sábado, 31 de março de 2012

Alô Joinville, cidade das bicicletas (???)

POR GERALDO CAMPESTRINI

Estive em uma palestra proferida pelo prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi, que tem uma visão totalmente diferente da grande maioria dos políticos brasileiros. O que mais chamou a atenção na palestra do prefeito foi a imensa malha cicloviária instalada na cidade (para ficar apenas em um exemplo, que atinge o "coração" da intitulada "Cidade das Bicicletas"). O vídeo do Youtube postado abaixo do texto demonstra isto.

Vejam, meus caros conterrâneos, que não são aquelas "tartarugas" mandrakes colocadas no asfalto, do lado da rua, que só atrapalham o fluxo de veículos e não protegem em nada o ciclista. São ciclovias de verdade (na realidade, 92 km de ciclovias DECENTES, que devem chegar a 120 km até o fim deste ano). As ciclovias são ainda integradas com o transporte público!

Ah, para completar nosso lamento de gestão pública dos últimos sei lá quantos anos: existem praças em Sorocaba que alagavam, por conta do rio que passa ao lado. Pois bem, o rio foi totalmente despoluído (mais um item na comparação), tornando-se um bem para a população. Em áreas específicas de alagamento, foram criados Parques Reversos: no período de cheias, o parque serve para atender o rio; nos períodos de seca, atende a população. Evita, portanto, as situações de calamidade que vivenciamos diuturnamente e que aconteciam com certa frequência também nesta cidade do interior de SP.

Enfim, o referido prefeito falou muito em planejamento de maneira holística e integrada. Ele teve a 2ª maior votação proporcional do Brasil na última eleição municipal, provando que, pelas suas palavras: "AS PESSOAS GOSTAM DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO".

Colegas de Joinville! Mesmo que eu esteja à distância, seria legal reforçarmos este debate, ainda mais em ano de eleição. Tenho a apresentação completa, que pode ajudar também na argumentação de colegas da área de Educação Física.

A mensagem final é: "Será que podemos tornar Joinville mais inteligente sob o ponto de vista da saúde e da sustentabilidade?”



Geraldo Campestrini, joinvilense vivendo no Rio, é bacharel em ciência do esporte e trabalha com gestão do esporte.

O candidato da Páscoa e ainda as palmeiras


Há os que gostam de ditaduras

POR ET BARTHES
Tem gente que gosta de ditaduras. Stalin gostava. Hitler gostava. Idi Amin gostava. Pol Pot gostava. Franco gostava. Salazar gostava. Ferdinand Marcos gostava. Ceausescu gostava. Os milicos brasileiros de 64 gostavam. E como gosto não se discute, o nosso amigo aí do vídeo também gosta de ditaduras e até faz sucesso com um certo tipo de público. E você, sente saudades da ditadura? 







sexta-feira, 30 de março de 2012

Cão Tarado


Marcelo Rezende x Mundial: a guerra

Sem palavras.



O consumidor prefere produtos sustentáveis?

POR GUILHERME GASSENFERTH

Nesta semana a revista Época Negócios divulgou uma notícia que me encheu de alegria. A reportagem informa que 74% dos brasileiros estão dispostos a comprar produtos de empresas com ações e programas de sustentabilidade, segundo uma pesquisa produzida pela Nielsen e enviada em exclusividade àquela revista. O levantamento foi feito pela internet em 2011, com 28 mil consumidores de vários países.

Esta informação traz à tona diversos pensamentos, sobre o assunto e sobre a metodologia utilizada.

A pesquisa foi feita pela internet. Assim, um pequeno estrato da população brasileira foi analisado. É claro que a maior parte dos brasileiros hoje tem acesso à internet, mas uma parcela significativa só acessa e-mail ou redes sociais. Parece-me que esta pesquisa foi feita justamente entre um grupo mais bem informado e, provavelmente, mais consciente.  Isto não invalida a pesquisa, mas reduz a possibilidade de analisarmos o comportamento “do consumidor brasileiro” como um todo. Em verdade, estaremos analisando o comportamento apenas do “consumidor brasileiro com amplo acesso à internet e que a utiliza para obter informações”. Tal distinção afunila bastante a fatia de brasileiros em questão.

Outras duas perguntas deixadas de lado na pesquisa (ou na cobertura da reportagem) referem-se ao comportamento do consumidor. “Você está disposto a pagar um preço um pouco maior para adquirir produtos de empresas com programas sustentáveis?” Empresas que não se preocupam com o consumidor, a sociedade e o meio-ambiente geralmente conseguem produzir com custos reduzidos, e seus produtos acabam por custar menos para o comprador final.

Outro questionamento: “Você pesquisa os programas, projetos e ações das empresas em sustentabilidade e responsabilidade social?” Se três quartos dos consumidores estão dispostos a comprar produtos com o apelo da sustentabilidade mas não pesquisarem a veracidade das informações dos rótulos, o risco de serem enganados é grande. Há um crescente índice de empresas descambando para o “greenwashing”, ou seja, o verniz verde, que consiste em dar uma roupagem ecológica ou socialmente justa a um produto ou serviço, mas que fica só na cara do produto.

No entanto, declaro-me satisfeito e feliz. 74% é um bom índice, embora menor que a média latino-americana. Representa que as empresas devem adequar sua gestão à observância de conceitos como sustentabilidade e responsabilidade social. É uma questão de competitividade e precisa começar a ser pensada desde já. Chegará um tempo que os 74% responderão sim às duas perguntas propostas nos parágrafos anteriores e quem estiver preparado lucrará.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Universal x Mundial: a guerra (de bugios)


O material é editorializado. Mas, como diz o ditado, "zangam-se as comadres e sabem-se as verdades".  De fato, é uma guerra de bugio... uns atiram excrementos nos outros.




Pobre cidade rica


POR JORDI CASTAN

Vivemos numa pobre cidade rica e pagamos um alto preço por isso. 

De tanto escutar que a prefeitura não tem dinheiro para nada, que nenhuma obra pública importante pode ser levada adiante pela falta de recursos para fazer as desapropriações necessárias, que a capacidade de endividamento da nossa cidade esta comprometida, confesso que quase acreditei.

