POR RAFAEL JOSÉ NOGUEIRA
A cidade da (o)rdem está
melhor do que nunca. Confesso que nas últimas
semanas a Manchester Catarinense tem sido movimentada, ao menos pra mim. No
final de dezembro de 2015 tive conhecimento de uma decisão de Junho, proibindo adolescentes menores de 16 anos de freqüentarem o shopping
Mueller sem a presença dos pais ou responsáveis nas sextas, sábados e domingos.
No seu parecer, o promotor argumentava sobre a localização do shopping perto do terminal central. Segundo ele, “facilitadora” para a “invasão” destes adolescentes. Como resolver agora a questão? Simples, aumentar o preço do ônibus. Pronto agora os preços iriam desestimular as “invasões”. E tem gente que reclama da gestón do Udão.
No seu parecer, o promotor argumentava sobre a localização do shopping perto do terminal central. Segundo ele, “facilitadora” para a “invasão” destes adolescentes. Como resolver agora a questão? Simples, aumentar o preço do ônibus. Pronto agora os preços iriam desestimular as “invasões”. E tem gente que reclama da gestón do Udão.
Mas restava ainda uma alternativa para esses
adolescentes, sobretudo os da Zona Sul: migrar para o shopping Garten na zona
norte. Novamente como proceder? É fácil. Só cortar a linha Norte-sul aos
domingos, rota que ligava o terminal sul ao terminal norte. Ainda dá para ir sexta e
sábado. Até quando, não sabemos. Na Cidade dos Príncipes nada é por acaso, tudo
está interligado.
Engana-se quem acha que o poder não está agindo nos bastidores da nossa querida Joinville. Um dia destes, quando abri jornal, dei de cara com uma declaração do presidente da Acij (Associação Comercial e Industrial de Joinville), João Martinelli, em relação ao aumento da passagem. Para ele, o aumento da passagem de ônibus está em contradição com a redução dos custos “que todos estão empenhados”.
Todos? Esqueceram de avisar, para as duas famílias que mandam no transporte, que é privado e pelo andar das coisas está longe de ser um público um dia. Diz ainda João Martinelli, para a nossa alegria, que o aumento da passagem reduziu o número de usuários.
Ele foi bem. Argumentou sobre o impacto do aumento na população mais carente em Joinville, fazendo diminuir seu acesso a este direito, o do transporte coletivo. Um representante da Acij em favor da população? Não tenho dúvidas, Joinville é demais.
Diante disso tudo, como não gostar da Cidade das Flores? Todos os nossos problemas se resolvem de forma rápida e sem dificuldade.Não é à-toa o título de segunda melhor cidade para se viver no Brasil. De quebra temos uma gestón de tirar o chapéu. Aproveitando a deixa, se alguém tiver um passe para vender por dois reais estou aceitando...
Engana-se quem acha que o poder não está agindo nos bastidores da nossa querida Joinville. Um dia destes, quando abri jornal, dei de cara com uma declaração do presidente da Acij (Associação Comercial e Industrial de Joinville), João Martinelli, em relação ao aumento da passagem. Para ele, o aumento da passagem de ônibus está em contradição com a redução dos custos “que todos estão empenhados”.
Todos? Esqueceram de avisar, para as duas famílias que mandam no transporte, que é privado e pelo andar das coisas está longe de ser um público um dia. Diz ainda João Martinelli, para a nossa alegria, que o aumento da passagem reduziu o número de usuários.
Ele foi bem. Argumentou sobre o impacto do aumento na população mais carente em Joinville, fazendo diminuir seu acesso a este direito, o do transporte coletivo. Um representante da Acij em favor da população? Não tenho dúvidas, Joinville é demais.
Diante disso tudo, como não gostar da Cidade das Flores? Todos os nossos problemas se resolvem de forma rápida e sem dificuldade.Não é à-toa o título de segunda melhor cidade para se viver no Brasil. De quebra temos uma gestón de tirar o chapéu. Aproveitando a deixa, se alguém tiver um passe para vender por dois reais estou aceitando...
Quanta criatividade. Quanta imaginação.
ResponderExcluirPegue um suposto impedimento sobre menores de 16 anos de frequentar sem a presença de um adulto o shopping Muller (?) e adicione a impossibilidade do pobre, por conta do aumento da passagem, usar o transporte público para atravessar a cidade e chegar no shopping Garten (?), daí misture toda essa bobagem e intitule-a de “Pobre não entra”.
Mas antes não esqueça de ignorar: 1) o fato de uma criança de 3 anos sozinha no shopping Muller (?) põe em risco a vida dela; 2) o trabalhador e o estudante (supostamente pobres!) têm subsídios no uso diário do transporte público para os seus fins, e não há muita coisa que um pobre desempregado (ou um rico) pode fazer todos os dias dentro de um shopping center.
Discordo que Joinville seja a segunda melhor cidade do Brasil para se viver: é a primeira! Qual outra cidade do Brasil te oferece tantos empregos de operário com salário de R$ 1.200,00 por mês e está localizada entre Curitiba e Florianópolis além de Bal. Camboriú?
ResponderExcluirOlha, essa história de melhor cidade é para quem nunca saiu além de Pirabeiraba. Ano passado a Tupy de SP fechou 300 vagas por lá e transferiu o setor para Joinville, sabe porque? Os salários de lá eram de 1800 Reais para o mesmo cargo que por aqui é de 1200 Reais!!! Aqui qualquer salarinho satisfaz a alienação da população!
ExcluirHá muito tempo eu trabalhei numa grande empresa da área de informática de Joinville. Nas viagens que fazia principalmente pelo estado de São Paulo, muitas vezes me perguntaram porque a empresa não se instalava em São Paulo e eu sempre respondia o que todos sabíamos: porque aqui a mão de obra é mais barata e também qualificada.
ExcluirNa minha Géston eu ... eu ... eu quérro mais que poobre si exploda...
ResponderExcluirabç du grego