segunda-feira, 15 de maio de 2017

Bom dia! Em que podemos atrapalhá-lo?


POR JORDI CASTAN
Há unanimidade que muitas coisas precisam mudar no país. O problema começa quando se trata de definir quais e como. Aí a unanimidade desaparece . A mesma eficiência que o governo utiliza para cobrar as multas de trânsito poderia ser utilizada para enviar o boleto do IPVA para o endereço do proprietário. Mas isso facilitaria muito a vida do contribuinte e faria desnecessário o trabalho dos despachantes. E poderia explicar porque essa proposta nunca avançará em nosso Estado. 

Outra situação que poderia ser facilmente evitada é a necessidade de reconhecer assinatura ou autenticidade de cópias de documentos em cartório. Um gasto e uma perda de tempo desnecessários a que não estão sujeitos cidadãos de muitos países. Um bom exemplo de como resolver essa situação é o que o governo implantou em Equador. A legislação dá aos funcionários públicos o estatudo de “fé pública”. Assim seus atos têm valor legal. É o princípio que permite justamente, a um agente de trânsito, multar. E em caso de confrontada a sua palavra com a dos cidadãos, você ou eu, a declaração do funcionário público tem a autorização legal para poder autenticar um documento e garantir a sua validade, algo que não pode fazer o cidadão comum.

Assim o Equador, para facilitar a vida dos cidadãos, simplificar os processos burocráticos e reduzir custos, faz valer este princípio em favor do contribuinte. Como explica o cartaz (abaixo), presente em todas as repartições públicas do país latino-americano, a lei tem como objetivo não pedir mais cópias autenticadas aos cidadãos. O contribuinte pode apresentar o original e a fotocópia de um documento e o funcionário público. Depois de comprovar que o documento e a fotocopia são idênticos, autentica a copia e  garante a sua autenticidade. Simples, rápido e fácil. O resultado é que os cartórios lá faturam menos, o Judiciário deixa de receber sua parte por selos e carimbos e a sociedade, claro, perde menos tempo e recursos a sustentar uma burocracia ineficiente e gigantesca.

Deu para entender? Simples né? Pois exemplos como estes há dezenas. Exemplos de como a burocracia estatal está mais dedicada a dificultar a vida do cidadão que a facilitá-la. Contribua, compartilhe os seus exemplos e será fácil perceber a situação. No caso de Joinville, poderíamos começar com a gincana que representa querer organizar algum evento na cidade ou querer fazer exercer os seus direitos nessa inutilidade que é a Ouvidoria da Prefeitura, que, seguindo a diretriz do alcaide, ouve mas não escuta.



sexta-feira, 12 de maio de 2017

Você é um imbecil kkkkkkkkkk

POR LEO VORTIS
As redes sociais são um canal de expressão para aqueles que antes não tinham meios para publicitar as suas ideias (ou a falta delas). Mas nem tudo é perfeito na vida. Quando Santos Dumont inventou o avião, certamente não pensava que a sua criação se tornaria uma arma de guerra. E o mesmo aconteceu com o invento de Mark Zuckerberg.

Já escrevi aqui que as redes sociais – e o Facebook em particular –  acabaram por se tornar um lugar para mentir, caluniar e ofender. Tanto que antes não existia a pergunta: “onde você passava vergonha antes de inventarem o Facebook?”. Nem a expressão “vergonha alheia”. As redes sociais revelaram o lado mais vergonhoso das pessoas.

Uma das mais interessantes criações de terminologia das redes sociais é o “k”. As pessoas usam “kkkk” para demonstrar que estão brincando e rindo. O problema é a falsidade. É uma forma de beliscar a assoprar. Tem gente que escreve o que pensa com a intenção de ofender. Depois usa um “k” para parecer menos podre. Eis um exemplo real.

