que vive pelos ensinamentos do seu mentor, o professor Pangloss, um filósofo dogmático e otimista. Por mais desgraças que visse, o velho mentor dizia sempre “tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis”. Por seu lado, quando começa a perceber que o mundo produz muitas desilusões, Cândido começa a se desgostar com a realidade e passa a usar um novo lema de conduta: “devemos cultivar o nosso jardim”.

IVAN ROCHA
As aventuras de Huckleberry Finn – Mark Twain

O livro narra a história de um jovem que se sentia um outsider na sociedade em que vivia. Um dia Huck decide abandonar essa sociedade e empreende uma fuga (que aqui pode ter um valor metafórico). Na jornada encontra Jim, um escravo que também busca a liberdade e juntos partem para uma vida de aventuras. É uma história que fala sobre dilemas éticos e morais, tendo como pano de fundo um ambiente de violência civilizacional.

DR. XUXO
Leite Derramado – Chico Buarque

É a história de um homem, já velho e prostrado numa cama de hospital, que faz um monólogo acerca de uma saga familiar. O pano de fundo é a decadência social e econômica, em meio a um ambiente marcado por preconceitos, corrupção e machismo, para citar apenas estas distopias da sociedade brasileira. O que mais chama a atenção no livro é a narrativa por vezes aleatória, outras circular e sempre cheia de recomeços.

CARLITO MERSS
O Marinheiro de Perdeu as Graças do Mar – Yukio Mishima

Quem quiser encarar o livro como um simples romance vai encontrar uma história de erotismo, poesia e sacrifício. Mas Yukio Mishima é mais que isso. A história pode também ser uma metáfora do homem que deixa o seu habitat natural (o mar) para viver em outro (terra firme). Mas nesse ambiente os valores são outros e não tarda até que o marinheiro seja julgado e perca a grandeza, a glória e o brilho. Afinal, como alerta o próprio autor, “a glória, como vós sabeis, é uma coisa amarga”.

DARCI DE MATOS
Vinhas da Ira – John Steinbeck

Vinhas da Ira narra a trajetória de uma família pobre de agricultores, num processo de migração de um estado para outro. Durante muito tempo tinham vivido como meeiros numa propriedade agrícola, mas a vida foi ficando cada vez mais difícil e viram-se obrigados a procurar um novo lugar para viver. A revela uma sociedade onde as pessoas trabalham duro e são mal remuneradas. O livro faz uma crítica política (e incomodou muitos políticos).

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Começou a corrida à Prefeitura. E é mais do mesmo...


POR JORDI CASTAN


Deu a partida para a campanha eleitoral. São poucos dias, muitos menos recursos que nas campanhas anteriores e uma corrida desigual que beneficia os candidatos que concorrem à reeleição. No caso de Joinville ,os primeiros números divulgados pela pesquisa IBOPE trazem poucas novidades. Mas a campanha está se mostrando surpreendente.

UDO DOHLER - Candidato a reeleição depois de quatro anos administrando Joinville, traz poucas novidades a insistência na honestidade como diferencial e o fato de acordar cedo. Muitos eleitores não entenderam ainda se é um problema de insônia ou se acredita mesmo que Deus ajuda a quem cedo madruga. Sobre os seus dotes de gestor e administrador até agora só um ominoso silêncio. Faz bem o seu marqueteiro em esquecer desse bordão da campanha de 2012, dificilmente o eleitor acreditaria de novo na patranha dos seus dotes de administrador.

DARCI DE MATOS - Empatado tecnicamente, dentro da chamada margem de erro, o deputado estadual Darci de Matos aparece em segundo lugar. É um segredo a vozes que o projeto de governar a maior cidade de Santa Catarina não é um sonho novo. Há muitas dúvidas sobre como o eleitor receberá a imagem de bom moço. O bom mocismo acompanha o discurso do candidato desde o inicio da sua carreira política. Darci é um dos maiores exemplos de como a política é generosa. Como em pouco tempo é possível deixar atrás a infância dura em Cafelândia e gozar de uma vida confortável e economicamente estável.

MARCO TEBALDI - O terceiro nas pesquisas e também empatado tecnicamente é o ex-prefeito Marco Tebaldi, que já mostrou qual é o seu modelo de administração. Os joinvilenses podem até ficar em dúvida sobre se o "fazer a todo custo" é a melhor forma de levar Joinville adiante e se é este o perfil ideal para o momento peculiar que vive a cidade. Mas não há duvidas: praticamente um quarto da população que já definiu seu voto acredita ser a melhor alternativa para sair do marasmo em que as últimas gestões têm mergulhado Joinville.

