
Em época de eleições todo o cuidado
é pouco. O assédio vem de todos os lados. Como conseguir confiar em um
candidato depois de tanta frustração política acumulada? Como qualificar o
voto? Eis algumas atitudes que me inspiram confiança:
Confio naqueles que desde a tenra
idade são sensíveis às causas sociais. Que atuaram na escola como
representantes de classe, participaram do Diretório Acadêmico, ou com causas do
seu bairro. Confio nas lideranças naturais. Bem mais do que nas fabricadas.
Confio nos que têm vocação para a
política. Nos que têm dedicação apaixonada pela causa. E nos que têm senso de
responsabilidade e proporção.
Confio nos que tomam partido. Nos que
ao serem indagados sobre temas cabeludos, como aborto, pena de morte e eutanásia
assumem a sua opinião. Mesmo que a opinião seja contrária à minha. Confio
naqueles que não escorregam como sabão. Confio nos candidatos que não procuram
agradar a todos, mantém-se firme em suas convicções, mesmo que isso signifique
perder alguns votos.
Confio naquele que não faz crítica
vazia. Naquele que propõe ideias para resolver a situação, e confio mais ainda
naqueles que fazem acontecer.
Confio em quem não fica só a tecer
elogios.
Confio em quem não é onipresente. Confio
naquele que considera mais importante ficar com a família do que participar de várias
feijoadas em um mesmo final de semana, ou marcar presença em cultos religiosos
diversos, e confio mais ainda naquele que, como eu, acredita que ter trânsito
livre de festas a enterros não é a melhor forma de fazer política.
Confio em quem faz, infinitamente
mais, do que em quem fala que vai fazer se for eleito.
Confio no marketing pessoal obtido
com realizações e não com o dinheiro.
Confio em quem pensa que se fazer algo
pelos idosos é mais do que dançar com eles em bailes de terceira idade.
Confio no político de uma palavra só.
Não naquele que tem uma palavra no atacado e outra no varejo. Creio ser a
votação secreta a madrinha da corrupção. Confio nos que não defendem os
interesses públicos com palavras, e os próprios, com o voto.
Confio nos humildes, e que não
costumam se autoproclamar virtuosos.
Nunca voto em alguém que está no
poder por mais de dois mandatos. Pois acredito que as raízes criadas pelo poder
são as mais difíceis de extirpar.
Pesquiso o comportamento pregresso e
valores do candidato.
Confio no candidato que não financia a mídia.
Lembro, que a legislação, tão somente, permite a propaganda eleitoral a partir do dia 06 de julho do ano da eleição. Entrevistas de rádio ou televisão são permitidas pela lei, mesmo as anteriores à esta data. Nessas entrevistas, os candidatos podem falar de propostas, desde que não peçam votos.
Reflito apenas, se, quando ocorre superexposição, esta é por conta da significância das ações do candidato, ou, por causa do seu poder econômico.
Lembro, que a legislação, tão somente, permite a propaganda eleitoral a partir do dia 06 de julho do ano da eleição. Entrevistas de rádio ou televisão são permitidas pela lei, mesmo as anteriores à esta data. Nessas entrevistas, os candidatos podem falar de propostas, desde que não peçam votos.
Ainda, lembro que a lei não
permite propaganda eleitoral em outdoor. Contudo, felicitações ao
dia das mães, pais, ou ao dia do trabalhador são permitidas. Pois são consideradas apenas marketing
pessoal. Confio, como você poderia imaginar, no candidato que não se utiliza desse meio.
É caro (e)leitor. O candidato que possui
essas qualidades conseguiria facilmente me conquistar. É bem provável que o meu
voto vá para alguém assim. Só desconfio de uma coisinha... desconfio que terei
dificuldades para encontrar candidato na próxima eleição. Eu devo ser mesmo
muito exigente.