Cada vez que o prefeito começava com a cantilena, a minha primeira iniciativa era pôr a mão no bolso e ver se tinha uns trocados para oferecer. Porque é quase um discurso de pedinte, daquele que não tem mais crédito e ficou sem dinheiro até para comprar o pão e o leite. Situação constrangedora para a cidade que insiste em se apresentar como a maior de Santa Catarina, a terceira maior economia do sul do Brasil, a Manchester Catarinense e por aí afora. Bater no peito e estar quebrado é uma situação para envergonhar qualquer um. Se não morasse aqui, diria que me produz vergonha alheia esta situação de extrema penúria.

Mas surgem dados mostrando que Joinville é sim uma cidade rica, que o seu orçamento é maior que o de muitas cidades de porte e população semelhante, que o que aqui se arrecada - graças à pujança da nossa economia - é significativo e deveria nos permitir uma situação mais confortável. O jornalista Jefferson Saavedra, do jornal A Notícia, informa que: “A receita de R$ 1 bilhão apurada em 2011 fica acima da media de municípios do mesmo porte. Londrina fechou com R$ 840 milhões e Juiz de Fora, também com 520 mil habitantes como Joinville, teve receita de R$ 830 milhões. Com população um pouco menor, Caxias do Sul teve R$ 962 milhões à disposição no ano passado. Uberlândia atingiu R$ 1,1 bilhão, mas tem 90 mil moradores a mais que Joinville. As cidades com receitas bilionárias no interior paulista, na faixa do R$ 1,3 bilhão registrado no ano passado, como Sorocaba e Ribeirão Preto, já passaram dos 600 mil habitantes”.

O problema, neste caso, deverá ser encarado desde outra perspectiva: a própria administração que se faz dos recursos públicos. O prefeito Carlito Merss divulgou, nestes dias, que o gasto em saúde aumentou dos 15% exigidos por lei para os atuais 32%, bem mais que os 26% da gestão anterior. É perigoso aceitar a lógica que gastar mais é um bom indicador. As escolas de administração recomendam que se gaste bem, ou que se gaste melhor. Se a pesar de aumentar o gasto na saúde mais do dobro do exigido por lei, a saúde em Joinville continua em crise e sendo notícia negativa quase que semanal é lógico pressupor que seria oportuno que o prefeito revisasse seus conceitos, tanto de administração, como da gestão da saúde, sob risco de passar a comprometer uma parcela ainda maior do orçamento municipal para tentar resolver o problema. O próprio peso da folha, do pagamento de juros e do principal da dívida representa um peso significativo no orçamento do município e drena os recursos necessários, não só para a manutenção e recuperação do deteriorado patrimônio público, também para novos investimentos. Hoje é provável que uma análise mais criteriosa destes dados mostre indicadores elevados de desperdício, gasto excessivo e má administração. Vivemos numa pobre cidade rica e pagamos o preço por isso.

terça-feira, 27 de março de 2012

Mundial x Universal: a guerra

Sem palavras.
  


                                   

Amanhã, a Mundial contra Marcelo Rezende.

Cão Tarado


Tô cansado dessa choradeira “volta Tebaldi”

       POR CHARLES HENRIQUE

     
Faz muito tempo que não falo de política partidária por aqui. Foi de propósito. O cenário nos últimos meses vem me enojando muito. Algo que compõe isso tudo é a choradeira dos tucanos e simpatizantes, anti-PT e anti-Carlito (estes dois últimos são grupos totalmente distintos) para que o ex-Prefeito, ex-Secretário de Educação e meio Deputado Federal Marco Tebaldi seja candidato pelo PSDB nas eleições 2012. O coro “volta Tebaldi” é comparável ao esquecimento da população brasileira na hora de apertar os botões da urna eletrônica.

Tebaldi, que saiu queimado da Secretaria de Educação, foi recebido com um pétit-comité que não existiria em nenhum lugar de Santa Catarina. Só em Joinville mesmo. Com essa festinha veio o bombardeio nas redes sociais de um “volta Tebaldi”, “quero Tebaldi de volta” e até uma declaração de amor: “Tebaldi, não sei viver sem você”... e este discurso foi impregnado nas entrelinhas de alguns radialistas e apresentadores de TV. Claro, são todos amigos que querem voltar para o lado de lá do balcão.

Mas pedir para o ex-Prefeito voltar, além de representar o retrocesso da volta de um grupo político que há anos estava no poder (e que perdeu espaço após o fim dos 8 anos de LHS no Governo Estadual), é pedir para Flotflux voltar, juntamente com o Boulevard Cachoeira, abertura da Rua do Príncipe, o paver nas praças, a TLL anual, a tarifa de varredura, Secretário da Saúde preso, a venda da conta-corrente do funcionalismo público e todos os demais escândalos e incompetências que a sua gestão teve de 2002 a 2008. Está certo que tivemos ganhos como a municipalização do serviço de água e esgoto, e mais certo ainda que a gestão Carlito é um grande cabo eleitoral da oposição, mas o PSDB seria muito mais digno se lançasse uma proposta nova para a cidade, juntamente com um nome diferente.

Tô cansado da memória curta e da choradeira desse povo que quer voltar mais do que o próprio Tebaldi. Mais cansado ainda dos nomes que surgem como pré-candidatos, vazios e sem propostas. Nós já temos uma representação fraca em Brasília, e, sendo assim, não seria melhor pedir um “volta Tebaldi para Brasília?”. Tem uns que pedem um “volta Tebaldi para Erechim”, mas, não é o meu caso. Talvez as praças (ou frigideiras em dia de verão) da Rua do Bera (projetadas na gestão Tebaldi) sirvam para o show beneficente em prol da compra  das passagem de volta do Deputado para os pampas. Ta aí a dica para os petistas que adoram aquele marco do urbanismo local.

PS. Meu dedo tá coçando pra apertar o branco em Outubro. Tenho esperança de não realizar tal ato.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Universal x Mundial: a guerra

Sem palavras.




Amanhã: Mundial x Universal

Cão Tarado


As palmeiras e o chilique dos marmanjos

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

É uma tristeza ver marmanjo tendo chilique. Mas na semana passada houve uns barbados que fliparam e pareciam adolescentes histéricas por causa das obras na Rua das Palmeiras. O berreiro era tão alto que fiquei com a sensação de que uma bomba atônita estava a cair sobre o centro de Joinville.