- “Kkk .. amigo tenho certeza q tudo que vc escreveu serviu certinho p os seus comentarios kkk .. Bonito e ler seus comentarios defendendo bandido etc... Mas respeito sua opniao.. Se meus comentários lhe desagradam problema e todo seu ..me bloqueia logo kk assim evito de ler suas bobagens . vai estudar um pouco .. Vai fazer bem p o seu futuro. ..”.


A transcrição é literal. O tema da discussão é o ex-presidente Lula e o sujeito mais  agressivo é um bolsonarista que vive a falar em Mito 2018. Os “kkk” são uma forma de amenizar os xingamentos. E o mais divertido: o cara comete todos os erros do mundo e ainda manda o outro estudar. É claramente um cretino... kkkkkkkkk.

As redes sociais são uma grande invenção. Pena que haja tantos psicopatas... kkkkk... bullies... kkkk... cretinos... kkkk e machos do teclado (aqueles que se sentem poderosões quando estão atrás do teclado)... kkkk.

Charges que contam a história dos presidentes



















quinta-feira, 11 de maio de 2017

Lula, Moro e Lava Jato: o perigo mora ao lado

CHARLES HENRIQUE VOOS
Após o circo midiático ocorrido em Curitiba no dia de ontem (9/5), podemos contar as migalhas que restaram. Lula não foi preso, como os eufóricos paneleiros ansiavam, e ele não conseguiu dar uma "lição de democracia" no juiz, como petistas aguardavam. Foi um embate de pesos pesados - de um lado um capital político poderoso e, de outro, um personagem criado como super herói pela grande mídia e redes sociais - que culminou em um perigoso futuro, pois pode dar margem para terceiros se aproveitarem alimentados pelas indefinições ad infinitum que tríplex, delações, empreiteiros e prisões de "operadores estruturais" causam no cenário político.

Nesse jogo histórico de realinhamentos de posturas de nossa democracia, não existem rupturas. O Brasil vai sendo como pode ser, ou aos "trancos e barrancos", como já diria Darcy Ribeiro e traz consigo convergências de perigosas posturas. A independência, a formação da república, o estado novo, as diretas já e os impeachments são provas fieis disto. A "Lava Jato" pode ser a força motriz que novos grupos conservadores precisam para lançar nomes e propostas conservadoras para o país.

Enquanto as esquerdas divergem, e boa parte delas apela para o saudosismo de Lula como solução (Lula nunca conseguiu romper como prometido), a proposta que vai surgindo e ganhando a boca dos principais arquitetos dos realinhamentos é interessante, especialmente para os mais ingênuos e órfãos de novos heróis. Como os petistas "destruíram" o país, os políticos opositores a eles estão tão sujos quanto e a justiça pouco consegue fazer na terra dos milhões de Cunhas, nada melhor que lançar nomes "de bem", de empresários famosos a apresentadores de TV ricos e sucedidos. Pois eles são pessoas que "fazem o Brasil prosperar" e ajudam os mais pobres com empregos, visão e caridade.

Dória nem imaginava o quanto seu nome estaria cotado neste pré-2018 quando foi lançado candidato a prefeito, há alguns anos. Muito menos que conseguiria dar uma arrancada monstruosa que o levasse à vitória na capital paulista. O efeito Trump e o enfadonho Moro contribuíram para que o tucano fosse apresentado como solução. Até Roberto Justus e Luciano Huck surfaram na onda, com maior ênfase para o global. Ele gostou de brincar de eleições, e sabe como poucos que democracia é um quadro cheio de segundas intenções, nos moldes da "tiazinha" e "feiticeira" dos tempos de TV Bandeirantes.

