terça-feira, 16 de abril de 2013

E a mulher não fecha a matraca!

POR ET BARTHES
A torcedora não se calava e não parava de chatear o jogador. E ele, mesmo sem se virar, produziu uma das cenas mais divertidas do esporte. Confira.




segunda-feira, 15 de abril de 2013

Udo Dohler: a autoridade é autoritária?

POR JORDI CASTAN

Um dia destes, um bom amigo me questionou alguns comentários, em que dizia abertamente que achava o prefeito Udo Dohler uma pessoa autoritária. Ele acha - e não sem razão - que o prefeito é uma autoridade e que a sociedade espera que ele exerça a autoridade inerente ao seu cargo.

A conversa foi e voltou, com argumentos e contra-argumentos. Logo ficou claro que ambos concordamos no fato de que é função e obrigação de uma autoridade pública exercer essa autoridade. E que o prefeito tem que atuar com autoridade: é justamente para isso que foi eleito pela maioria dos joinvilenses. 

Depois de ter tido governos de quase todo tipo e modelo, o eleitor votou muito mais contra o que não queria e menos no que desejava. Muitos entenderam esta última eleição como um momento do voto de protesto. Ficou claro que ninguém quer um prefeito pusilânime.  Tampouco a candidatura que se identificou com a mitomania teve muito sucesso. Os candidatos com imagem associada à corrupção - ou cuja ficha está precisando de muita água, escova, sabão e sol para ficar limpa - nem chegaram ao segundo turno. O que não quer dizer que o candidato vencedor seja o melhor candidato para Joinville. Foi o melhor candidato entre os que disputaram a eleição.
  
Voltando ao tema da autoridade e de ser ou não autoritário, o debate está longe de encerrar. Eu diria mesmo que está no seu inicio. Mas vamos à definição de autoridade:

- Direito ou poder de se fazer obedecer, de dar ordens, de tomar decisões, de agir, etc.
- Aquele que tem tal direito ou poder.
- Os órgãos do poder público.
- Aquele que tem por encargo fazer respeitar as leis; representante do poder público.
- Poder atribuído a alguém; domínio.
- Influência, prestígio; crédito.
- Indivíduo de competência indiscutível em determinado assunto.

Estaremos todos de acordo que o prefeito, seja ele quem for, pelo cargo que ocupa é uma autoridade e dele se espera que exerça a autoridade com retidão e justiça. Os amantes da ordem e do respeito às leis veem com bons olhos aqueles que têm autoridade. Questionar isso seria como questionar o papel do maestro numa orquestra. Mesmo os menos letrados sabem que sem a figura do regente à frente da orquestra o resultado é uma cacofonia anárquica.

Porém, outra coisa bem diferente é o autoritarismo típico dos autoritários, aqueles que, pelo seu perfil, são vistos ou atuam de forma altiva, são impositivos, dominadores e, em não poucos casos, arrogantes. Em extremo chegam a ser despóticos. São facilmente identificáveis porque procuram impor-se pela autoridade, mais que pelo convencimento ou pela sua capacidade de argumentação. Sua forma de ser é percebida como resolutiva ou ainda como a de aquele que decide, que é determinado e que toma decisões com presteza.

Há um grupo acostumado a que outros tomem as decisões por eles. A vida fica mais fácil, pois não precisam questionar muito e podem se concentrar em obedecer de forma ordeira. O que acaba se convertendo numa relação conveniente para ambas as partes. O autoritário exerce a sua autoridade na plenitude, sem oposição, sem que haja questionamentos. E os dóceis e obedientes não têm que enfrentar a árdua tarefa de decidir, nem precisam questionar.

É uma situação adequada para justificar as relações de vassalagem de épocas passadas, mas inconcebível numa sociedade plural, democrática e formada por homens e mulheres livres.

Cão Tarado



domingo, 14 de abril de 2013

Tenta matar empresário e falha

ET BARTHES
Sabe por que na Rússia os ricos e poderosos têm todos carros blindados? As imagens mostram. O sujeito tenta atirar no empresário, mas a bala ricocheteia no vidro e a arma encrava no segundo tiro.




