terça-feira, 6 de novembro de 2012

Um bebê ninja

POR ET BARTHES
Crianças e bichos sempre dão bons filmes virais. E se juntarmos um pouco de artes marciais, melhor ainda. É um vídeo com mais de 7 milhões de visualizações no Youtube.


As profecias da “Mãe Dinah do Cachoeira”

POR JORDI CASTAN

Passada a emoção da eleição, fica o rescaldo. Há vencedores e há vencidos. No meio de tantas expectativas, pesquisas, vaticínios e comentários devemos destacar a feita na coluna semanal do prestigioso e prestigiado radialista e formador de opinião Beto Gebaili, na edição do dia 26 de outubro do Jornal da Cidade, que reproduzimos no final do texto e está disponível na internet no link Jornal da Cidade.

Uma surpresa para mim - e imagino que para a maioria dos leitores -  foi a sua capacidade para a adivinhação. As suas profecias exigem uma equiparação aos gênios da quiromancia, da astrologia e, me atrevo a dizer, a alguns dos nossos maiores economistas.  Beto Gebaili profetizou, dois dias antes o resultado das eleições municipais de Joinville, que o grande derrotado seria o candidato Udo Dohler. Não andou com meias palavras (aliás, nunca foi homem de meias palavras). Me permito colocar entre aspas algumas das frases pinçadas do seu texto, inclusive com o objetivo de poupar os leitores do Chuva Ácida de terem que enfrentar a leitura do texto original na sua totalidade.

- “Chega a ser um acinte a inteligência dos joinvilenses querer achar que com a renuncia do próprio salário, conseguirão mudar alguma coisa no resultado da eleição que acontecerá neste domingo 28 de outubro, revertendo o quadro, hoje, totalmente favorável ao candidato Kennedy Nunes (PSD)”

- “Foi o ato de menor inteligência estratégica- eleitoral que já tive oportunidade de ver na minha vida como radialista e formador de opinião.”

- “Cleonir Branco... não conseguia disfarçar o nervosismo e a tensão após um anuncio com grande teor de falta de massa cerebral, dado por quem, justamente é tido como grande líder empresarial!!!”

- “Os assessores do candidato do PMDB (Udo Dohler)...totalmente despreparados em como conseguirem resolver os problemas de rejeição aqui na região...em um ato de completa, temida e eminente derrota nas urnas...”

Aproveito o espaço e o momento para pedir adicional de insalubridade, porque ter que ler determinados textos, por dever de ofício e em prol dos nossos leitores, representa um risco elevado a saúde física e mental deste blogueiro.

Surpreendentemente, a profecia da nossa Mãe Dinah acabou não se cumprindo e o candidato Udo Dohler foi eleito por 55% dos votos válidos, contra todas as previsões. Independente do resultado das urnas contradizer os vaticínios deste "Oráculo do Cachoeira", acho sim que esta capacidade de adivinhação que o Beto Gebaili tem desenvolvido deve ser melhor aproveitada. Quem sabe na próxima semana, na sua coluna no Jornal da Cidade, ele informe os números da Megassena e faça novos milionários em Joinville.

Ou, quem sabe, na condição de adivinhador geral do paço municipal, consegue aumentar significativamente o orçamento municipal. É só fazer com que, a cada semana, o secretário da Fazenda coloque as suas economias na aposta ganhadora no jogo do bicho, na Loto, na Trimania, na Quina, em qualquer um dos jogos de azar a que o brasileiro é tão aficionado. Não faltará dinheiro em caixa para o novo prefeito para tocar obras, reformar prédios públicos e enfrentar os grandes desafios que Joinville tem.

Beto Gebaili uma vez mais, revela um potencial maior que aquele que aparenta. E mostra um desprendimento digno de elogio ao compartir com todos: os seus dotes de adivinhador. Deverá agora estar preparado para ser constantemente confrontado na rua e nos requintados ambientes que frequenta para que informe as dezenas sorteadas, quem ganhará a Sulamericana ou a final da UEFA Champions League, a próxima maratona e qualquer outro evento passível de receber apostas. Deverá com sacrifício conviver com este dom.