É por isso que o perigo mora ao lado. Não está nos "petralhas" e nem na "república de Curitiba". Está naqueles que sempre encontraram falsas soluções mágicas e fantásticas para o país, sobretudo em momentos de crise e nebulosidade. Enquanto o país se divide por uma fantasia de democracia, os ratos vão tomando os porões dos espaços de decisão do poder, local onde está sentado o seu rei-mor, pronto a se sacrificar pelo bem da ninhada que há séculos domina e impede as autodestrutivas rupturas para sempre se aproveitar do poder.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Aos 199 anos, o velho barbudo continua vivo


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Na semana passada, se fosse “imorrível” (porque imortal ele é), Karl Marx teria completado 199 anos de idade. Isso significa que no ano que vem vai ter festa das grandes. O fato é que o velho barbudo, tão anatemizado pelos que nunca o leram (e pelos que não entenderam), é um dos maiores pensadores da história. E não sou eu a dizer. É quase um consenso nos meios acadêmicos. E não só...

Um exemplo. Faz alguns anos, a respeitável BBC Radio 4, lá das terras de Sua Majestade, realizou uma votação para escolher o maior pensador de todos os tempos. Quem ganhou? Karl Marx, claro. E com uma goleada sobre o segundo colocado, o filósofo e historiador escocês David Hume (27,93% contra 12,67%). Mais atrás ficaram Wittgenstein, Nietzsche, Platão, Kant, São Tomás de Aquino, Sócrates, Aristóteles e sir Karl Popper (vá de retro).

A coisa até podia passar despercebida se não fosse a Inglaterra o país do liberalismo e da tal terceira via. Não vamos esquecer que o Reino Unido nos deu uma Margareth Thatcher e toda a herança nefasta do neoliberalismo. Portanto, não deixa de ser estranha a escolha de um pensador cujo nome ainda provoca ranger de dentes.

O mito (no sentido barthesiano) está instalado. Para desqualificar um interlocutor, é só dizer que ele é marxista. Porque é sinônimo de atraso, anacronia e fracasso. Quem publica sabe que é preciso medir as palavras ao citar Marx: quando se fala ao homem comum, quando se escreve um artigo de jornal ou mesmo quando se defende uma tese académica. Qualquer discurso que cheire ao tal marxismo é logo amaldiçoado pelos conservadores.

Depois da queda do Muro de Berlim, o neoliberalismo impôs-se como modelo sem alternativa. Modelo único, pensamento único. Todas as teses que estejam em discordância com o liberalismo econômico acabaram banidas do sistema de circulação de ideias. Qualquer pensamento dissonante é considerado datado, inoportuno. É tese sem antítese. Não há comunicação.

Mas o método de análise do velho filósofo ainda tem muita força. É preciso ler a sua obra. O problema é que os sicofantas do establishment não gostam de livros, preferem o conforto das verdades prontas. Marx falou em boa sociedade, mas nunca construiu uma cartilha para ensinar como chegar lá. Aliás, a força do seu pensamento vem justamente de ter empreendido um competente análise do capitalismo. Que ainda hoje serve como referência.

Não curto as auto-referências, mas para terminar o texto de hoje tomo a liberdade de reproduzir um excerto de um texto meu publicado aqui no caderno Anexo, do jornal A Notícia, num distante dia 18 de abril de 1993. Faz muito tempo. Nessa época já muita gente não gostava, mas as pessoas não tinham o hábito de escrever cartas anônimas para os jornais (não era tão fácil quanto escrever barbaridades nas caixas de comentários dos blogs).

Então, lá vai: “Nos tempos de euforia liberal, Marx se transformou em sinônimo de atraso e a simples citação do seu nome podia colocar o indivíduo do lado menos recomendável do muro. Tornou-se impossível falar acerca do pensamento do velho filósofo sem que se esbarrasse em argumentos apriorísticos cuja irracionalidade impedia qualquer discussão. Prevaleceu a histeria burra que dividia o mundo em mocinhos e bandidos (estes os que nutrissem simpatia pelo pensador alemão). Fruto de irrefreável compulsão ao reducionismo, aqui no patropi estigmatiza-se o que se julga entender por marxismo e, frase feita, joga-se tudo na lata de lixo da história. Só que qualquer pessoa com um mínimo contato com esse campo teórico sabe que Marx não se presta às simplificações pretendidas pelo senso comum”.