CARLITO MERSS - Em quarto lugar outro ex-prefeito. É Carlito Merss, que navega contra a rejeição e ensaia a sua volta à vida política, para evitar ser esquecido pelo eleitor. Não é nenhum segredo que o ex-prefeito não está participando desta corrida, ou seja, está lutando a sua própria batalha para sobreviver politicamente. Seu projeto político não passa mais pela prefeitura e sim por tentar a volta ao Legislativo. Esta só medindo o tamanho do capital político que sobrou depois do debacle.

DR. XUXO - No mesmo pelotão esta o Dr. Xuxo. A sua candidatura sentiu já na largada a força que podem ter as redes sociais. Se espalhou, de forma viral, um texto que continha acusações gravíssimas sobre o candidato. E que mostraram como esta eleição poderá ser vencida ou perdida nas redes sociais. Se sua candidatura crescerá ou se manterá no mesmo patamar será o que mostrarão os próximos dias.

RODRIGO BRONHOLDT - O candidato Rodrigo Bornholdt é o menos conhecido dos que disputam este grupo. Em princípio é o que tem maiores possibilidades de crescer se consegue projetar a imagem de que pode fazer diferente. O eleitor se mostra cansado de mais do mesmo e se na eleição passado escolheu aquele que achou o menos ruim, nesta pode preferir aquele que fará diferente em resposta ao mais do mesmo.

IVAN ROCHA - No último corpo está Ivan Rocha, um outsider que dificilmente será visto pelo eleitor como uma alternativa real, mas que tem a liberdade para poder oferecer propostas de governo completamente novas e fora do espectro habitual do eleitor.

Os outros candidatos listados na pesquisa tem ínfimas ou nulas possibilidades de chegar a um dígito no dia 2 de outubro.

Joinville tem pela frente uma corrida que apresenta poucas surpresas e a cidade precisa ser surpreendida para mudar, porque mais do mesmo já sabemos onde vai nos levar. 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Nos fios da teia #5












POR SALVADOR NETO


Ano novo, novos momentos? Não, não... Vem aí a guerra eleitoral, e não faltará munição para todos os lados. Vamos a mais fios da teia:

E a saúde, óoo – Hospital com 74 pacientes internados acima da capacidade de apenas 27 leitos no pronto socorro e aproximadamente mais 20 encontravam-se em observação. Além disso, o ar-condicionado do posto de enfermagem e o da sala de emergência de apoio estavam estragados e apenas um banheiro estava em condições de ser utilizado pelos pacientes. Aonde está acontecendo isso? Em Joinville, na gestão do homem da saúde, o prefeito Udo Döhler.

E a saúde, óoo 2 – A gestão do PMDB na Prefeitura de Joinville não gosta que toquem neste assunto incomodo, mas não dá para esquecer. Udo foi eleito com base na experiência como gestor (??), um entendido em saúde por estar a frente de um hospital há 40 anos, e por repetir exaustivamente em 2012: “Não falta dinheiro, falta gestão”. Além do caos no querido Hospital São José, tocado obstinadamente por servidores dedicados, continuam a faltar remédios básicos nos postos de saúde. Literalmente uma vergonha.

Buracos e Z(y)icas – A invasão de buracos nas ruas da maior cidade catarinense já virou até piada nos bairros e em redes sociais. Enquanto a Prefeitura de Udo Döhler diz que luta contra a proliferação do mosquito Aedes Aegypti que passa o Zyca Virus, dengue e outras doenças graves para a população, o povão que sofre com a buraqueira já disse que a casa dos mosquitos agora está também nos buracos  das ruas, onde a água parada é o habitat preferido do mosquito. Isso sem deixar de lembrar da matagueira em praças, ruas e terrenos. Aliás, os buracos já fizeram vítimas fatais com queda das “zicas”, como o joinvilense chama as bicicletas.

