quarta-feira, 20 de maio de 2020

Bolsonaro, a cloroquina e a tubaína



POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Num dia em que o Brasil tem um recorde de mortes por Covid-19, o país é surpreendido pelas imagens de um filme onde, em meio à tragédia, ele aparece divertido a dizer: "quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína". E ri. Depois disto, há muito pouco a dizer. O país está a ser governado por um presidente com a mentalidade de uma criança de cinco anos.

terça-feira, 19 de maio de 2020

A máscara caiu, a dengue subiu



POR JORDI CASTAN

A saúde segue atrapalhada e atrapalhando-se. O número de focos do mosquito da dengue disparou e o número de casos de dengue autóctone não para de subir. Contágio autóctone é o daqueles que contraíram a dengue em Joinville, quer dizer que a dengue é um tema muito grave, tanto que mais de 50% dos casos de dengue autóctone de Santa Catarina são de Joinville. Falta de gestão, falta de controle e descaso são a fórmula certa para que a crise fique ainda pior.

A novela das 500.000 máscaras tem novos capítulos, o primeiro foi a necessidade de preencher um cadastro mais complexo que o necessário para solicitar um crédito bancário, para receber uma, que custou menos de R$ 5,00, sem licitação. Em total o município gastou mais de R$ 1.200.000 para comprar as máscaras. No segundo capítulo e depois que as máscaras ficaram encalhadas, porque não tinha demanda para tanta máscara, os postos de saúde passaram a oferecê-las, sem necessidade de preencher o dito cadastro, apresentando só o CPF. 

Agora no penúltimo capítulo da novela as equipes de saúde de família fazem a entrega das máscaras na própria residência dos atendidos pelo programa.
Em resumo a saúde mostra o mesmo nível de inépcia que permeia toda esta desastrada gestão. E como sempre é o joinvilense quem paga o preço de tanta incompetência.

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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Academias abertas. Um problema de desinformação ou de ética?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

O Brasil vive momentos de muita insegurança com a pandemia de Covid-19. E na contramão da civilização, políticos brasileiros, sobrepondo-se às autoridades médicas, decidem que as academias - consideradas internacionalmente como ambientes de risco - podem funcionar. É o Brasil a andar no sentido contrário dos países desenvolvidos.


quarta-feira, 13 de maio de 2020

É possível salvar a economia sem sacrificar mais vidas?




POR CLÓVIS GRUNER

Em entrevista recente, Paul Romer, Prêmio Nobel de Economia e ex-economista chefe do Banco Mundial, defendeu que a recuperação econômica tende a ser mais rápida, nos países que adotaram e seguiram medidas de distanciamento e isolamento social. Entre outras coisas porque, de acordo com Romer, a retomada econômica depende, em larga medida. que as pessoas se sintam seguras e confiantes.

Ele evita também o antagonismo, que se tornou lugar comum no Brasil, entre combate à pandemia e gestão econômica. Ambas as coisas são possíveis, argumenta.  Mas para isso é preciso que se teste maciçamente os níveis de contaminação, condição a um controle mais efetivo e eficiente da disseminação da Covid-19, e garantir o isolamento social. Isso porque o desconfinamento, e a gradual retomada das atividades econômicas, dependem antes do achatamento da curva de disseminação, o que só se faz... com isolamento social.

No Brasil estamos longe disso. Não temos um governo, nem competente nem, tampouco, sensível à pandemia e aos mais de 12 mil mortos em pouco mais de 30 dias, vítimas do coronavírus. Mas tão grave quanto, a indiferença presidencial colabora para que, cada vez mais, pessoas se sintam no direito de confrontar e desobedecer as medidas de distanciamento, reinvindicando seu direito de ir e vir e argumentando, não raro de maneria hipócrita, a necessidade de "manter a economia funcionando".

Vivemos, no Brasil, a condição surreal e bizarra, de vermos tratado como "vergonha" o exercício de um direito: o de defender e preservar a vida.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Uma enchente de incompetência



A Rainha Elizabeth II de Inglaterra concede os prêmios rainha Elizabeth de Engenharia a projetos inovadores, de impacto extraordinário e de importância singular.