O pensamento do velho barbudo continua vivo. E válido. E no ano que vem, pelos 200 anos, vai ter festa da boa.

É a dança da chuva.



terça-feira, 9 de maio de 2017

Bairro Costa e Silva é nosso maior monumento à ditadura



POR IZAIAS FREIRE*

Uma hipótese que desenvolvi em recente pesquisa sobre Joinville durante o regime civil-militar instaurado em 1964 foi a de que o momento em que mais se fez sentir a repressão na cidade foi durante o governo Geisel, ao contrário dos grandes centros urbanos do país. E, no entanto, Geisel praticamente caiu no esquecimento. A memória coletiva na cidade tem em Costa e Silva a principal referência acerca das marcas do regime de 1964 em nosso passado recente. Isso talvez aconteça pelo fato de o general-ditador constituir-se no mais visível monumento à ditadura no cotidiano da cidade, afinal, não se trata de um logradouro qualquer, Costa e Silva dá nome a um de seus principais bairros.

Observe os demais monumentos à ditadura em Joinville. Poucos sabem que na galeria dos títulos honoríficos concedidos pelo legislativo da cidade figura o de cidadão honorário de Joinville dado a Médici em 1971. Quais transeuntes já se deram conta da Praça Marechal Castelo Branco no centro da cidade? Estabelecimentos de ensino como as escolas E.E.B. Presidente Médici e E.M. Presidente Castelo Branco continuam como monumentos ao regime de 1964, embora sejam estes mais transitórios: escolas são fechadas o tempo todo e junto com elas vão-se os vestígios desse passado. Quem se lembra do retrato de Geisel no Conselheiro Mafra? Quem ainda se lembra da Escola de 1° Grau 31 de Março no Iririú? São monumentos contingenciais, com o tempo deixam de existir, aos poucos tendem a desaparecer da memória coletiva. Quando a referência é um bairro, por outro lado, o monumento tende a perpetuar-se.

O monumento a Costa e Silva constitui-se, na acepção do pensador alemão Walter Benjamim, um documento à barbárie, cujo processo de transmissão tem passado de um vencedor a outro, configurando-se assim como um poder material e simbólico que tem atuado no reconhecimento público desse vencedor.

O que está em jogo na mudança de nome do bairro Costa e Silva é a identificação ou não com esse monumento. Ou seja, passados os anos, as pessoas na cidade sentem-se representadas pelo ditador que instaurou o AI-5? A população precisa decidir, a despeito de todos os inconvenientes que implicam na mudança de nome de um bairro, se quer continuar a conviver com a referência a um regime que exilava, prendia, torturava e matava seus oponentes. Se aceita manter um monumento ao autoritarismo na constelação de seu patrimônio histórico em tempos de democracia.

É fato que o legado de Costa e Silva deixou marcas para cidadãos joinvilenses: pessoas foram presas, torturadas, censuradas, investigadas, alvos dos temidos serviços de informações como o SNI e o DOPS, outras perderam emprego, entraram para “listas negras” de personas não gratas nas fábricas locais.

Embora a nossa tradição histórica tenha sido a da conciliação, está mais que na hora de abrir esse debate que só cabe a uma cultura política democrática. E não estamos a tratar de algo incomum. Essa tem sido a tendência do movimento da história nas últimas décadas. Quando os regimes autoritários caíram na Europa, seus monumentos tiveram a mesma sorte. Assim foram destruídos os monumentos nazistas, stalinistas e fascistas de um modo geral. O monumento histórico só é legítimo quando não nega as lutas e contradições que o envolveu, quando não visa naturalizar a história do vencedor sobre os vencidos.

*Izaias Freire é Mestre em História, pesquisador da ditadura civil-militar em Joinville e membro do Movimento pra mudar o nome do bairro Costa e Silva.

Um primeiro encontro...