E por que não levar a maioridade penal ao berçário?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Meu amigo da classe média mediana.

Você está desejoso de que seja aprovada a redução da maioridade penal? Então tenho excelentes notícias. Fiquei a saber que no Primeiro Mundo há cientistas a trabalhar num processo secreto que tem o objetivo de identificar os bandidos logo à nascença. É uma espécie de  teste do pezinho que revela se a criança nasceu boa ou má pessoa, se vai virar bandida ou não.

Este avanço científico, que recebeu o nome código “Preventive Revenge”, é uma solução definitiva, porque leva a redução da idade penal até ao berçário. Quando o sistema for posto em prática, vai tornar mais fácil a vida em sociedade: quando nasce bandida, a criança sai direto do fraldário para a cadeia. E pronto: não há mais crimes.

É também uma forma de dar um chega-para-lá nos chatos dos direitos humanos, que estão sempre a defender o indefensável e vêm com aquela conversa:
- Ah... teve uma infância difícil.
Ora, agora isso vai mudar. Se o bandido não teve infância - se foi enjaulado logo ao nascer - os caras dos direitos humanos vão para de encher o saco. É ou não e?

O processo só não foi implantado ainda porque houve alguns contratempos. Um grupo de insignificantes antropólogos insiste na tolice de que as pessoas nascem boas, mas são transformadas pela sociedade. Que idiotice. E pensar que os caras passam quatro anos na faculdade para aprender este tipo de besteira. Todos sabemos que bandido bom é bandido morto. Ou preso... e de preferência à nascença.

Há outro problema. Parece que tem gente nos países desenvolvidos que torce o nariz para a ideia. Os dinamarqueses, finlandeses, luxemburgueses, noruegueses ou suecos, por exemplo, dizem que as pessoas têm boas condições de vida por lá e quase não há crimes. Ainda menos crimes praticados por menores.

Ah... e nós, brasileiros, temos culpa se lá no Primeiro Mundo as crianças nascem todas do bem? Queria ver o que eles iam achar se vivessem aqui, onde só nascem crianças más. Lá as crianças nascem loiras, boas e ricas. Aqui no Brasil não, aqui elas nascem bandidas.

Mas agora isso vai acabar. Aliás, amigo classe média mediana, eu acho mesmo que os cientistas estão a ser pouco ambiciosos. Por que não levar a idade penal ao útero? Porque está cheio de pobre aí que fica pondo filho no mundo... e vai tudo virar bandido.

Anauê!

sábado, 13 de abril de 2013

Você é gay, você é preto, você é...simplesmente é!

POR GABRIELA SCHIEWE
Hoje em dia as pessoas estão rotuladas, não são pessoas são aquilo que as caracteriza. Assim como o achocolatado, perdeu o seu "eu" e o seu rótulo e que lhe denomina, Nescau!

É ridículo chegarmos a este ponto, das pessoas estarem carecterizadas, preta ou branca, gorda ou magra, religioso ou ateu, homo ou hetero e daí, cadê o eu? cadê você?

Estamos vivendo um momento de revolução no Brasil, com pessoas que se dizem devotas a Deus, trazendo a tona a sua ira da forma mais grotesca, simplesmente por alguns que vivem entre nós estar expressando o amor.

Quer dizer que matar, roubar, locupletear pode, amar não? Ou será que Ele, relegaria ao limbo seres por estarem expressando a sua maneira de amar?

Hipocrisia é a palavra de ordem, pois não me venha dizer que você é devoto a Deus enquanto trata pessoas como se fosse um produto podre, que se joga no lixo apenas e tão-somente por não lhe agradar a sua forma de pensar?

E por acaso a sua maneira de pensar agrada a estas pessoas? E por acaso elas estão lhe achincalhando?

Respeite para ser respeitado, deixe cada um "ser" aquilo que deseja, aquilo que lhe faz feliz e expressar o amor da maneira que lhe aprouver, mesmo que essa maneira não seja a que eu tenha como ideal.