Um “Rey” na Câmara – Sucupira é aqui. Não bastasse a pífia gestão municipal, ou seja, do executivo, a gestão no legislativo também não deixa por menos. Depois das catracas milionárias, reformas no prédio com acusações de favorecimentos, iniciamos o ano de 2016 com a estrondosa visita de Doctor Rey, um cirurgião plástico que ganha a vida como apresentador fashion. Os nobres vereadores, parte deles claro, dedicaram seu tempo para recebe-lo e tieta-lo, claro. As fotos viraram chacota, e geraram revolta. O povo não os ve fiscalizando o abandono da cidade, mas pra fotinho com Doctor Rey... E viva Joinville!

Eleições – O eleitor imagina que a eleição só começa em setembro, outubro. Mas não. Os bastidores para as eleições municipais em Joinville fervem. Os prefeituráveis até o momento são: Udo Döhler (PMDB), que busca ser reeleito, Dr. Xuxo (PP), Darci de Matos (PSD), Carlito Merss (PT), Marco Tebaldi (PSDB) que será obrigado a ir após a desistência de Ivandro de Souza, Rodrigo Bornholdt (PDT) e Ivan Rocha (PSOL). Sete postulantes que correm sofregamente atrás de partidos menores, e candidatos a vereadores, para fechar coligações. Pelo andar da carruagem serão todos contra Udo.

Eleições 2  – Outra corrida nos bastidores é por vices ideais. Rumores dão conta de troca-troca de partidos para que alianças sejam fechadas entre os partidos. Tudo para a busca de tempo de tv, e claro, vices mais simpáticos e populares em alguns casos. Como há tempo até o final de março para filiações partidárias e trocas de partidos, o sururu é grande em partidos como o PDT, PPS, PSD, PP, PTB, DEM, menos no PT. Lá o desgaste vindo do massacre midiático vindo pela operação Lava Jato dificulta até formação de chapa para vereadores, que dirá para vice.

Brasília em tensão – A volta das atividades no Congresso Nacional marca uma retomada da temperatura política, arrefecida com o recesso das festas de final de ano. Dilma trocou o ministro da Fazenda, conforme adiantado aqui na última coluna “Nos fios da teia #4) para dar um novo ritmo e motivação à economia. Até agora nada andou. A espetacularização da operação Lava Jato indica que a guerra entre oposição/mídia e governo não vai reduzir, o que faz muito mal ao país. 

Brasília em tensão 2 - E na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha manobra para não perder a cabeça, tentando articular para que o PMDB vote pela abertura do impeachment. E Temer? Bom, Temer tenta salvar seu poder a frente do PMDB, ameaçado por Renan Calheiros, presidente do Senado. Temer percorre o país pedindo votos dos seus deputados federais e senadores. Aliás, esteve em Santa Catarina ontem (28) ao lado de Mauro Mariani, presidente do PMDB e seu aliado no PMDB. Briga de cachorro grande. Enquanto isso quem sofre é o trabalhador.


É assim, os fios da teia nas teias do poder...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Nos fios da teia #4















POR SALVADOR NETO

A guerra política pelo poder mexe com o país, e acirra os ânimos de governistas e oposicionistas. O povo, bem, o povo busca entender o que acontece fato, para compreender o que se passa...

Nas Teias do Poder, falamos mais. Falamos sobre Cunha, PMDB, Colombo, Udo, e mais algumas coisas.Vamos a mais fios da teia:

Tchau Cunha – Brasília produz figuras políticas nocivas que o povo nem sequer imagina como nascem, crescem, se desenvolvem e tomam o poder. Eduardo Cunha, do PMDB, ainda presidente da Câmara dos Deputados, é uma delas. Seu histórico de envolvimentos com desvios vem desde a época Collor e PC Farias. Com base nos dutos criados a partir dos cofres públicos em alianças com grandes empresas e empreiteiras, chegou a chantagear a Presidência da República, parlamentares e até o STF. Escrúpulos? Ele não tem nenhum.

Tchau Cunha 2 – Finalmente o procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a destituição de Cunha da Presidência da Câmara. Atrasadíssimo! Diante das manobras claras de Cunha para intimidar, protelar, burlar o processo contra ele no Conselho de Ética, e impulsionar o processo de impeachment contra Dilma, o pedido já era para ter sido feito há dois meses. Agora, os eminentes ministros do STF avisam: só em fevereiro de 2016. Enquanto isso se dane o Brasil.