POR ET BARTHES

Porque há casos em que é sempre um primeiro encontro.



segunda-feira, 8 de maio de 2017

A maior cidade do estado também tem os maiores problemas

POR JORDI CASTAN
Joinville vive dividida entre o seu sonho de ser grande e sua necessidade de ser melhor. Fez a pior escolha e renunciou a ser melhor, para seguir crescendo com a mesma lógica que utilizam as células cancerígenas. O resultado é o título de maior cidade do Estado. Ora, Santa Catarina é o único estado em que a capital não tem a maior população.

Ser a maior só garante que os problemas que Joinville sejam também os maiores. Os indicadores são perversos e mostram o quanto a cidade é penalizada por essa ânsia de crescer. Um crescimento sem planejamento e sem recursos. Podemos acrescentar ainda: sem ideias, sem visão e sem outro modelo que não seja o de continuar crescendo. Há, no imaginário dos dirigentes locais, a ideia consolidada que é possível seguir crescendo indefinidamente.

É um conceito que já tem sido abandonado pela maioria de cidades modernas e avançadas, que entendem que não é possível crescer sem que se estabeleçam parâmetros e indicadores de qualidade para a população. O modelo das cidades grandes é o que se baseia ainda no princípio de economia linear, aquela que precisa de recursos infinitos num mundo finito.
As cidades inteligentes estão orientadas no modelo da economia circular. Cidades pensadas para ser sustentáveis. Para ser mais econômicas e eficientes. Para oferecer mais qualidade de vida aos seus habitantes.

Os pedestres ganham mais espaço e o espaço público é planejado para permitir que haja uma menor necessidade de deslocamentos de um extremo ao outro da cidade. O transporte individual é desestimulado e é cada vez maior o número de cidades que fecham as áreas centrais aos veículos individuais. Nos próximos 10 anos, já haverá cidades que não permitirão o acesso aos carros.


Ainda há tempo para reagir, mas a mudança exigiria um esforço enorme do poder público, que parece aceitar bovinamente a sua incapacidade para fazer e fazer bem feito. Se isso não fosse suficientemente grave, ainda por cima o joinvilense tem desistido de acreditar que outra Joinville é possível. E aceita a inépcia como modelo de gestão e o tamanho como modelo de cidade.

Joinville cresce muito e continua crescendo mal. As obras públicas são mal planejadas e pior executadas. A quantidade de imóveis públicos abandonados ou em péssimo estado de manutenção é a melhor prova do descaso com que é tratada a coisa pública.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Nón faltava dinheirro, faltava xestón. Agorra é um marravilha...

POR BARON VON EHCSZTEIN
Esse pessoal da Chufa Ácida precisa de um surra de cinta. Todo dia tem alguém falando do nossa querrida prefeito. A Xordi Castan põe foto parra disser que a Boulevard Cachoeirra esdá apodrecendo. Depois tem aquela vermelhinha do Raquel Migliorrini, que fica apontando a dedo parra tudo que tem o mão do prefeiturra. Ontem foi aquela moça nova, a Fahya Curry, que teve o despautérrio de juntar a prefeito e fraldas parra idosos na mesmo texto. Nón pode ser assim, suas cretinos.

Freunde, esdou preocupado com a nossa querrida prefeito. Faz tempo que nón vejo ele e tem pessoas jurrando que ele dessaparreceu. Tem até xente imaxinando um coissa mais grave: que todo o administraçón do prefeiturra sumiu. Todo mundo. Porque o citade parece esdar abandonada. Ninguém mais aparrece. Mas deve ser mais um brilhante esdradégia da nossa querrida prefeito. Keine Antwort ist auch eine Antwort. A silêncio também fala. Eu concordo. As xestores xeniais fassem muito e falam pouco.

Tem umas xarropes falando que a nossa querrida prefeito esdá trabalhando no surdina parra ser governador da Estado. Gemein Gerücht ist selten erlogen. O povón diz que as boatos têm uma pouquinho de verdade. Sou contra. A nossa querrida prefeita esdá a fasser o melhor gestón do histórria do citade e tem que ficar aqui. Nón pode? Entón tem que mudar o lei, porque porque nós nón querremos mudar de prefeito. Tem que ficar até 2030, parra terminar a sua marravilhoso projeto futurrista.