Verdade que não concordo com a impactação que está se fazendo no que tange ao homossexualismo, tipo enfiar goela abaixo, entendo que não é por aí, até por que vai de cada um, eu não sou o tipo de pessoa que gosto de expor intimidades como divulgar foto beijando alguém, acho desnecessário.

No entanto, tenho pessoas próximas que adoram! Não gosto, não concordo, mas aceito, seja hetero, homo, transexual o que quiser, impactação e exibicionismo não é o que me agrada.

Mas a questão é a revolução, é a desordem que está se verificando, causando pela exteriorização da ira de pessoas que estão esquecendo o que há de mais básico e puro entre os seres, o amor!

Gente pra que brigar se podemos amar!

Ta, ta, ta e aí o meu papo é sobre esporte, o que tenho que meter o bedelho nessa história?

Realmente, aparentemente o esporte não faz parte desta discussão, visto que pouco, pouquíssimo se conhece esportista homossexual e é aí que reside o problema.

Esportista não pode ser homo, isso afeta diretamente a sua capacidade técnica. Só pode. Ou alguém quer me convencer que não existem váaaaarios atletas que são homossexuais?

Ahhhh ta, eu sou a coelhinha da playboy e não tem gay no esporte!

Evidente que existe homossexualismo no esporte e muito, a questão é o preconceito que rotula a pessoa e, ela sendo homossexual não lhe permite ser o melhor naquilo que está a competir.

Hoje ainda a questão racial se faz demasiadamente presente no esporte, como temos visto de seguido e, até o presente momento, infelizmente, não é "permitido" que as pessoas atletas expressem a sua forma de amor, do contrário não lhe será conveniente ganhar uma medalha de ouro, ser o recordista mundial.

"Dos mais de 10 mil atletas previstos para participar das Olímpiadas 2012, em Londres, vinte são homossexuais assumidos(as). A contagem foi feita pelo site OutSports.com.  Além dos vinte atletas, a lista traz dois atletas paraolímpicos e duas técnicas. Os Jogos começam na próxima sexta-feira, 27 de julho.então acompanhem a listagem e não percam quem são os LGBT assumidos que estarão lá" (informações do site http://www.aligagay.com/2012/07/olimpiadas-de-londres-terao-20-atletas.html#.UWV31bG5fIU que inclusive listas todos estes esportistas.)

Todos temos direito, isso mesmo direito garantido constitucionalmente de sermos quem somos de verdade, expressando nossos credos e amar a quem quisermos e não se pode vilipendiar tais manifestações pelo simples fato de não agradar.


Ninguém é obrigado a gostar de A, B ou C, mas respeitar sempre e não fazer disso a terceira guerra mundial.




sexta-feira, 12 de abril de 2013

Carlito deixou saudades


POR FABIANA A. VIEIRA
Tenho lido em alguns posts na internet que o povo já anda com saudades do Carlito. Muitas dessas publicações vem de simpatizantes do PT, ou mesmo de pessoas que colaboraram de alguma forma no governo ou base aliada, claro, mas quero me referir a outro público, aquele da crítica pela crítica. Para esse público, não importa o que o Carlito fez, tentou fazer, ou não tenha feito: a crítica é quase perseguidora e intransigente.

Acabou que para esses, a culpa é sempre do Carlito. Essa frase já virou até chavão: a culpa é do Carlito. Ora, quando ocupava a cadeira da prefeitura não foram poucas as críticas sobre sua postura, ou a falta de, sobre os problemas da cidade. Até aí acho justo. Talvez o Carlito não tenha utilizado um "antítodo" a tempo, e a moda pegou (leia-se antítodo como comunicação ou mesmo firmeza nas decisões). Não quero falar sobre os erros e acertos do Carlito no governo. Eu, que trabalhei lá, sei que os erros não foram poucos. Acho que olhando pra trás, o Carlito também sabe. Mas sei que houve acertos, e muitos.