A Prefeitura Municipal de Joinville acostumada a ganhar prêmios internacionais de mobilidade, agora se lança a competir também na área de engenharia. e participa em três categorias:

1.- Qualidade e precisão - Projeto de requalificação asfáltica da Rua dos Ginásticos - categoria "Drenagem"

2.- Gestão de prazos e pontualidade - Projeto da Obra do Rio Mathias

3.- Economia e gestão de orçamento - Projeto e Execução da Obra do Rio Mathias




sexta-feira, 8 de maio de 2020

A mobilidade de Joinville é um exemplo para Nova Iorque?

Conversas à Chuva - Arno Kumlehn



POR JORDI CASTAN

Nosso convidado é o Arquiteto e Urbanista Arno Kumlehn. O tema é como o COVID19 impactará nossas cidades, seu impacto na mobilidade, no mercado imobiliario, na forma como as pessoas moram e como os negocios mudarão e o efeito que estas mudanças terão sobre nossas vidas.

A pandemia só acelerou mudanças que já estavam a caminho. A velocidade com que as mudanças se produzirão nos afetará muito mais e de forma mais rapida do que poderiamos prever. As mudanças irão além e impactarão as relações de trabalho e sociais.  O trabalho como o conhecemos também será impactado e haverá uma redução na demanda por mobilidade com a redução dos deslocamentos. 
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quarta-feira, 6 de maio de 2020

A nossa bandeira nunca será vermelha. Mas terá listras e estrelas...





POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

A bandeira brasileira, assim como as suas cores, estão associadas ao que de pior há na sociedade. Gente intolerante, inculta e violenta. Mas apesar dessa apropriação pelos bolsonaristas, parece que é preciso haver mais de uma bandeira. Não há manifestação em que não apareça uma bandeira dos Estados Unidos, numa clara demonstração de que os seguidores do atual presidente não são tão patriotas quanto querem parecer.




segunda-feira, 4 de maio de 2020

Da calamidade pública à calamidade política



POR JORDI CASTAN

A pandemia causada pelo coronavírus está causando estragos maiores que os previstos, num país em que o colapso completo do sistema de saúde público não deveria ser novidade e onde estádios são mais importantes que hospitais ou escolas.

Em Santa Catarina, a Secretaria de Saúde pagou adiantado R$ 33.000.000 para comprar respiradores a uma empresa sem experiencia, sem conhecimento e aparentemente sem capacidade técnica para fornecê-los. O resultado é o afastamento de uma funcionária e a queda do secretario da Saúde. É como se uma compra desse volume e importância fosse feita como se faz na quitanda da esquina. Até agora o único fato é que o Estado aproveitou a dispensa de licitação para fazer uma lambança que custará muito caro ao contribuinte, enriquecerá alguns e Santa Catarina seguirá sem ter os respiradores que tanto precisa.

Em Joinville também tem gente aproveitando as dispensas de licitação para gastar R$ 15.660,00 em vacinas contra a gripe, as mesmas vacinas que são oferecidas de graça em qualquer posto de saúde. Pela pressão popular, a Câmara de Vereadores de Joinville acabou cancelando a imoral dispensa de licitação. Até porque os vereadores que estão no grupo de risco têm direito a receber a vacina gratuitamente. E os vereadores que não estão no grupo e os funcionários da câmara que não estão no grupo de risco ou não precisam ou podem optar por pagar pela vacina. O que ignoram ou fazem questão de esquecer é que o dinheiro que pagaria estas vacinas é dinheiro do contribuinte. Se fosse uma empresa privada, não haveria problemas, mas usar o dinheiro público e dispensa de licitação para "privilegiar" uma minoria é imoral. Será que o correto não seria que os vereadores fossem ao posto de saúde mais próximo e levassem sua cartilha de vacinação, como todos os demais joinvilenses também fizemos.

Mas parece que cancelar a compra das vacinas não resolveu. A Câmara de Vereadores utilizou da mesma justificativa para a comprar mil máscaras. Essas por um valor de R$ 3.300,00 de novo com dispensa de licitação. Poderia aproveitar a compra de 500.000 máscaras feita pela Prefeitura e atender aos funcionários da Câmara de Vereadores que precisassem ou que não pudessem adquirir, ainda que com os salários que o nosso Legislativo paga, será difícil justificar que não possa ou comprar uma máscara ou pagar uma dose da vacina contra a gripe.

Por sorte a sociedade está atenta e de olho nos que querem se aproveitar da declaração de calamidade pública para comprar, com dispensa de licitação, respiradores, vacinas, máscaras e quem sabe quantas outras coisas.