Li, aqui mesmo no “Twitting in the Rain”, do Chuva Ácida, um exemplo interessante: “O Carlito está destruindo a Rua das Palmeiras. Enorme buraco feito com retroescavadeira vai derrubar tudo”. Fujam para as montanhas, joinvilenses! Dá para imaginar a cena. O prefeito alucinado, a dirigir uma máquina escavadora de toneladas e a mandar abaixo tudo o que aparecia pela frente.

Pensei que fosse apenas um faniquito, mas depois percebi que a coisa fazia sentido. Afinal, Carlito é torcedor do Corinthians e estava apenas a antecipar o jogo de ontem no Pacaembu. O objetivo era derrubar o Palmeiras. E parece que o treino resultou, porque ontem o Palmeiras caiu. Viram? O Palmeiras e as palmeiras. Uma confusão compreensível.

Mas deixemos o futebol e voltemos à Rua das Palmeiras. Não vou entrar em questões técnicas porque essa não é a minha praia. Ou melhor, não é a minha alameda. Não sei o que se pretende com as obras (vejam o P.S.), mas era preciso fazer alguma coisa. Os cartões postais da cidade não devem servir apenas para as fotografias. É essencial serem vividos.

LINHAS QUE NÃO CONVIDAM A ENTRAR - Quando estive de férias em Joinville, no mês passado, levei uns amigos para conhecer a Rua das Palmeiras (na verdade, foram eles a insistir) e a impressão que eles levaram não foi das melhores. O lugar acabou por se tornar numa espécie de gueto. Aliás, o projeto – que tem quase três décadas – pode ter ficado bonito no papel ou numa maquete, mas na prática nunca funcionou. O lugar não é fluído, inclusivo.

Qualquer leigo como eu – que nada entende de paisagismo, urbanismo, arquitetura e essas coisas – percebe que a praça parece uma pista de obstáculos, quando deveria parecer um corredor. Que o traçado é estanque e não convida o visitante a entrar. Que as linhas criam zonas de contenção. E ainda reclamam que o pessoal da droga tenha feito da alameda um ponto de encontro.

Vou repetir. Não sei se a alameda vai ficar melhor com as obras, mas pior não pode ficar. Aliás, fico com uma certeza: a maioria dos críticos não deve pôr os pés na Rua das Palmeiras há muito tempo. Porque se tivessem dado uma única caminhadinha pelo local não se sentiriam tão à vontade para tanto estrilho.

Ah... antes de acabar, imagino que esta hora haja gente a pensar que estou a fazer a defesa de Carlito Merss. Nada disso. Estou a fazer o ataque aos caras – viúvas do antigo senhor do feudo – que não medem os decibéis da própria histeria. É importante saber: quando se exagera na causa, a coisa fica inverosímil e as pessoas deixam de acreditar.

E por falar nisso, o berreiro da semana passada não lembra o mesmo de tempos atrás, quando iniciaram as obras na JK? Era a desgraça do paisagismo, o apocalipse do urbanismo, a falência do planejamento. Mas no fim ficou mais bonito e funcional. Ou vai discordar?

P.S.: Apenas para esclarecer. Tive o cuidado de pedir informações à Fundação Cultural (eles garantiram que forneceriam todo o material), mas a resposta deve ter se perdido em qualquer lugar entre Joinville e Lisboa. Parece que o percurso da  internet entre as duas cidades passa lá pelo Triângulo das Bermudas, o que explica o sumiço. 

sábado, 24 de março de 2012

Somos analfabetos ambientais?


POR AMANDA WERNER

Desde muito cedo aprendi com meus pais a reciclar o lixo. Tínhamos até uma composteira para resíduos orgânicos em casa. Naquela época era mais difícil, pois não havia coleta seletiva e tínhamos que acumular latinhas, papelões e plásticos para entregar para o “homem da lata” que vinha de quando em vez para apanhar o nosso lixo. Hoje, o caminhão de coleta seletiva cobre todos os bairros da cidade, restando-nos apenas o trabalho de separar o lixo.
         
Você já parou para contar o quanto de lixo reciclável você e sua família produzem por semana? Eu já. Posso afirmar que em se tratando de volume e peso, a quantidade de lixo reciclável produzida é, no mínimo, o dobro da quantidade de lixo orgânico. Faça o teste em sua casa. Após, por favor, me corrija se eu estiver errada.

Poucos reciclam. Parece que a ideia de reciclagem aplica-se somente às latinhas de cerveja e refrigerantes. Talvez pelo incômodo que causem, ocupando grande volume dentro do lixo de cozinha comum. Dá tanto trabalho assim lavar o plástico que veio como embalagem da carne a vácuo? Sendo a resposta afirmativa, o esforço não terá valido a pena?

Não avançar é recuar. Com tanta informação sobre reciclagem nas escolas e meios de comunicação, continua-se fazendo mais do mesmo. Não reciclando ou reciclando somente o que convém. O analfabetismo ambiental cobra custos elevados, quando, por exemplo, durante uma enchente, garrafas pet e todo o tipo de resíduos sólidos que deveriam ter sido reciclados, entopem os bueiros, e nos vemos em meio a um verdadeiro caos de sujeira e entulho.

Pouco adianta nos sentirmos conscientes, ao optarmos por comprar produtos com embalagens recicláveis, quando na hora de descartarmos esta mesma embalagem, misturamos tudo com os resíduos orgânicos. O ato da compra da embalagem correta, não torna ninguém, por si só, ecologicamente responsável. É imprescindível que o lixo seja adequadamente separado.

A preocupação persiste quando se pensa que no momento da entrega do lixo reciclável para o caminhão de coleta o problema está resolvido. A nossa cidade estaria preparada para dar o destino correto ao lixo separado? Me pergunto se, ao deixar minha casa limpa, mandando o lixo pelo caminhão, não estaria apenas empurrando esse lixo para outro lugar.

A Ambiental, que é a empresa que faz a coleta seletiva de lixo em nossa cidade, informou que os resíduos recicláveis são encaminhados para cooperativas e associações de pessoas carentes, que separam e revendem o material. Ou seja, o que pra nós não passa de lixo, para outros é renda, forma de sustento.