Em tempo: Nada me causa mais dor que ver talento desaproveitado. Quando alguém tem capacidade para mais e não consegue aproveitar todo o seu potencial, acho que a sociedade toda está perdendo. Se vemos a sociedade como a soma dos seus indivíduos, quanto melhor sejamos todos, melhor seremos como coletivo. Neste espaço já me manifestei oportunamente no post "Gebaili é o cara", quando defendi que o radialista Beto Gebaili tinha potencial para muito mais que para ser vereador de Joinville: clarividência, sabedoria e principalmente uma verborrágica oratória que o fazem merecedor de enfrentar desafios maiores. E não podemos nos conformar com menos que vê-lo na Assembleia Legislativa, talvez  na Câmara dos Deputados ou, quem sabe, inclusive promovido a ministro de estado.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Santo Padim!


Lamber botas é profissão?


JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Um dia destes tive uma troca de impressões interessante com um leitor. O argumento era de que eu estava a cometer uma injustiça ao usar a expressão “teta pública”. Porque fica a parecer que todas as pessoas no serviço público só querem ficar à sombra da bananeira. E reiterou: tem muita gente que, apesar de ocupar cargos por indicação política, é competente e trabalha duro.

Ok... para que não restem dúvidas, vou esclarecer o meu ponto de vista. Quando falo em gente que mama na teta pública é uma referência a pessoas que, por indicação política, ocupam cargos para os quais não estão minimamente qualificadas. Ora, se uma pessoa tem as qualificações necessárias, nada a dizer.

Não vou citar nomes, mas o pessoal mais atento provavelmente conhece alguém que ao longo dos tempos tem conseguido viver desse expediente. Entra governo, sai governo e os caras sempre conseguem uma boquinha, mesmo que em cargos menos importantes. E sem qualificação suficiente para a iniciativa privada, acabam virando dependentes de empregos públicos.

Nestas últimas eleições deu para acompanhar alguns casos. Mas em especial o de um tipo que quase sempre conseguiu se manter enquistado na administração pública. Aliás, para que tenham a noção da qualidade profissional do sujeito, é suficiente dizer que é como ter um cego a arbitrar um jogo de futebol.

Eis a história. Ainda só havia pré-candidatos e o cara manifestava publicamente o apoio a um nome. Mas aí a candidatura não evoluiu e, ao mesmo tempo, Marco Tebaldi surgiu como candidato. Foi o que bastou para o tipo declarar o seu apoio incondicional ao deputado que, claro, liderava as pesquisas.

Mas a casa caiu para Tebaldi logo no primeiro turno. O sujeito nem pestanejou. No dia seguinte, para ele Kennedy Nunes, que também aparecia a liderar as pesquisas, era o melhor candidato do mundo. Com a vitória tida como certa, lembro de ter visto o cara bater forte e feio em Udo Dohler, usando uma adjetivação nada simpática.

Diz o ditado que quando neguinho está de azar, urubu de baixo caga no urubu de cima. E não deu outra: a inesperada virada de Udo Dohler deixou o sujeito numa saia justíssima. O que ele fez, então? O de sempre. Passados poucos dias, já tenho visto, aqui e acolá, o tipo a insinuar que, afinal, Udo Dohler não é assim tão mal. Sentiram?

É esse o meu ponto de vista. Há uns sujeitos que sempre conseguem manter um lugarzinho, mesmo que para isso tenham que se humilhar e lamber botas. E não duvido que neste exato momento o tal sujeito já esteja a telefonar para pessoas conhecidas ou a enviar e-mails a pedir emprego. É essa a minha posição:  a administração pública precisa se livrar desses sujeitos.

Há pessoas que não têm espinha dorsal. Porque fica mais fácil se dobrar para lamber botas.

sábado, 3 de novembro de 2012

Um pouco de delicadeza, por favor!


POR REJANE GAMBIN

Passado o furor eleitoral, que mais uma vez deixou ganhadores, perdedores e “viúvas e órfãos”, penso que já é hora de voltarmos a pensar na nossa vã existência!

