POR JORDI CASTAN
Quanto mais nos
aproximamos do dia 7 de outubro, mais os ânimos vão se radicalizando. O
extremismo toma conta de todo o espaço do debate político. Os longos anos de
governos de esquerda deixaram o país em frangalhos. Faz décadas que o Brasil
não cresce, que a insegurança aumenta e que a uma crise que se alastra de ponta
a ponta do Brasil e da sua sociedade.
Há uma radicalização
maior na eleição presidencial, que transformou a arena política partidária num
gigantesco Fla–Flu. Ou num Grenal. Ou naquilo que na La Liga, que organiza o futebol espanhol, se denomina “el clássico”: jogos de mais rivalidade que futebol, para voltar ao
eterno paralelismo entre futebol e política.
É evidente que qualquer um dos extremos será uma péssima alternativa, que o resultado das urnas será um país
dividido, rachado, dividido ainda mais entre “nós e eles”. Não há alternativas
de centro, nem de centro direita, nem de centro esquerda, há só um aglomerado
de políticos que utilizam os partidos e a política para alcançar os seus
objetivos pessoais. O resultado não tem como ser bom. Fora os fanáticos de
sempre, há uma grande maioria do eleitorado que não votará nem a favor de este
ou daquele candidato, mas contra este ou aquele.
O resultado de uma eleição que se resolva com os votos “contra isso ou aquilo” não tem como ser bom. A última eleição em Joinville é um bom exemplo. Aqueles que não queriam eleger Darci de Matos elegeram Udo Dohler. Não precisamos dizer nada, o resultado está ai para quem o quiser avaliar. A cidade está sem rumo, nas mãos de uma gestão inepta e arrogante. Darci de Matos teria sido melhor? Difícil ser pior, mas a Lei de Murphy assegura que não há nada tão ruim que não possa piorar.
O resultado de uma eleição que se resolva com os votos “contra isso ou aquilo” não tem como ser bom. A última eleição em Joinville é um bom exemplo. Aqueles que não queriam eleger Darci de Matos elegeram Udo Dohler. Não precisamos dizer nada, o resultado está ai para quem o quiser avaliar. A cidade está sem rumo, nas mãos de uma gestão inepta e arrogante. Darci de Matos teria sido melhor? Difícil ser pior, mas a Lei de Murphy assegura que não há nada tão ruim que não possa piorar.
A maioria dos
eleitores com quem tenho conversado não sabe em quem votar. Nenhum dos
candidatos ao governo do Estado convence e todos são oriundos da velha política.
Pessoalmente acho que o termo velhaca seria mais apropriado. Os nomes
apresentados para o Senado ou para o Congresso não são melhores. Há poucos
nomes realmente novos que tenham possibilidades reais de se eleger. Para complicar ainda mais a renovação, o
sistema há desenvolvido um emaranhado legal direcionado a perpetuar no poder os
mesmos de sempre. O resultado é um eleitor desiludido, desencantado e descrente.
Descrente dos candidatos, do resultado das urnas eletrônicas, receoso da lisura
do processo, desconfiado das pesquisas e, principalmente, revoltado com o Brasil atual.
Qualquer resultado é possível e nenhum deles parece convincente para que o país saia do lodaçal em que anos de péssimos governos o tem jogado. Que a maioria dos candidatos a reeleição responda a processos por corrupção, lavagem de dinheiro, caixa 2, prevaricação e ainda haja eleitores defendendo e votando nesse tipo de gentalha mostra que há algo de muito podre em Pindorama. Até porque os políticos que elegemos não foram trazidos por nenhuma nave alienígena, são os representantes da sociedade que os vota e os elege.
Para não esquecer: não
reeleja nenhum dos que aí estão. É hora de mudar, de mudanças profundas. Até
porque se não mudarmos o próximo congresso será ainda pior que o atual, mesmo
que isso possa parecer impossível.