Na cidade de Wiesbaden, na Alemanha, alguns mercados possuem uma grande máquina, onde as pessoas depositam resíduos sólidos recicláveis dentro de um buraco. De acordo com o tipo de resíduo, aparece um valor no visor da máquina, que corresponde à quantidade de créditos que a pessoa recebe para utilizar na compra de alimentos dentro dos próprios mercados. Não é genial? Você pode argumentar, que não funcionaria aqui em Joinville, que na Europa é diferente e tudo mais. Mas que tal se a partir desse exemplo, pensarmos em algo semelhante, algo que funcione como estímulo para os que ainda não reciclam? Há diversos bons exemplos mundo afora.

O fato, é que nossas ações testam diariamente a capacidade de suporte dos ecossistemas. Estamos diante de recursos naturais finitos. Se por um lado faltam políticas públicas para tratar da questão, por outro, falta boa vontade para separar corretamente o lixo reciclável. Devemos nos lembrar que a capacidade de resiliência da Terra é limitada e a nossa forma atual de consumo não.



Amanda Werner integra o Chuva Ácida

POR COLETIVO CHUVA
Hoje o Chuva Ácida tem a estreia de Amanda Werner como integrante do coletivo. Quem acompanha o blog provavelmente já a conhece, pelos comentários ou pelo texto publicado na semana passada, como convidada do Brainstorming. Formada em Direito e moradora de Joinville há quase duas décadas, Amanda Werner vai publicar quinzenalmente e trazer para o Chuva Ácida um outro tipo de visão sobre a vida da cidade. Mas é apenas o primeiro ingresso. Como já foi informado, o Chuva Ácida continua a buscar novos nomes - um forma de ampliar o perfil do seu público leitor - e por isso nos próximos dias teremos novidades.
Bem-vinda, Amanda.

Vereadores se dão bem e palmeiras provocam gritaria


sexta-feira, 23 de março de 2012

Cão Tarado


Chuva Ácida - 6 meses (4)

Chuva Ácida - 6 meses (3)



Chuva Ácida - 6 meses (2)




Chuva Ácida - 6 meses (1)


Chuva Ácida - 6 meses


POR COLETIVO CHUVA ÁCIDA
O Chuva Ácida completa hoje seis meses desde o seu lançamento. Um período que, acreditamos, serviu para dar os primeiros passos no sentido de criar um espaço democrático de debate na cidade (e mesmo além das suas fronteiras).
Quem acompanha o Chuva Ácida desde o início talvez lembre a proposta do blog: “O leitor e a leitora vão encontrar aqui opiniões com as quais vão concordar e outras das quais vão discordar liminarmente. Perfeito. Porque esse é o objetivo. Afinal, as sociedades só avançam quando as diferenças de ideias são postas no plano do debate”.
É para saber se cumprimos essa promessa que hoje, ao longo de todo o dia, vamos apresentar os depoimentos de algumas pessoas que – de uma forma ou outra – ajudaram a cumprir o objetivo do Chuva Ácida: “Os leitores são um vértice essencial deste blog. Queremos ouvir - e publicar - a sua concordância ou discordância. Todas as ideias, desde que respeitando as regras do jogo democrático, são bem-vindas”.
Acompanhe as opiniões que serão publicadas ao longo do dia.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Casamentos inter-raciais? Nem pensar...

POR ET BARTHES
Se você não entende inglês é uma pena (se lê, pode ver as legendas, que não são exatas).De qualquer forma, Cenk Uygur, apresentador do programa The Young Turks, faz uma análise de dados curiosos sobre os estados norte-americanos do Alabama e Mississippi (onde esta semana houve eleições primárias dos republicanos). Traduzindo. A maioria da população desses estados acredita que a teoria da evolução é uma mentira. Um expressivo número acredita que o presidente Obama é muçulmano. Ah... e para arrematar: para essa gente, o casamento inter-racial devia ser considerado ilegal. E pensar que é a nação mais evoluída do planeta...


Falta cidade para tanta SDR!

POR GUILHERME GASSENFERTH 

Vocês já ouviram falar de cidades como São Lourenço do Oeste, Seara, Quilombo, Palmitos, Maravilha,Taió, Ituporanga, Itapiranga, Dionísio Cerqueira e Ibirama? Algumas delas tenho certeza que já sim e de algumas outras creio que não. Agora vou apertá-los mais um pouco: sabem dizer em que região do Estado estes municípios se encontram? Podem dar apenas uma característica de cada uma destas cidades?

Eu vou ajudá-los: todas elas são sedes de Secretarias de Desenvolvimento Regional, as SDRs. Sim, em cada uma há uma secretaria de Estado, com direito a Secretário, sede, funcionários públicos, orçamento e tudo o mais que as SDRs tem direito. Algum motivo há de haver. Presumo: ou há população expressiva, ou economia importante, ou distância geográfica de outras regionais. Vamos analisar?

1. Todas estas cidades tem população menor que 22.300 habitantes. Isto significa que qualquer um dos cinco bairros mais populosos de Joinville (Aventureiro, Paranaguamirim, Costa e Silva, Jardim Iririú e Iririú) possui, cada um, mais habitantes que qualquer das cidades supracitadas. A maior cidade dentre estas 10 é Ituporanga, com 22.255 habitantes (a 53º em população em SC). Então, descartamos a ideia de população.

2. Nenhuma delas está entre as 36 maiores cidades em economia no Estado (são 36 as SDRs). O maior PIB dentre estas cidades é o de Seara, com R$ 578,9 milhões, em 2009, o que a deixa na 37ª colocação entre os PIBs municipais de SC. Somados, os PIBs destes municípios chegam a R$ 3,7 bilhões, 28% do PIB de Joinville. Economia importante não parece ser o caso.

3. Só resta distância geográfica de outras SDRs. Será? São Lourenço do Oeste é a cidade mais distante de outra SDR (excluindo-se as 10 analisadas). São 108km por estrada até Chapecó ou 110km a São Miguel do Oeste. Mas São Lourenço do Oeste está na divisa com o PR e não pode ser considerada um centro regional. A segunda cidade mais distante, Itapiranga, está a 69km de São Miguel do Oeste. Há absurdos como Ituporanga, a 27,5km de Rio do Sul, ou Ibirama, a 33,3 km da mesma cidade. Então, não estamos falando de distâncias geográficas.

Deste modo, a menos que algum iluminado leitor conheça outra alternativa, parece-me que a razão de cidades como estas 10 que citei receberem uma SDR é só uma: politicagem. Faltava espaço para nomear cargos de confiança no Governo do Estado e Luiz Henrique teve a ombridade e generosidade de distribuir mais cargos para seus amiguinhos em novas SDRs.