Digo isso porque tenho observado, já há algum tempo, e também durante a campanha eleitoral, como estamos embrutecidos. E não é só por conta dos crimes que todos os dias vemos nas páginas de jornais e sites de notícias. É só observar: em casa, no trabalho ou até quando estamos a passeio por aí, temos e vemos momentos de pura grosseria! E aí você que lê esse texto vai dizer que estou exagerando. Certo?

Errado!

Vamos aos fatos. Um dia desses vi um pai que ficou falando sozinho, depois que a filha desligou o telefone na cara dele. E não foi por nenhum absurdo não, apenas uma pequena chamada de atenção. Aliás, que eu saiba faz parte da missão de um pai orientar os filhos! Vi também, outro dia desses, um vizinho que ao passar pela porta do prédio, na minha frente, sequer pensou um segundo em segurá-la para que eu também passasse. Acabei quase atropelada pela porta!!rsrs
E nas filas, hein? Ah... as filas. Vejo por aí jovenzinhos tentando apressar o passo na porta da lotérica ou banco para chegar no caixa antes do velhinho que vem com passos lentos.

Ah... e ainda tem o “por favor”, o “muito obrigada” e o “com licença” que parecem nem existir mais que para uma maioria. Sem falar no que vemos no trânsito, andando pelas ruas da cidade... Feio né? Mais ainda para uma civilização que se diz evoluída e preparada inclusive, para até quem sabe, habitar outros planetas.

Em meio a tudo isso, sempre lembro do exemplo de um homem que não tive o prazer de conhecer pessoalmente: o Profeta Gentileza! Para quem não sabe, Profeta Gentileza ou José Agradecido (nome verdadeiro dele) viveu no Rio de Janeiro e ficou conhecido por pregar o amor, a paz e a gentileza. Foi ele que escreveu as frases que ficaram famosas em viadutos e paredes da cidade maravilhosa. Entre elas, uma que me encanta em especial e que rege a minha vida: gentileza gera gentileza!

Tento todos os dias ser gentil, e até quando me canso, respiro fundo e penso nessa frase. Afinal, acredito firmemente que “o plantio é livre, a colheita obrigatória”! Então, como dizia o Profeta, realmente gentileza vai gerar mais gentileza.
Que tal a gente pensar nisso!?

E a propósito, só a título de curiosidade: Não sou apenas eu que admiro o Profeta Gentileza. Ele virou nome de praça no Rio de Janeiro, a vida dele se tornou filme, livro e tese em faculdades, e também a Escola de Samba Grande Rio, através de Joãozinho Trinta, fez do Profeta Gentileza enredo do carnaval de 2001.

Ah... e ainda tem Marisa Monte que homenageou o Profeta Gentileza com uma música. Quer ouvir!? Por gentileza... fique a vontade!


Clássico catarinense: como a arbitragem vai decidir?

ARBITRAGEM - Darth Vader é de outro mundo e sua luta é implacável. Assim como a arbitragem brasileira que, regida por forças extracampo, tem afetado diretamente os resultados, tanto da série A como da série B.

Mas não vamos nos gabar desta capacidade interplanetária de nossos árbitros. No jogo Manchester x Chelsea, lá também, Darth Vader autou com suas forças "magnéticas".

Como foi amplamente noticiado pela mídia, o STJD colocou um asterisco na tabela do Brasileirão, que na prática se trata de um ato formal para apuração dos fatos e que, como já previu o Procurador do Tribunal, dificilmente algo será modificado pois tudo ocorreu nos ditames legais. E o Palmeiras vai continuar no buraco e o colorado terá os seus pontos "liberados".

CLÁSSICO - O Tricolor dá uma descidinha no mapa para encarar o temido Criciúma na sua casa. Tarefa muito difícil para o nosso JEC, que hoje se encontra a 9 pontos do 4º colocado e havendo só mais 5 rodadas (incluindo esse jogo).

Esperemos que esse jogo hoje, que realizar-se-á as 16:20 horas, não seja atrapalhado pela arbitragem e apenas o melhor futebol impere, se é que podemos esperar isso do Joinville.

Mas, por mais difícil que seja, mesmo assim temos que continuar acreditando enquanto for possível.