PMDB arranhado – O partido fiador da retomada da democracia – claro, também o único autorizado pela ditadura a funcionar à época – derrapou feio nas últimas semanas. O vice-presidente, e presidente do partido, Michel Temer, mostrou o jeitinho golpista, disfarçado, claro. Agiu nas sombras, e com cartinhas chorosas, para desestabilizar o governo do qual faz parte e foi eleito. O desejo? Assumir a Presidência sem sequer um voto. E colocar em marcha um plano neoliberal idêntico ao aplicado no país entre 1994 e 2002. Nem o Brasil, nem o PMDB, merecem.

PMDB arranhado 2 – Rachado, um lado com Temer, e do outro com Renan Calheiros e Picciani e governadores, o PMDB trava uma guerra intestina com seus quadros. O mais incrível é servir de ponte para um golpe branco para assumir outra aliança com tucanos, democratas (?) e outros menos votados, que não ganham eleições presidenciais no voto há quatro pleitos. Dizem, nos corredores de Brasília, que por trás disso tudo estão as “liberdades demais” ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, nas investigações. Hummmm. Pelo que se vê na Lava Jato, faz sentido. Será?


Tchau Levy – Ungido por setores econômicos – bancos mais precisamente – o ministro da Fazenda Joaquim Levy chegou ao governo Dilma para dissolver a crise econômica que assumia grandes proporções. Com viés neoliberal, Levy aplicou algumas receitas, outras o Congresso não ajudou a aprovar por conta do clima “quanto pior, melhor para derrubar a Dilma”. O fato é que não deu certo, pois não brecou a inflação, não impediu a redução da atividade econômica, e jogou o governo Dilma contra os movimentos sociais e a maioria da população que a elegeu. Deve sair após o Natal. Vem aí um nome mais político, para a retomada do desenvolvimento.

Colombo – Hábil na comunicação, e no manejo da máquina publica para garantir um governo sem encrencas, Raimundo Colombo fecha mais um ano impedindo que a briga entre seu partido, o PSD, e o PMDB, se amplie a ponte de inviabilizar a convivência. Assinando convênios a torto e a direito, mas efetivando poucos deles, o lageano vai cozinhando todos em banho maria. No plano federal, com Dilma, mas sem muitas falas efusivas – sem dinheiro federal não governaria como hoje. Em SC, deixa seus partidários anti-Dilma descerem a lenha. E assim pavimenta seu caminho ao Senado em 2018. Com o PMDB. Anotem.

Colombo e Udo – A relação se mantém porque antes de Prefeito, Udo Döhler é empresário, e como tal, representa a classe, a ACIJ, etc, etc. Mesmo contrariado com a falta de mais presença do governo do Estado nas obras e ações de seu governo, o Prefeito é pragmático e busca não criar um inimigo, tanto para os negócios, quando para a política. Afinal, o PSD, partido de Colombo, vem com Darci de Matos na disputa, e com todo o apoio do deputado estadual Gelson Merísio (PSD), presidente do partido, da Assembleia, e com olho grande no Governo do Estado em 2018. Mas a dupla ColombUdo, UdoLombo, para a cidade inteira, não funcionou ainda.

Udo mãos limpas – A declaração do prefeito Udo Döhler ao jornal A Notícia esta semana foi um tiro que acertou muita gente. Disse ele: — Limpamos a máquina pública. Nos deparamos aqui com um cenário assustador de corrupção e desvios de conduta. A primeira vítima, e talvez a mais atingida, a classe dos servidores públicos municipais. A afirmação do Prefeito é grave, pois aponta que havia, ou há, ou houve há muito tempo, muita roubalheira e desvios! O que respondem os servidores? Vão aceitar a pecha? Mas, o tiro também pode ser no pé. O que foi feito para essa “limpeza” ter se efetivado? Só agora Udo afirma isso? O que pensam Carlito Merss, Marco Tebaldi, e até quem trabalhou com Luiz Henrique em seus dois mandatos e hoje estão com Udo no governo? Será que teremos um discurso a.U. e d.U. para a campanha?

Udo gestor – Na mesma entrevista, o Prefeito diz: — Quando me perguntarem qual a principal realização da minha gestão, vou dizer que foi ter modernizado e otimizado a gestão pública, ter devolvido as crianças às suas escolas, e ao povo os seus espaços de lazer e entretenimento. Estamos fazendo uma gestão honesta e focada no cidadão — disse Udo. Você também vê a cidade com os olhos do gestor Udo Döhler? Devolver crianças às escolas? Ao povo seus espaços? Será que falamos da mesma cidade? A que vivemos está perdida em buracos nas ruas, com praças e áreas de lazer abandonadas e com mato a cobrir seus espaços, e nos bairros... bem, nos bairros... nada.