Sou amplamente favorável à descentralização e saúdo o Senador LHS em sua luta pelo novo Pacto Federativo e pela implantação do conceito de descentralização administrativa. Excetuando-se aspectos político partidários, para que se descentralizou? Para se diminuir a responsabilidade de Florianópolis ser centro decisório de obras e reivindicações que ocorrem a centenas de quilômetros dali; para levar desenvolvimento a regiões com menor IDH no Estado; para possibilitar aos municípios e cidades da região mais participação e transparência na aplicação dos recursos.

As regiões de menor IDH do Estado concentram-se no Meio Oeste, na região de Curitibanos e Caçador (por isso que entendo que transferir a capital de SC para Curitibanos não seria de todo má ideia, mas isso é papo pra outro post). Ali, deve se pensar em fortalecer as SDRs.

Minhas sugestões de sede para as SDRs são: São Miguel do Oeste e Maravilha (extremo-oeste), Xanxerê (oeste), Joaçaba, Caçador e Curitibanos (meio-oeste), Lages (Planalto Sul), Major Vieira ou Papanduva (Planalto Norte), Rio do Sul (Alto Vale do Itajaí), Guaramirim ou Araquari (Nordeste), Timbó (Médio Vale do Itajaí), Navegantes ou Camboriú (Litoral Norte), Palhoça (Grande Florianópolis), Braço do Norte ou Urussanga (Sul), Araranguá (Extremo-Sul).

São 15 regionais nesta proposta, respeitando critérios geográficos; instalando mais SDRs onde há mais municípios que precisam de desenvolvimento (extremo-oeste e meio-oeste); e utilizando-se de municípios menores (com exceção de Lages e Rio do Sul por questões rodoviárias) para levar mais desenvolvimento.

Menos regionais significa menos secretários, menos cargos de confiança, menos funcionários fazendo a mesma coisa – há diferença entre 36 serventes de cafezinho e 15 serventes de cafezinho, num exemplo banal, menos aluguel, menos telefone, menos tudo. E mais eficiência com o dinheiro que nós pagamos.

LISTA DAS SDRs (clique sobre o mapa no início do texto para ampliá-lo):

01ª São Miguel do Oeste19ª Laguna
02ª Maravilha20ª Tubarão
03ª São Lourenço do Oeste21ª Criciúma
04ª Chapecó22ª Araranguá
05ª Xanxerê23ª Joinville
06ª Concórdia24ª Jaraguá do Sul
07ª Joaçaba25ª Mafra
08ª Campos Novos26ª Canoinhas
09ª Videira27ª Lages
10ª Caçador28ª São Joaquim
11ª Curitibanos29ª Palmitos
12ª Rio do Sul30ª Dionísio Cerqueira
13ª Ituporanga31ª Itapiranga
14ª Ibirama32ª Quilombo
15ª Blumenau33ª Seara
16ª Brusque34ª Taió
17ª Itajaí35ª Timbó
18ª Grande Florianópolis36ª Braço do Norte

quarta-feira, 21 de março de 2012

A gestação de um bebê em 90 segundos

POR ET BARTHES
Um jovem casal decidiu fazer um filme da gestação da filha. E para isso usou uma técnica conhecida como “stop motion”. O resultado é um “pequeno projeto de nove meses” em apenas 90 segundos. E no final o casal apresenta ao mundo a pequena Amelie Amaya, personagem central do filme, que já nasceu celebridade. O vídeo tem quase 6 milhões de visualizações.



Cão Tarado


Uma obra de arte da nossa engenharia


POR JORDI CASTAN

Para ir de um lado ao outro do Cachoeira, agora é só passar por uma obra de arte.

Finalmente ficou concluída a passarela que une, de forma permanente, uma e outra margem do Rio Cachoeira. A ligação entre dois ícones da nossa arquitetura local, o Centreventos e a Câmara de Vereadores, é completada com uma obra de arte da nossa engenharia. Nem poderia ser diferente. Ambas as construções mereciam uma passarela que rivalizasse em elegância e criatividade com dois dos principais marcos arquitetônicos de Joinville.

Finalmente temos uma obra planejada, projetada e executada nesta gestão que nos provoca uma vontade irresistível de gritar: “Agora sim!”. Depois de tanta obra menor, até com inauguração de sinaleiros ou de praças com o pomposo título de parques, finalmente temos um novo referencial urbano. Aliás, uma obra que teria merecido ser premiada num concurso internacional de ideias, que reúne em poucos metros toda a elegância, arrojo e leveza que a engenharia local é capaz de colocar numa única obra.

A passarela rivaliza com algumas das pontes de pedestres mais famosas do mundo. A beleza da Puente de la Mujer, projetada por Santiago Calatrava para unir as duas margens de Puerto Madero, em Buenos Aires, ou a passarela que une as margens do Rio Clyde, em Glasgow, no Reino Unido. Para ser um pouco bairrista, a nossa passarela tampouco pode ser comparada em beleza com a construída em Can Gili, Granollers, na Espanha. Nenhuma delas, para citar apenas algumas das centenas de passarelas que devem ter servido de inspiração aos nossos profissionais locais, chega perto da nossa passarela.

É bom que finalmente tenhamos abandonado a mediocridade que parecia enquistada em Joinville e fôssemos em busca de novos desafios. E vamos acreditar que podemos, agora sim, nos comparar com o que há de melhor no mundo da engenharia, da arquitetura, do design em todo o mundo. Quem poderia não se emocionar com a beleza de uma obra como esta? Como alguém poderia ficar insensível a tanta criatividade, a um uso tão comedido dos recursos públicos? Como alguém poderia deixar de elogiar a qualidade, o profissionalismo, a lisura e a transparência com que são tratadas as obras públicas? É hora de acreditar que sim, que as coisas aqui em Joinville agora são feitas de forma diferente do que se fazia antes.

Milhares de turistas virão a Joinville exclusivamente para visitar esta nova jóia da arquitetura continental. Centenas de estudantes de engenharia de todo o país olharão impressionados para a leveza da passarela e desejarão ser capazes de desenvolver os complexos cálculos matemáticos que conseguiram reunir, numa única peça, a elegância, os materiais adequados e o conhecimento técnico que culminaram nesta obra prima. E poderemos estar de novo orgulhosos de nossa cidade.

terça-feira, 20 de março de 2012

Corredores de ônibus ou de babacas?