FUTSAL - Brasil estreiou vencendo o Japão mas perdendo seu mais importante jogador. E, após a matéria de recuperação e força de vontade do craque Valdin, agora Falcão passa por um momento delicado e de total indecisão.

A Seleção, mesmo vendo o seu principal atleta lesionado no banco, desenvolveu um bom jogo que apareceu de maneira mais assuntosa no segundo tempo. Amanhã será o segundo jogo e continuaremos na torcida pela luta de mais um título.

Falando em futsal, o nosso Krona está bem "malecho". Apagão? Falta de vontade pelo teor da competição? A verdade é que o jogo que a equipe vem apresentando está pífio, refletindo diretamente nos últimos resultados. O que ficou evidente, na equipe sub-20 que, apesar do empate que não lhe levou à final do Campeonato Estadual, fez um jogo parelho com Jaraguá.

Que na fase final agora, enfrentando o Concórdia na semi-final, o time principal faça valer o investimento do seu gestor e o apoio irretocável da sua torcida fiel.

NO CHUVEIRINHO - Absurdo, lamentável, nojento ver que o velódromo que foi construído para o Pan Rio-2007, ao custo de R$ 14 milhões, será desmontado por estar fora das exigências mundiais e será construído um novo para as Olimpíadas Rio-2016 pela bagatela de R$ 134 milhões. É piada. Governo Federal rasgando o nosso dinheiro.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Darth Vader no mundo da fantasia...

POR ET BARTHES
A Disney ficou os direitos do Star Wars. Os fãs da série torceram o nariz para o acordo. Mas a mistura parece já ter começado. Certo, Darth Vader?


Invista na felicidade

POR GUILHERME GASSENFERTH

Na cordilheira do Himalaia, entre a China e a Índia, existe um pequeno país de 700 mil habitantes chamado Butão. Em 1972 o soberano daquele país, rei Jigme Wangchuck, decidiu que não fazia sentido para eles avaliar seu pequeno reino sob a ótica do Produto Interno Bruto, e decidiu inverter a lógica usando um nome similar: Felicidade Interna Bruta, ou FIB. O rei entendeu que para seus habitantes, tidos como o povo mais feliz do mundo, o que importava não era crescimento econômico ou riqueza, mas tão somente a felicidade.

Para poder quantificar o FIB, o rei Jigme desenvolveu o conceito e dividiu-o em quatro pilares: desenvolvimento socioeconômico sustentável e igualitário, preservação dos valores culturais, conservação do meio-ambiente natural e estabelecimento de uma boa governança. O rei asseverou que a observância destes pilares levaria o Butão a ser um país ainda mais feliz.

O que pode parecer um devaneio de um pequeno monarca asiático já é, na verdade, uma realidade, em países e mesmo em empresas. O FIB é medido (e levado a sério) em países desenvolvidos da Europa, como a Inglaterra, além de diversas organizações. Por que sua empresa deveria ficar de fora?
Em setembro, foram colocados vários outdoors pela cidade com uma frase: “felicidade dá resultado”. A afirmação foi patrocinada por uma empresa joinvilense, que passou a figurar na lista das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil segundo a revista Você S/A. O outdoor mostra uma tendência nas organizações: a busca da felicidade.

Um dos motivos para se buscar a felicidade entre os colaboradores da empresa é a ideia de sustentabilidade. Imagine-se o contrassenso que não seria uma empresa que constrói uma escola na África ou resolve preservar a Amazônia enquanto estabelece horários para o colaborador usar o banheiro e submete-o a pressão desumana. A sustentabilidade (e, em muitos casos, o respeito à dignidade humana) deve ser compreendida como um todo, mas deve iniciar principalmente dentro da própria organização.

Outra razão que justifica a atenção à felicidade é a melhoria da produtividade. Estudos conduzidos pelo professor Shawn Achor, em Harvard, demonstram que o cérebro de pessoas felizes desenvolve-se até 31% a mais que o de um indivíduo comum. E uma pesquisa da revista britânica Management Today revelou que pessoas infelizes produzem 40% menos.