O que quero dizer é sobre essa crítica doentia que não cessa. Esses dias estava lendo sobre um manifesto contra o Feliciano e um infeliz fez uma referência que culpava o Carlito e quem tinha trabalhado com ele. Outro dia lia uma publicação sobre a alta do preço do tomate e outra pessoa citou o Carlito, em Joinville. 

Eu acho que essas pessoas estão mesmo é com saudade do Carlito. Saudade porque o Carlito não reage. Daí é fácil bater. É como uma válvula de escape. Você sabe que não terá retorno, daí então pode extravasar todas suas frustrações em uma figura quase caricata. 

Se o Carlito souber utilizar bem essa crítica toda, pode até salvar o que resta da sua imagem. Afinal a crítica nada mais é do que "apreciação minuciosa", segundo o dicionário. Mas falando mesmo em crítica, finalizo com o pensamento de um escritor americano que serve para reflexão não só do Carlito, mas para todo o povo da comunicação política. "O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica". 

Pedalar areja as ideias

POR FELIPE SILVEIRA

Não sei como é não ser um ciclista (não daqueles que usa capacete e participa de provas ou grandes pedaladas). Não sei porque uso a minha zica desde os 12 ou 13 anos, quando ela passou da condição de brinquedo para meio de transporte. Fui e voltei de bike para todos os cursos que fiz e também para quase todos os trabalhos que tive. De uns anos pra cá usei o carro com mais frequência, tanto por necessidade quanto por preguiça.

Essa introdução, um tanto pedante, confesso, tem um objetivo. Como não sei como é a vida sem bicicleta também não me sinto a vontade para dizer: compre uma bicicleta e comece a pedalar. É como tentar convencer um fumante a parar dizendo que é fácil. Não dá pra saber se você não fumou. Pra alguns é relativamente fácil, para outros é impossível.

O que eu posso dizer, no entanto, é que vale a pena tentar. Digo isso porque tive uma experiência parecida com um recomeço nessa semana e acredito que valha a pena compartilhar. Eu já estava há alguns meses sem a magrela, mas comprei uma usada há menos de uma semana e não demorou muito para perceber os benefícios que eu já conhecia, mas que havia esquecido por causa de outro tipo de comodidade que o carro traz.

Pra começar, estou há uma semana sem ligar o carro, o que me traz duas imensas vantagens imediatas. Não gastei gasolina e não peguei nenhum engarrafamento. Sabe aquela fila enorme que você enfrenta na avenida Beira-rio entre seis e sete horas da noite? Eu sou o cara passando de bicicleta pelo lado da pista. E, sem maldade, vocês não sabem como é boa a sensação. Esse é um convite para descobrir.

Outras duas vantagens têm a ver com o corpo e com a cabeça. Em duas pedaladas você já sente a respiração diferente e os músculos das pernas trabalhando. Mas não confunda com câimbras. Além disso, pode dizer adeus para aquela moleza que você sente após um dia todo no escritório e que te obriga a ver a novela, o seriado, o jornal e o programa do Jô antes de desmaiar na cama e acordar atrasado para outro dia de trabalho.

Mas, pra mim, a mudança mais importante é na cabeça. Sabe aquele negócio de ver a vida por outro ângulo? Você faz isso literalmente. O carro é uma prisão e uma armadura. A gente se sente seguro ali para enfrentar o mundo cão, mas, ao mesmo tempo, assustado por ele. Mas eu garanto que o lado de fora é bem mais legal. O ritmo é mais lento e o vento na cara areja as ideias. E, se tem uma coisa que o mundo precisa, é de ideias arejadas.


O King Kong do dinossauro

O mico da semana ficou com o colunista, radialista e apresentador de TV Luiz Veríssimo. E eu não digo jornalista porque jornalismo é outra coisa. O veterano da mídia da província afirmou, no twitter, que não ouviria mais as músicas do “danielao”, em referência a cantora Daniela Mercury, que, recentemente, assumiu a homossexualidade. Patético, pra dizer pouco.