POR ET BARTHES

Na última sexta-feira, dia 16, os leitores puderam ler aqui no blog um texto que falava sobre os problemas que os motoristas folgados causam ao trânsito de Joinville. No fim de semana, rolou pelas redes sociais um vídeo que demonstra o oportunismo, irresponsabilidade e individualismo de muitos condutores de veículos em Joinville. Instalada na Avenida Albano Schulz (Beira-Rio), entre a Rua Dona Francisca e a Rua Princesa Izabel, uma câmera grava a imprudência dos motoristas que trafegam pela faixa exclusiva de ônibus e – naquele trecho – caminhões. Confira especialmente o trecho compreendido entre 1’55’’ e 2’10’’, além das estatísticas ao fim do vídeo.


Por uma Universidade Federal de Joinville


POR CHARLES HENRIQUE

(In)Felizmente nesta semana não “quero apontar o dedo” para isto ou aquilo, algo comum no ofício da opinião. Quero apenas propor uma bandeira para a sociedade joinvilense: a luta por uma Universidade Federal de Joinville, autônoma, e que contemplasse todas as necessidades da região.

A Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) veio para nossa cidade um pouco depois da metade do século XX, com a esperança de ser um grande pólo de pesquisa em várias áreas do conhecimento. Hoje é reconhecida sim, mas focada nas ciências exatas. A promessa de que seria um grande centro do conhecimento ficou pelo caminho, e pela estrutura sucateada ali do Bom Retiro.

As Universidades e Faculdades privadas encontraram um grande nicho de mercado, principalmente pela ausência de um ensino público que contemplasse aqueles que não queriam ser engenheiros ou que não podiam pagar estadia em Florianópolis, Curitiba ou qualquer outra cidade que tivesse uma Universidade Federal. Esse crescimento, desde que mantenha a qualidade necessária, é sempre benéfico. Defendo o modelo público de ensino superior, mas antes o modelo privado do que nada...

Recentemente, acompanhamos a palhaçada da Universidade Federal de Santa Catarina em Joinville.  Terreno estranho em uma localização mais estranha ainda, juntamente com a subserviência dos políticos locais para as entidades empresariais, que ideologicamente impregnaram na mídia local que uma UFSC aqui, com cursos de engenharia, iria atender uma vocação da região. História para boi dormir. A compra do terreno foi feita em 2008, e os alunos atualmente estão tendo aula num prédio alugado na Rua Prudente de Moraes. Quatro anos se passaram, e a vergonha continua. Foi tudo feito de forma errada, e a população paga pela incompetência alheia: grandes gastos para construir a estrutura, e com cursos um curso só (escolhido sem a participação social, contrariando a Constituição da República Federativa do Brasil) que não vai contemplar a necessidade local. Engenharia Naval? Aeronáutica? Pois é, serve pra Joinville “em cheio”!

Enquanto isso, em paralelo, a região oeste de Santa Catarina, articulada com as regiões oeste do Rio Grande do Sul e do Paraná, montaram, em menos tempo que o processo da UFSC-de-um-curso-só, uma significativa estrutura. Desde 2010 a Universidade da Fronteira Sul já difunde o conhecimento nas cidades de Chapecó,  Cerro Largo, Erechim, Laranjeiras do Sul e Realeza. A UFSC foi a tutora do processo, mas a UFFS atua de forma autônoma, com cursos que atendem as necessidades da região na qual atua. Lá, ao contrário daqui, foi feito da forma mais correta possível. Políticos, entidades empresariais e  UFSC ouviram a população, que foi atendida plenamente. (acesse aqui o site da UFFS e veja a estrutura oferecida)

A cidade de Joinville está perdendo uma grande oportunidade (considerando a política de expansão do ensino superior público dos governos Lula e Dilma) de lutar por uma Universidade Federal de Joinville, que contemplasse as necessidades locais. Mas você, caro leitor, pode pensar que a UFSC irá expandir-se na cidade, depois de pronta lá na curva do arroz. A UDESC veio com este mesmo discurso. Vale a pena esperar, ou lutar desde já por algo “para o povo”? Imaginem um Hospital Universitário na cidade. Cursos de Pós-Graduação para a formação de nossos professores. E grupos de pesquisa avançados que procurem entender nossa fauna, clima e população? A UFSC-de-um-curso-só será assim? Ou será uma fabriqueta que atende os interesses de industriais da região?

Temos o exemplo aqui em Santa Catarina que é possível, se todos estiverem unidos em prol do povo (e com representantes com uma portinha aberta em Brasília). Temos dois Deputados Federais aqui da região, dois Senadores, três Deputados Estaduais, dezenove Vereadores e um Prefeito. E ah, mais de quinhentas e vinte mil pessoas ansiosas por mais oportunidades, e principalmente, por uma cidade melhor.

Quem apoia esta ideia?



segunda-feira, 19 de março de 2012

Um dia de fúria

POR ET BARTHES

Há dias maus. É o caso deste trabalhador na recolha do lixo. Por alguma razão, ele ficou irritado com o trabalho e simplesmente destruiu tudo o que via à frente. Infelizmente para ele, hoje em dia há câmaras espalhadas por todo lado e a fúria destruidora foi registrada.  Será que ele mantém o emprego?




A eleição já chegou às redes sociais

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

As eleições para a Prefeitura de Joinville ainda estão longe no calendário, mas pelo menos no mundo digital a briga já está acesa. E o Twitter – cada vez menos uma rede social e cada vez mais uma rede de informação – é o palco perfeito para esse embate. Tanto que alguns pré-candidatos já têm as suas hashtags (são aquelas coisas com um #). Para quem não está habituado às redes sociais, as hashtags são um slogan que pretende levar uma proposta e convencer os eleitores. E algumas já são de domínio público. 