Quando falamos de mais produtividade, estamos falando de produzir mais com os mesmos recursos, ou seja, mais lucro. É uma conta simples. Qualquer colaborador feliz trabalha melhor, rende mais, falta menos no trabalho, adoece menos, troca menos de emprego. Rendimento, assiduidade, turnover¸ saúde: estes são aspectos que usualmente representam uma dor de cabeça para quem administra uma equipe. A felicidade corporativa chega como uma aspirina para estes líderes.

Embora subjetiva, a felicidade nas empresas é muito fácil de ser trabalhada. Geralmente, não é preciso fazer grandes investimentos: basta que as empresas alterem alguns processos e procedimentos e repensem o trabalho para começarem a colher os primeiros frutos.

O assunto é uma novidade, pelo menos no ambiente corporativo. Poucas empresas medem e buscam melhorar seus índices de felicidade corporativa ou sua Felicidade Interna Bruta. As que já começaram a fazer estão, com o perdão do trocadilho, muito felizes com os resultados.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Udo Dohler vai dar um murro na mesa?


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
A frase é muito repetida em política: a vitória tem muitos pais, a derrota é sempre órfã. E parece que no caso da vitória de Udo Dohler a paternidade anda bastante dividida. Há uma óbvia vitória pessoal do candidato. Mas também tem gente a falar na vitória de Luiz Henrique. Outros reivindicam uma vitória do PMDB. E os opositores, claro, apontam uma vitória das oligarquias. Tem para todos os gostos.

Esse vício de contar armas é coisa da velha política de Joinville. Quem ganhou, quem perdeu, quem vai ficar com o butim. O problema é que quase ninguém discutiu o essencial: em democracia a vitória só pode ser do eleitor. Udo Dohler conquistou o mandato, mas o mandante é o cidadão joinvilense. O futuro prefeito terá que responder ao cidadão e, ao mesmo tempo, definir o papel que quer ter na história da cidade.

Dito isto, não restam dúvidas de que a primeira decisão do prefeito eleito terá que ser uma escolha de base: optar por um projeto de governo ou por um projeto de poder. E é aí que o bacorinho torce o rabo. Todos sabemos que Udo Dohler entrou para o quadro eleitoral nas vestes de gestor de empresas. Mas as relações políticas estabelecidas nesse processo obviamente vão deixá-lo refém de interesses partidários.

Há coisas que nunca mudaram ao longo de décadas: para os partidos da velha política joinvilense, a conquista do poder nada mais é do que o assalto ao aparelho da administração pública (vide cargos e posições). E é evidente que o PMDB e demais aliados vão atuar no sentido de empurrar Udo Dohler para um projeto de poder. Porque é disso que os partidos sobrevivem.

Mas há o reverso da medalha. O que o cidadão espera do novo prefeito? Ora, que ele trabalhe para resolver os problemas da cidade e não os problemas dos partidos. Tem muita gente a se indagar se Udo Dohler terá pulso suficiente para dar um murro na mesa e dizer que é ele quem manda. Ou seja, fazer uma opção clara por um projeto de governo (o que, claro, não exclui os partidos aliados). Mas é isso que os joinvilenses esperam.

E uma coisa é certa. Um percentual bastante expressivo dos eleitores de Udo Dohler espera um governo profissionalizado, com pouca politicagem. Mas a relação com os partidos aliados – e não vamos esquecer também a necessidade de negociar com a Câmara de Vereadores – vai exigir concessões. E de concessão em concessão, o prefeito corre o risco de fazer uma administração que, no final, acabe parecendo mais do mesmo.

Eis as opções: dar o murro na mesa e fazer um governo com pouca politicagem ou se deixar devorar pela voracidade dos partidos políticos. Esse é o primeiro e talvez principal dossier sobre a mesa de Udo Dohler.

P.S.1.: Sobre as eleições. Luiz Henrique da Silveira deve ter dado boas gargalhadas no segundo turno. Aposto que nem ele sabia que era tão poderoso quanto os seus opositores pintaram. A oposição tanto insistiu no seu nome que o tiro saiu pela culatra: retiraram o senador do seu ocaso e recriaram o mito de raposa política.

P.S.2.: Para quem estiver interessando na discussão do tema Udo Dohler-PMDB, recomendo a leitura deste texto escrito em janeiro. Reli e parece que continua valendo.