quarta-feira, 10 de junho de 2020

Não há patrimonio cultural que sobreviva a tanto descaso



POR JORDI CASTAN

A lenta, constante e implacável destruição da cultura.
Joinville está sendo governada por um descendente direto de Átila. Aquele que não deixou pedra sobre pedra quando invadiu Roma. Parece ser o mesmo que extinguiu a Fundação Cultural e tirou
assim a autonomia da cultura e a submeteu a secretaria da Administração. Essa visão míope da cultura vai custar muito caro. Já está custando.
Como avaliar a destruição do Patrimônio Cultural, a renúncia as origens, ao que fomos e somos, mas principalmente aquilo que define o que seremos? A cultura em Joinville deixou de estar ameaçada para estar em perigo de extinção. Desceu um degrau no caminho inexorável rumo a sua destruição. Se destrói a cultura quando se deixa de valorizar, quando se deixa de apoiar ou quando de forma sistemática se recorta o seu orçamento, se descaracteriza seu patrimônio ou simplesmente se deixa de proteger para que possa ser arrasado. Vivemos um blitzkrieg contra tudo o que tem cheiro, forma ou que lembra vagamente a cultura. Se confunde a cultura por entretenimento e por isso que a Cidadela Cultural Antarctica desmorona um pouco mais a cada dia e mais e mais áreas estão hoje interditadas. É por isso que se autoriza a construção de uma excrescência arquitetônica como anexo ao Museu Nacional de Imigração. Os técnicos alegam que o monstrengo foi aprovado pelo IPHAN e que como fica nos fundos do museu, não será visto desde a rua.
Assim, aos poucos, mas implacavelmente, a cultura se destrói. As referências históricas são arrasadas e substituídas pela mediocridade, por essa mediania definida pelos que consideram que preservar é um custo e que nada melhor que demolir tudo e construir esses anexos esquisitos, projetados num estilo arquitetônico indefinido, a meio caminho entre o pavoroso e o horroroso.
Os defensores do engendro arquitetônico alegam que gosto não se discute e nisso estamos de acordo. Gosto não. Mas estamos discutindo mau gosto e nisso não há dúvidas. É um projeto que jamais deveria ter sido aprovado. Alias será que o Conselho Municipal de Cultura foi ouvido? E a Associação Amigos do Museu? Lembrei que os que não concordam não são ouvidos. Assim fica mais fácil seguir destruindo o patrimônio cultural e paisagístico de Joinville.

terça-feira, 9 de junho de 2020

sábado, 6 de junho de 2020

Os ocasos de Trump, Bolsonaro e Udo



POR CHUVA ÁCIDA

O Chuva Ácida faz uma viagem desde Washington, onde Donald Trump enfrenta problemas com manifestações por todo o país, passando por Brasília, com os 30 mil de Jair Bolsonaro, acabando em Joinville, onde candidatos a prefeitos estão a ser contagiados.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Conversas à Chuva com Felipe Silveira (1)



POR CLÓVIS GRUNER

O Conversas à Chuva dessa semana tem como convidado o jornalista Felipe Silveira. Formado em Jornalismo pelo IELUSC, Felipe Silveira - o Felps - é um dos fundadores e editores do jornal "O Mirante", publicação on-line que completou, em abril, três anos de existência. Na conversa, digressões sobre a comunicação e o jornalismo em Joinville, e a experiência de manter um veículo alternativo e independente.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Quando vão terminar as obras do rio Mathias? No dia de São Udo à tarde...



POR JORDI CASTAN
O dia de São Udo à tarde. Esse será o dia em que está previsto que concluam as obras do Rio Mathias. É preciso ter fé.

Nenhuma das datas que a Prefeitura informou foi cumprida e, se for cancelado o contrato, não há previsão que as obras sejam retomadas no curto prazo. O resultado será péssimo para Joinville e pior ainda para o centro da cidade. Os comerciantes sofreram prejuízos ainda maiores e além dos prejuízos econômicos, devem ser contabilizados também os prejuízos ocasionados pelas obras.

Sem fiscalização adequada, as obras do Rio Mathias apresentam dezenas de problemas. Os próprios vereadores da situação informaram dos absurdos, das irregularidades e das desconformidades. Nada disso os motivou a assinar uma CPI para investigar. Todos os vereadores dispostos a assinar tem sido pressionados a não fazê-lo.

O prefeito tem medo de que? Quem não deve não teme.

Mas judicializando a obra, ao cancelar o contrato, o prefeito terá a escusa perfeita para não entregar a obra antes do final do seu mandato. A mesma estratégia utilizada para não fazer uma nova licitação para o transporte público de Joinville. A cidade conta os dias que faltam para que esta gestão termine.