Também tem xente dissendo que a nossa querrida prefeito está fazendo máxica e tirrando coelhos do cartola parra pagar os contas do prefeiturra. É mentirra. Nón faltava dinheirro, faltava xestón. Agorra tudo esdá funcionando no perfeiçón no nosso citade. Nón tem mais burraco nos ruas, as transportes são bons, a trânsito circula bem, o saúde funciona bem, as parques dos crianças nón têm mato. É por isso que a nossa querida prefeito deu esse sumidinha. Nach getaner Arbeit ist gut ruhn. Trabalho feito, descanso merrecido.

E fica uma avisso: nón acreditem no que essas cretinos da Chufa Ácida dizem, porque essa gente é meio forra do casinha (e nón pagam a ipeteú). Alle Tassen im Schrank. 

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Entre o "não fazer" e o "fazer perfeito" está uma cidade abandonada


POR RAQUEL MIGLIORINI
A Secretaria de Administração da Prefeitura de Joinville é um caso a ser estudado por uma equipe multidisciplinar. O prefeito do vilarejo germânico se orgulha de nunca ter sido envolvido em escândalos e atribui ao "bom funcionamento" da secretaria em questão.

Muito bem. Ao abrir o Jornal A Notícia no dia 02/05, me deparo com a manchete “Abrigo Animal está ameaçado por falta de álvará de localização e pode não renovar convênio” ao lado da foto de dois lindos cãezinhos de lá. O convênio entre a prefeitura e o Abrigo ocorre desde 2006.

Em 2013, na primeira gestão de Udo Döhler, todos os convênios foram refeitos porque a secretaria disse que tudo o que havia sido feito até então estava errado e os novos funcionários, e somente eles, sabiam como fazer certo. Fico imaginando os demais servidores da pasta, como não se sentiram. Acontece que nem em 2013 , e nem nunca, o Abrigo Animal teve alvará de localização, simplesmente porque está em área irregular. O convênio é renovado anualmente e foram necessários 4 anos para que pessoas tão competentes percebessem isso? E o que farão com centenas de cães e gatos, caso resolvam levar à termo a decisão da não-renovação? A atual gestão se interessa em manter esse convênio? A questão não é somente burocrática e tem que ser resolvida. 

Numa outra situação, podemos questionar porque o elevador do Mirante, com menos de dois anos de uso, está quebrado e assim permanece. Uma secretaria competente teria feito a licitação para a manutenção do equipamento antes da inauguração, como foi solicitado. Mas, por excesso de zelo, vamos chamar assim, com os termos de referência apresentados, esse processo não aconteceu. Não somos tão bons gestores como o prefeito e mesmo assim sabemos que um aparelho parado e sem manutenção se deteriora muito mais rápido. E lá se vai nosso dinheirinho...

Nessa mesma linha temos a manutenção do Parque Morro do Finder, já mostrado aqui. O investimento feito para a revitalização da Unidade de Conservação do Bairro Bom Retiro/Iririú foi perdido pelo total abandono do local. O mirante do Finder está em processo de licitação desde 2014. Essa eficiência é demorada mesmo.

O texto do Jordi Castan, publicado no dia 1º de Maio, aqui no blog, mostra outros lugares sem manutenção e abandonados. Nem o centro da cidade escapa da deterioração. Estamos entregues a uma administração que não se envolve em escândalos não pela lisura dos processos, mas simplesmente por não fazer a máquina andar.

Tudo isso me fez lembrar da imagem dos lápis e da analogia que ela traz para essa administração: você pode ser um lápis bem bonito e bem apontado, e parecer melhor perto dos lápis gastos e sem ponta. Só vale lembrar que o lápis bonito nunca foi usado, ou nunca colocou a mão na massa.