Dias depois, após ouvir reclamações sobre o assunto, inclusive da nossa colega Fernanda Pompermaier, o comunicador afirmou que, na verdade, tentou enviar uma DM (mensagem direta) para alguém, mas a mensagem foi publicada para todos. Enfim, foi mais patético do que já havia sido. Em nenhum momento, porém, Verissimo assumiu o preconceito. Repetiu mais de uma vez que a maioria pensava como ele, como se isso servisse de justificativa, mas admitiu – olhem que bom exemplo – que, vez ou outra, pode ouvir o Canto da Cidade.


Sugestão: achei o texto Pequenos do mundo, boicotem, de Thiago Domecini, publicado no site Nota de Rodapé, inspirador. E tem a ver com o que escrevi aqui hoje. Vamos boicotar esse sistema safado de transporte, a indústria do carro, o Verissimo, os jornais sem vergonha, os bancos...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Uma perseguição policial muito louca

POR ET BARTHES
São seis minutos de perseguição policial que até parece filme. E a polícia precisou mobilizar muitos homens para capturar o motorista infrator, que apenas na fuga deve ter cometido mais de uma dezena de novas infrações. O bom é que você vê como se estivesse num videogame.




Neste cabo de guerra, pode ser a cidade a perder

POR JORDI CASTAN

Você sabe o que é LOT - Lei de Ordenamento Territorial? Sabe o que vai mudar sua rua? Sabe o que vai mudar no seu bairro? Sabe o que vai mudar na sua cidade? Sabe como vai interferir na sua vida? Está à espera de que para inteirar-se?

A LOT  tem se convertido num cabo de guerra. De um lado estão os que querem sua aprovação a qualquer preço (expressão adequada). Do outro estão os que acham que os processos legais devem ser seguidos e que a sociedade tem o direito de saber, através de audiências públicas e de todos os meios disponíveis, como a LOT impactará a sua vida. O que vai mudar na sua rua, no seu bairro e na sua cidade.

A maioria da população ainda não sabe o que vai mudar. E só quando os bate-estacas começarem a cravar as estruturas daquele novo prédio construído no lugar onde até ontem morava uma família é que muitos saberão. Mas será tarde demais e só restará o lamento tardio como único recurso. Este processo de alienação, por um lado, e de alijamento, pelo outro, é muito conveniente para a minoria organizada que quer controlar o processo e tem interesses claros na aprovação desta LOT que aí está. O objetivo é aprovar rapidamente e sem maior debate com a sociedade, que deve ser a maior interessada pois será afetada pelas mudanças propostas.

De pouco servirão as audiências públicas se forem realizadas da forma como tem sido até agora. Ou seja, utilizadas para referendar ou legitimar o que já estava previamente aprovado, sem permitir um debate franco e técnico e sem prever mudanças à proposta apresentada. Realizar audiências públicas requer muito trabalho prévio por parte do poder público, mas principalmente exige uma mudança de atitude daqueles que, por décadas, têm se acostumado a impor, sem precisar ouvir a sociedade.

Sem apresentar os estudos necessários e sem a fundamentação adequada, as audiências públicas têm se convertido numa pantomima. É preciso cumprir todas as exigências da lei. Devem ser apresentados todos os estudos, dados e mapas necessários para que os participantes possam ter a capacidade de decidir sobre o futuro pessoal e o da sua cidade. Apresentar mapas imprecisos, sem as escalas adequadas e sem as informações necessárias é o caminho escolhido para iludir o cidadão, que pouco conhece do linguajar críptico e complexo que alguns técnicos usam - mais para confundir do que para esclarecer.

É preciso evitar que a LOT se converta num cabo de guerra, tendo de um lado especuladores e fundamentalistas do tijolo e do outro parcelas melhor informadas da sociedade organizada. Tudo isso tendo como pano de fundo uma maioria silenciosa alheia ao debate, porque não conhece e não teve acesso aos temas que estão sendo apresentados. Esse deve ser o objetivo dos que acreditam no desafio de construir uma cidade melhor para todos e não para a minoria de sempre.