#JOINVILLENOCAMINHOCERTO
Não dá para saber se é a hashtag oficial de Carlito, mas já se lê bastante por aí. É mesmo o caminho certo? Isso só o eleitor poderá dizer no dia das eleições. Mas pelo menos ficamos a saber, pela voz do próprio prefeito, que nesse caminho não tem asfalto casca de ovo (como todos sabemos, é uma alfinetada no antecessor, Marco Tebaldi).
Mas o slogan pede uma reflexão. Talvez o problema da atual administração não seja o caminho, mas sim o destino. Até este momento boa parte da população parece não ter percebido onde se pretende chegar. A mensagem não passou, apesar da intensificação dos esforços de comunicação dos últimos meses. Nas atuais condições, será que o slogan não é muito otimista? Pelo menos uma coisa é certa: um otimista pode não saber para onde está indo, mas está a caminho.

#JOINVILLEBEMDENOVO
É a hashtag usada pelos caras do PSDB antes de serem atropelados pela candidatura (mais que provável) de Marco Tebaldi. Será que com a volta do patrão o slogan sobrevive? Talvez não. Afinal, é justo que os joinvilenses perguntem: a proposta de “Joinville bem de novo” é uma referência a que época? Ao século passado? Porque certamente não estamos a falar do governo Tebaldi.
Aliás, ou eu andei muito distraído ou Tebaldi saiu da prefeitura pela porta dos fundos, com um índice e aprovação que oscilava entre o ridículo e o risível. Aliás, se em Joinville ele saiu pela porta dos fundos, em Floripa saiu pela janela, defenestrado por Colombo.
Mesmo com tantos insucessos, Tebaldi aparece bem nas pesquisas de opinião. O que significa que a memória das pessoas não vai além do que comeram no café da manhã. A oposição tem um remédio. É só começar a distribuir Memoriol (medicamento para a memória) para a população. Afinal, parece que a falta de memória dos eleitores é o melhor cabo eleitoral de muitos políticos.

#RENOVAJOINVILLE
A proposta de renovação é sempre sedutora. Mas talvez o slogan devesse ser “remoça, Joinville”. Porque ou as coisas ainda não estão bem explicadas ou parece que até este momento a unique selling propositon (USP) do grupo parece ser a juventude.
O Renova Joinville corre o risco de parecer como uma pessoa jovem e bonita – mas apenas jovem e bonita. Ou seja, com poucas ideias. Até é fácil namorar uma pessoa assim, mas na hora de casar a coisa exige uma reflexão mais demorada.
Aliás, neste caso nem sabemos se essa pessoa jovem está pronta para casar, porque ainda não tem a permissão da família (o partido). Se obtiver essa permissão, então vai precisar passar a ideia de que a renovação não está na data da carteira de identidade, mas na superioridade das propostas. É esperar para ver.

HARSH-TAGS - Há pré-candidatos que ainda não tem as suas hashtags. Até porque neste momento seriam "harsh-tags" (ou seja, ainda estariam em bruto e precisariam ser afinadas). Mas arrisco alguns comentários.

#COMUDOEUMUDO
É claro que ainda não existe. Mas o slogan “Com Udo Eu Mudo” é uma construção do próprio LHS e serve bem para uma hastag. E sem querer questionar os dotes do senador na construção de rimas, acho que é perigoso: a maioria das palavras terminadas em “udo” não dá boas coisas. Eu, pelo menos, sou capaz de imaginar umas 50 rimas sem ir ao dicionário. E todas elas pouco lisonjeiras. Melhor repensar. 

#OQUESOBREVIVER
Ok... essa hashtag também não existe. Mas Darci de Matos, um dos candidatos do PSD, terá que encarar o embate interno frente a frente, olhos nos olhos. Por uma razão simples. Não dá para virar de costas, porque o risco da facada é grande.
Só que Darci, como todo bom matuto do Paraná, com certeza já pescou no “corgo” (é como eles dizem córrego por lá). E sabe que em rio que tem traíra o pescador não dorme com a vara na mão: porque se cochilar o cigarro de palha cai...
O outro candidato, Clarikennedy Nunes, um twitteiro muito prolífico, já assumiu que quer ser a mosca na sopa. Não sei se é boa ideia. Talvez ele tenha esquecido que quando cai na sopa a mosca geralmente morre afogada. Além de provocar repulsa.

domingo, 18 de março de 2012

O que eles querem do espectador?


POR ET BARTHES
O que eles prometem? Qual é a proposta? O que esperam do espectador? Para eles, pelo menos, uma vida apaixonante. Veja o vídeo e descubra o que eles querem do espectador.



A prova de que lemos e escrevemos


POR VANESSA BENCZ*

Eram 9 da manhã, e o outono começava a se evidenciar com um vento fresquinho. Eu tinha 18 anos e saí de casa levando comigo um motivo especial. Queria ver de perto essa tal Feira do Livro que os jornais e a televisão falavam que ocorreria em Joinville, pela primeira vez. Eu nunca tinha visto uma coisa dessas na minha vida. Eu amava ler; então, era minha obrigação levantar cedo para conferir tal evento.
Lembro-me da sensação de incredulidade, quando avancei pelo Expocentro Edmundo Doubrawa. Vi aqueles quiosques ainda sendo montados. Livros sendo empilhados, um por um, em mesas e nas prateleiras das estantes. Pessoas apressadas, amontoando obras literárias de capas coloridas, conferindo cor, vida e mistério ao ambiente. Meio amortecida, avancei pelos corredores e senti o aroma de livros novos e antigos; o perfume que nos faz estremecer, ao aproximar o nariz das páginas de um livro desejado.

Parei no quiosque da Editora UFSC para observar melhor aqueles livros de capa amarela. Eram livros de cálculo. O homem que montava o quiosque perguntou se eu queria ajudá-lo a organizar os livros. Aceitei. E não saí mais de lá, até o final da feira – foi o meu primeiro emprego. O mais próximo, desde então, daquilo que eu sempre amei: a literatura.

Eu organizava os livros em uma mesa de madeira, e também os vendia para os visitantes. De livro – mesmo os de cálculo - eu entendo! Aquele homem remunerou o meu serviço, ao final do evento, com três livros e muitas palavras de agradecimento.

É com imenso carinho que eu guardo a lembrança da primeira Feira do Livro. Não apenas porque foi lá que experimentei o entusiasmo em trabalhar com livros. E, sim, porque vi nascer e crescer um evento que hoje é parte imprescindível de Joinville.

Na edição de 2008, acompanhei de perto a organização para a feira. Sueli Brandão, que encabeça o evento desde o começo, corria contra o tempo para amarrar toda a programação da melhor maneira. Tive a oportunidade de redigir, para a programação, um breve currículo de cada escritor famoso que viria. Me senti novamente integrada à feira, e com muito orgulho.