Udo gestor 2 – O jornalista entrevistador não aprofundou as questões, ficou na superfície. Mas o Prefeito não falou sobre sua principal bandeira e forma de ver a administração pública. “Não falta dinheiro, falta gestão”. Foi nessa bravata que Udo ganhou os corações dos eleitores na reta final contra Kennedy Nunes. E também na fama de grande gestor da saúde. Hoje, a saúde está igual, a gestão atrasa fornecedores, não há pavimentação, obras fundamentais não saem do papel, as que existiam estão paralisadas, e o que diz Udo hoje? Falta dinheiro. Fomos enganados?

Udo 2016 – O Prefeito também diz estar preparado para as eleições do ano que vem. Realmente é invejável a sua saúde. Mas politicamente, terá mesmo essa força toda? Sem seu idealizador, mentor e guru na politica, Luiz Henrique da Silveira, terá a mesma capacidade de articulação, raciocínio e estratégia? O PMDB marchará unido com ele, ou muitos quadros preteridos por Udo estarão torcendo – e trabalhando – por outro nome? Xuxo (PP), Carlito (PT), Tebaldi ou Paulo Bauer (PSDB), Rodrigo Bornholdt (PDT), Adilson Mariano ou Camasão (PSOL), Darci de Matos (PSD), serão adversários de peso. E pode vir ainda um grande desafeto de 2012: Kennedy Nunes. Haja preparo. E resultados para mostrar, que hoje, convenhamos, são pífios.

Novo comando - Assim como em todas as províncias, Joinville não fica longe quando o assunto é troca do delegado regional de polícia, o antigo xerife da cidade. Afinal, não há cidade onde o bispo, o delegado e o prefeito não tenham seu devido poder. Após longos nove anos, Dirceu Silveira deixa o cargo de Delegado Regional de Polícia. Assume Laurito Akira Sato, que já trabalhou na cidade antes, e também com Dirceu. A mudança foi sentida por quem sai - não esperava - e comemorada por muita gente. O antigo delegado deixou marcas nem tão boas na sua gestão, como nos erros nos casos Maníaco da Bicicleta e Oscar do Rosário. O que virá agora, veremos. Se a segurança mudar de fato, sem factóides, e prevenção dos crimes, ótimo. É o que a cidade espera. Mas sintomática foi a reação de setores da força econômica: não gostaram. Mistério.


É assim, os fios da teia nas teias do poder.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O problema de Udo Dohler é a rejeição

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Quem está melhor posicionado, neste momento, para ser o próximo prefeito de Joinville? Os trackings (monitoramento das tendências de voto) não param e os políticos sabem, mês a mês, a posição que ocupam na corrida à Prefeitura. Os números não podem ser publicados, mas há coisas tão evidentes que dispensam as sondagens. Então, vamos lá...

Não há segredo quanto aos putativos candidatos à Prefeitura de Joinville. Há quatro nomes no bloco da frente: o atual prefeito Udo Dohler, o deputado estadual Darci de Matos, o ex-prefeito Carlito Merss e um inesperado José Aluísio Vieira, o Dr. Xuxo, que vem correndo por fora. Há também o tucano Ivandro Souza, cuja candidatura insiste em não decolar e, por enquanto, o deixa a jogar num outro campeonato.

Apesar de já haver gente em campanha, o quadro da disputa sucessória não está definido. E é natural, portanto, que neste momento a preferência dos eleitores esteja pulverizada. No entanto, o grande abacaxi parece estar nas mãos de Udo Dohler, que tem índices de rejeição muito elevados. E não é preciso olhar para as sondagens para fazer essa constatação. Um olhar para as críticas nas redes sociais, por exemplo, permite ver que o prefeito tem um problemão em mãos.

A rejeição é um fator tão poderoso quanto a intenção de voto. Ou seja, enquanto os outros candidatos vão lutar por votos, Udo terá que vencer a frustração dos cidadãos com a sua administração. Eis o nó górdio. O atual prefeito chegou ao poder com um discurso “anti-política” e “pró-gestão”, mas acabou com uma imagem mais parecida com um político (da velha política) do que com um gestor.

