quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Um olhar sobre a gestão Udo Dohler

POR RAFAEL J. NOGUEIRA
Lembro-me bem era as eleições de 2012. Depois dos quatros anos ruins e decepcionantes do governo Carlito Merss, estava claro que o PT tinha perdido a única chance de se consolidar como opção política em Joinville. Ficava nítido que o PT tinha tido a primeira e a última chance em nossa cidade e nunca mais voltaria ao poder. A cidade estava frustrada por ter acreditado em Carlito e se via perdida sem opções para eleger o seu prefeito para os próximos quatro anos. Nesse contexto, surge o mito “gestor outside da política” corporificada na figura de Udo Dohler.

A receita publicitária para angariar apoio popular era a seguinte: vender a imagem de um empresário conhecido e identificado com Joinville, que se coloca como “fora” (outside) da carreira política e desta forma não coadunaria com os vícios políticos dos parlamentares profissionais. Ainda não pode se deixar de destacar a suposta capacidade administrativa, que tinha sua empresa como prova incontestável de sucesso e atestado de qualidade da sua capacidade gestora. Para não restar dúvidas de tudo isso, Udo contava com o apoio de Luiz Henrique da Silveira, que possuía muito prestígio junto ao eleitorado joinvilense. Era a prova final, se o LHS estava apoiando Udo é por que ele seria sem dúvida o candidato certo, não haveria erro.

Existia um problema. Udo nunca tinha sido carismático apesar de ser famoso na cidade e não seria em alguns meses que ele iria conseguir isso. Acontece que o carisma é qualidade fundamental para qualquer político obter sucesso na sua carreira. O problema aumentava por que os outros candidatos possuíam carisma, em maior ou menor grau, mas ainda sim dispunham dele. O que fazer então?

Simples, criar um slogan que resumisse todas as outras qualidades de Udo somado a uma empresa de publicidade para ensinar Udo a ser político. Ficou mais ou menos assim o slogan: “Não falta dinheiro, falta gestão”. O resto a empresa contratada para tratar da imagem de Udo faria. A falta de verbas então seria só conversa fiada do prefeito anterior e todos os seus predecessores, o ponto que eles falhavam era a tal da gestão. Eles seriam políticos e não administradores. Faltava-lhes o tato para planejar e executar ações para o bem da cidade. Diferente era o caso de Udo que tinha de sobra essa habilidade de administrar e garantir o progresso de Joinville.

Nessa direção o eleitor joinvilense se via sem muitas opções seguras e viáveis para alguma mudança no quadro executivo joinvilense. As opções eram essas: Carlito Merss, Leonel Camasão, Marco Tebaldi, Kennedy Nunes e o próprio Udo Dohler. Carlito tinha tido um péssimo governo; Camasão vinha de um partido sem muita força política e não passava segurança por sua juventude; Tebaldi tinha contra denúncias de corrupção. O que sobrava era Kennedy e Udo. O resultado final do primeiro turno refletiu essa concepção, com Kennedy em primeiro e Udo em segundo. Foi de certa forma uma surpresa já na sua primeira eleição terminar em segundo e conseguir ir para o segundo turno, apesar dos motivos que apontei. Como sabemos no segundo turno houve a virada e Udo se elegeu como prefeito.

Passado o primeiro governo o joinvilense teve que descobrir a duras penas que quando não falta dinheiro, falta gestão. O Jordi no seu artigo (aqui) publicado em 2015, aqui no Chuva Ácida, fala que caso tivéssemos um Código de Defesa do Eleitor, sem sombra de dúvida o joinvilense ia pedir o seu voto de volta.

Dizem as más línguas que o Udo Dohler está almejando o Senado Federal nas próximas eleições. Parece que o tempo está mostrando que o gestor não passa de mais um político com discurso de diferenciado.s

6 comentários:

  1. QUEM SERÁ O PRÓXIMO?
    o que NÓS vamos cobrar ?
    Quantas mentiras e falácias NÓS vamos engolir?
    Quantas perguntas NÓS vamos fazer?
    Quantos compromissos NÓS vamos impor?
    .....
    QUEM SERÁ O PRÓXIMO?

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  2. Meu foi catastrofes politica em nossa cidade, o mesmo que ganhou eleição não saiu da casca do ovo, continua incubando, ou sendo incubado, não saiu do gabinete, os problemas estão aumentando e até agora solução nada, quem administra sua empresa conselho e não podemos falar que toma grande decisões, e nem vamos água de Joi, porque se continua estiagem será mais tiro no pé, e nossa cidade entrará no colapso.

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  3. Que análise vc fez da gestão mesmo?

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  4. Qual a diferença dessa atual “administração” para a de Carlito? A de Carlito era incompetente e nula. Essa é incompetente, nula, mas pior: mal intencionada. O objetivo é claro, sucatear todo o serviço público e eliminá-lo. Contraditoriamente, com apoio do povo que utiliza e precisa dos serviços escolares e de saúde, mas ignorantemente e invejosamente despreza o funcionalismo. Analfabetismo político da cidade. Ele é o espelho de uma sociedade estúpida que vota em partido. Se as eleições fossem hoje, não se duvida que ganharia novamente. Das tradições alemãs progressistas, orgulhosamente exibidas nas cidades vizinhas, esse Cônsul da Alemanha no Brasil é um retrógrado mesquinho, sem visão, um desprezado e incapaz. E agora prova isso para toda a cidade e estado. Quais seriam os lucros?

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  5. A gestão do Carlito foi ruim? Então porque LHS se empenhou tanto em impugnar a candidatura e distribuir notícias falsas na véspera da eleição.

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    1. Pra fazer a manada pensar que a administração Carlito tivesse sido ruim....e conseguiu.

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