Nas edições que se seguiram, fiz cobertura jornalística da feira para os diversos veículos em que trabalhei. Mas, em nenhuma das edições, eu tive a ousadia em imaginar que um dia eu teria a chance de lançar um livro na feira, o que estou muito perto de realizar.

A gente sempre tem carinho por aquilo ou aqueles que vemos crescer. A feira, hoje, já é peça importante no quebra-cabeça que é Joinville. Estamos na nona edição, que começa em 12 de abril e dura 11 dias. E fico muito feliz em ver que o evento novamente será realizado no Expocentro Edmundo Doubrawa.
Não que não achasse legal quando era na praça Nereu Ramos – foi uma fase importante, até para levar os livros para mais perto da rua, do nosso cotidiano, do nosso caminho e da relação com a cidade, com aquilo que é urbano. Mas, no caso da Feira do Livro de Joinville, acho elegante – e até mais seguro, por causa das chuvas típicas da cidade – deixar os protagonistas dessa festa reinarem em um local especial, paralelo à correria do miolo da cidade.

A Feira do Livro é imprescindível para o leitor, e também para o escritor. Principalmente o escritor joinvilense. Este tem uma responsabilidade dobrada, quando se trata da feira. Eles são o argumento da festa, a prova de que aqui se lê, e aqui também se escreve. Quase uma coisa subsistente: aqui nós lemos, e também escrevemos. E nós lemos o que nós escrevemos.

Sugiro que todos os moradores de Joinville tirem um tempinho para visitar a Feira do Livro de Joinville. Mesmo que você nem goste tanto assim de ler. Porque com certeza você vai encontrar um outro tipo de manifestação artística que lhe chame a atenção – seja um grupo de atores brincando, um quiosque de bugigangas coloridas ou, quem sabe, a capa de um livro que te acorde a vontade de ler. E vai que alguém te convida para ajudar a organizar os livros em uma prateleira? No meu caso, mudou os rumos da minha história.

* Vanessa Bencz é jornalista.

sábado, 17 de março de 2012

Era mesmo necessário?

POR ET BARTHES
Em política, a gestão da imagem é coisa séria. E no caso deste filme é justo fazer algumas perguntas. Quem decidiu pôr esta entrevista no ar? Quais foram os critérios editoriais? Será que o próprio entrevistado iria aprovar? Será que eles acham que está tudo certo nessa peça? Era mesmo necessário?





A guerra Carlito x Tebaldi... e a mosca


sexta-feira, 16 de março de 2012

Cão Tarado


Cão Tarado


Castelo medieval incendiado por crianças


POR ET BARTHES
Criança brincando com fogo dá porcaria. Foi o caso do castelo medieval Krasna Horka, na Eslováquia, que foi quase todo destruído por um incêndio na semana passada. A causa? Dois moleques, um de 11 e outro de 12 anos, que tentaram acender um cigarro mas acabaram pondo fogo em palha seca e a coisa ficou fora de controle. O castelo tinha um valiosas obras históricas, mas grande parte foi salva.



Descubra se você é um tumor do trânsito

POR GUILHERME GASSENFERTH

Assim como nos organismos, há no trânsito vários tipos de câncer. Sujeitos que, tal qual uma célula cancerosa, atrapalham todos que estão à sua volta. Faça o teste abaixo e descubra se você é também um tumor!

Há o tipo que não para na faixa de pedestres para o cidadão atravessar. Ele está de carro, no ar-condicionado, protegido do calor, sol ou chuva, mas mesmo assim não quer parar durante segundos para o pedestre atravessar a rua. Se bobear, ainda tenta passar sem encostar os pneus na faixa branca – OK, só eu que faço isso?

Parabéns à CONURB por estar atuando tentando extrair este tumor do trânsito, com a campanha de atuar com agentes junto às faixas.

Mas ainda há os outros carcinomas do trânsito joinvilense.

Tem o sujeito oportunista que adora andar onde não é chamado: os corredores de ônibus. Os agentes devem dar mais atenção para o caso das faixas de ônibus. Bem, o nome já diz quem deve transitar por ali, né? Há um salvo conduto para taxistas, vans, ambulâncias e polícia militar, mas não há para você que está com pressa! Ver a manada de babuínos querendo ganhar segundos trafegando pela faixa, especialmente no trecho da Beira Rio entre a Max Colin e a Princesa Izabel causa-me profunda irritação.

Parece-me, ocorre pela sensação de impunidade. “Não tem ninguém olhando, faço isso todos os dias, então eu vou!” E alguns motoristas que estavam na fila vêem isto e passam a trafegar também nas faixas a eles proibidas, num crescente processo de imbecilização coletiva.

Talvez, com a presença de agentes da CONURB em locais mais críticos, esta situação diminua.

E os que trancam os cruzamentos?  Metástase das brabas! Minha amiga Camile dizia: com a buzina, eu educo os outros motoristas. Eu ria na época, mas hoje faço igual: se o energúmeno para seu carro sobre o cruzamento, trancando a via lateral (que é a que eu me encontro), eu não hesito e meto a mão na buzina. Pelo menos espero envergonhá-lo um pouco.

Pintaram aquela faixa quadriculada amarela em alguns cruzamentos com histórico de idiotas parando sobre elas. Adiantou alguma coisa, mas ainda se vê os homo neandertalis querendo ganhar 39 segundos na volta pra casa. Aí, eles trancam o cruzamento e isto causa um efeito dominó por todo o trânsito da região. Devem sentir-se importantes sendo tumores do trânsito.

Por fim, quero desopilar o fígado e reclamar dos cancros que estacionam em vagas reservadas a idosos ou deficientes. Seja na rua, no supermercado ou onde for. Eu tenho duas fantasias secretas (agora reveladas) sobre o assunto: uma delas é criar o adesivo “Eu estaciono como um idiota”, bem colante, e sair por aí com um vandalismo benéfico, pra ver se o sujeito se toca. E a outra fantasia é chamar a TV para filmar o fulano saindo de seu carro, estacionado na vaga reservada a deficientes, e perguntar: “Sr, percebo que o Sr. não possui deficiências físicas aparentes. A sua deficiência é mental?”

Torço para que a CONURB, com multas ou educação, consiga extrair este tumor de nosso trânsito.