É possível diminuir a rejeição? Claro que sim. Mas Udo Dohler não tem muito tempo. Num plano macro, vai precisar de pesquisas que ouçam segmentos qualificados da sociedade, para identificar o caminho para mudar a percepção dos eleitores. Num plano mais térreo vai precisar de ação, imaginação e obras. É difícil. E não pode esquecer que o diabo está nos detalhes. Exemplo? Ora, cada buraco nas ruas é uma armadilha contra a sua candidatura.


Udo Dohler conseguirá reverter esse quadro? Talvez. Se recorrer à lógica da velha política (aquela de investir vultosos recursos financeiro) poderá aumentar as suas chances, porque, afinal, isso ainda tem muito peso. Mas os tempos são outros e mesmo assim não há garantias. O mundo evoluiu. É preciso também saber usar técnicas de comunicação, conhecimento de marketing político e, claro, imaginação. É aqui que a porca torce o rabo.

É a dança da chuva.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Eleições 2016 em Joinville


POR VANDERSON SOARES

Publiquei um texto alguns dias atrás, no qual eu fazia uma rápida análise sobre os protagonistas que farão parte do jogo político de ano que vem, para a Prefeitura de Joinville (ler aqui).

Fui questionado, por vários representantes dos movimentos de esquerda sobre a ausência destes em minha breve e leiga análise. Achei justa a “reclamação” e vou falar abaixo dos dois principais representantes da esquerda: PT e PSOL. Outrossim, quero fazer uma retificação de uma análise que, à data do primeiro texto, fugiu-me da lembrança.

O PT, se é que podemos chamá-lo de esquerda ainda, tem como principal pré-candidato a prefeito o nosso velho conhecido Carlito Merss. Carlito pode até se candidatar, mas o objetivo não será ser eleito. Será reciclar a sua imagem, que hoje encontra-se apagada, para futuros pleitos.

Na minha concepção, o maior erro político de Carlito foi se enveredar pelo Poder Executivo. Ele é ótimo legislador, tem perfil e competência para isso, mas não para o executivo. Mostrou pouco traquejo na condução dos trabalhos, nas articulações na Câmara, enfim, não mostrou-se um bom executor. Soma-se a essa falta de habilidade executiva as más escolhas na sua assessoria e deu no que deu.

Não creio que o PT, atualmente, continue firme com seus propósitos como esteve outrora. Adilson Mariano, vereador que está a sair do partido diz que “o PT não representa mais o trabalhador”. E eu concordo com o vereador.

O PSOL, a meu ver, é um dos mais fiéis ao que defende e o mais coerente com suas atitudes e palavras. O nome que vem ganhando relevo em Joinville neste partido é o jovem Leonel Camasão, cara gente boa, simples, e que ainda não tem os vícios nefastos da política. Embora não seja dele o meu voto, por motivos de ideologia, torço para que pessoas como ele cresçam na política e se mantenham leais às ideias que defendem quando em campanha. Sobre ele, ainda, devo comentar que me parece que ele e sua família sofreram decepções recentes no partido, gente em quem confiavam, ao que tudo indica, viraram as costas. Esta percepção se dá devido à algumas publicações no Facebook.

A correção que gostaria de fazer é sobre o PSDB. Comentei, no primeiro texto, que acreditava que se montaria todo o espetáculo a dizer que Ivandro de Souza seria o candidato, mas que no frigir dos ovos, Tebaldi seria o verdadeiro candidato. Pois, esqueci-me de um fato ao conceber o texto. Não é segredo que o Senador Paulo Bauer está reabrindo um escritório regional aqui em Joinville. A intenção, como pode-se deduzir, é adentrar politicamente na cidade.

Muito embora tenha de “pedir” o apoio de Tebaldi, creio que ele deverá pôr muito medo nos demais candidatos. É um nome forte. E quando falo em pedir apoio, penso que é impossível não pedir “benção” ao maior líder do partido em Joinville tendo a intenção de vir montar seu nome aqui.

Ainda, parece-me que, mesmo Udo tendo intenção de ser reeleito, o partido o abandonará para que ele possa morrer politicamente. Era o desejo de LHS, segundo alguns, pois Udo virou as costas ao padrinho após se eleger, demitindo alguns apadrinhados do falecido senador.